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05/12/2006
-
17h30
LÍVIA MARRA
editora de Cotidiano da Folha Online
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Uma falha nas freqüências de rádio do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) deixou controladores sem comunicação com pilotos, chegou a suspender temporariamente decolagens a partir de Brasília e causa atrasos nos principais aeroportos do país, nesta terça-feira.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirma que ocorreram duas paradas no sistema: às 9h45, com duração de 45 minutos, e por volta das 12h50. Controladores e pilotos ficaram sem comunicação até as 15h30, o que causou transtornos em um efeito bola-de-neve nos terminais. As causas da pane não foram confirmadas. A Aeronáutica diz que uma sindicância será aberta para apurar os motivos.
Controladores ouvidos pela Folha Online atribuem os problemas à precariedade dos equipamentos e afirmam que, por volta das 13h30, aproximadamente 35 aviões voavam sem controle.
Relataram, ainda, que um avião estava fora da rota, o que poderia resultar em acidente. Segundo um controlador, foi usada uma freqüência alternativa para entrar em contato com a aeronave. Ele afirmou que a categoria está emocionalmente abalada e que o fato agravou a tensão no trabalho.
Profissionais ouvidos pela reportagem dizem que não é possível garantir a segurança aérea com a falta de freqüência. Isso porque, apesar de a aeronave aparecer no radar, os operadores não conseguem falar com os pilotos.
Transtornos
A espera afeta principalmente o aeroporto de Brasília --que interrompeu as operações e, no final da tarde, registrava acúmulo de passageiros no saguão. O maior intervalo entre as decolagens também prejudicam passageiros em outros aeroportos.
Os transtornos atingem os vôos que utilizam o espaço aéreo controlado pelo Cindacta 1 --o centro é responsável pelos Estados de São Paulo, Rio, Minas, Espírito Santo, Goiás, parte de Mato Grosso e parte de Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. A causa da pane não foi confirmada.
Pane
No final da manhã, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica confirmou a pane em parte das freqüências. De acordo com a Aeronáutica, devido à falha, as decolagens foram suspensas a partir de Brasília por aproximadamente 15 minutos. Depois, foi adotado o chamado gerenciamento de tráfego, com o maior espaçamento entre as aeronaves --de 20 em 20 minutos, enquanto o considerado normal é de cinco minutos, em média.
Os equipamentos voltaram a funcionar precariamente, afirmam operadores. Eles dizem que o intervalo entre as decolagens deverá ser mantido, pois há possibilidade que o problema volte a ocorrer.
Raio
De acordo com relatos dos profissionais à Folha Online, os problemas desta terça não têm ligação com a falha que afetou vôos controlados pelo Cindacta 2, em Curitiba. O problema foi causado por um raio que atingiu uma torre em Mato Grosso do Sul e deixou a região sem comunicação.
Controladores afirmaram que a pane começou no domingo (3), quando um informe aos pilotos chegou a ser emitido, para que não utilizassem a área --pois não havia condições para o controle do espaço aéreo.
Um operador disse à reportagem que os transtornos na região controlada pelo Cindacta 2 persistiam na noite de segunda (4). Já a Aeronáutica informou que a pane causou problemas das 11h30 às 14h30 de segunda, aproximadamente.
Crise
Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país. Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos, após o acidente com o Boeing da Gol, que causou a morte dos 154 ocupantes.
O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2 de novembro, feriado de Finados. No dia 14 do mesmo mês, véspera do feriado da Proclamação da República, grandes atrasos voltaram a ser registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília.
Entre os últimos dias 19 e 20 de novembro, os passageiros enfrentaram transtornos atribuídos, na ocasião, à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul.
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Pane em comunicação suspende vôos e amplia espera em aeroportos
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editora de Cotidiano da Folha Online
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Uma falha nas freqüências de rádio do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) deixou controladores sem comunicação com pilotos, chegou a suspender temporariamente decolagens a partir de Brasília e causa atrasos nos principais aeroportos do país, nesta terça-feira.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirma que ocorreram duas paradas no sistema: às 9h45, com duração de 45 minutos, e por volta das 12h50. Controladores e pilotos ficaram sem comunicação até as 15h30, o que causou transtornos em um efeito bola-de-neve nos terminais. As causas da pane não foram confirmadas. A Aeronáutica diz que uma sindicância será aberta para apurar os motivos.
Controladores ouvidos pela Folha Online atribuem os problemas à precariedade dos equipamentos e afirmam que, por volta das 13h30, aproximadamente 35 aviões voavam sem controle.
Relataram, ainda, que um avião estava fora da rota, o que poderia resultar em acidente. Segundo um controlador, foi usada uma freqüência alternativa para entrar em contato com a aeronave. Ele afirmou que a categoria está emocionalmente abalada e que o fato agravou a tensão no trabalho.
Profissionais ouvidos pela reportagem dizem que não é possível garantir a segurança aérea com a falta de freqüência. Isso porque, apesar de a aeronave aparecer no radar, os operadores não conseguem falar com os pilotos.
Transtornos
A espera afeta principalmente o aeroporto de Brasília --que interrompeu as operações e, no final da tarde, registrava acúmulo de passageiros no saguão. O maior intervalo entre as decolagens também prejudicam passageiros em outros aeroportos.
Os transtornos atingem os vôos que utilizam o espaço aéreo controlado pelo Cindacta 1 --o centro é responsável pelos Estados de São Paulo, Rio, Minas, Espírito Santo, Goiás, parte de Mato Grosso e parte de Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. A causa da pane não foi confirmada.
Pane
No final da manhã, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica confirmou a pane em parte das freqüências. De acordo com a Aeronáutica, devido à falha, as decolagens foram suspensas a partir de Brasília por aproximadamente 15 minutos. Depois, foi adotado o chamado gerenciamento de tráfego, com o maior espaçamento entre as aeronaves --de 20 em 20 minutos, enquanto o considerado normal é de cinco minutos, em média.
Os equipamentos voltaram a funcionar precariamente, afirmam operadores. Eles dizem que o intervalo entre as decolagens deverá ser mantido, pois há possibilidade que o problema volte a ocorrer.
Raio
De acordo com relatos dos profissionais à Folha Online, os problemas desta terça não têm ligação com a falha que afetou vôos controlados pelo Cindacta 2, em Curitiba. O problema foi causado por um raio que atingiu uma torre em Mato Grosso do Sul e deixou a região sem comunicação.
Controladores afirmaram que a pane começou no domingo (3), quando um informe aos pilotos chegou a ser emitido, para que não utilizassem a área --pois não havia condições para o controle do espaço aéreo.
Um operador disse à reportagem que os transtornos na região controlada pelo Cindacta 2 persistiam na noite de segunda (4). Já a Aeronáutica informou que a pane causou problemas das 11h30 às 14h30 de segunda, aproximadamente.
Crise
Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país. Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos, após o acidente com o Boeing da Gol, que causou a morte dos 154 ocupantes.
O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2 de novembro, feriado de Finados. No dia 14 do mesmo mês, véspera do feriado da Proclamação da República, grandes atrasos voltaram a ser registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília.
Entre os últimos dias 19 e 20 de novembro, os passageiros enfrentaram transtornos atribuídos, na ocasião, à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul.
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