07/12/2006 - 14h50

Presidente da Anac prevê redução de problemas no fim de ano

da Folha Online

O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, disse nesta quinta-feira que os atrasos causados desde terça-feira (5) pela pane ocorrida no Cindacta 1 começaram a ser normalizados e afirmou acreditar que os passageiros não voltarão a enfrentar problemas no fim de ano.

Segundo ele, a falha que deixou os controladores de tráfego aéreo de Brasília sem comunicação com os pilotos foi técnica e não teve ligação com a falta de operadores.

"Estamos indo para o fim do ano bem. Tivemos um problema técnico anteontem, já resolvido. É um problema que não tem nada a ver com o anterior, que é um problema de falta de gente nas posições de controladores", afirmou, de acordo com a Agência Brasil.

Na quarta (6), Zuanazzi disse acreditar que a situação nos aeroportos estaria solucionada nesta quinta e condenou um suposto "clima de terror" provocado pelos transtornos. "Os brasileiros não precisam ter medo de voar."

Durante seminário de empresas de transporte aéreo regional, o presidente da Anac disse que o governo discute a possibilidade de descentralizar os Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) e, com isso, reduzir as conseqüências em casos de falha técnica. Atualmente o país conta com quatro centros para controlar o espaço aéreo do país: em Brasília, Manaus, Curitiba e Recife.

Atrasos

Balanço divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mostra que 191 dos 610 vôos programados para ocorrer da 0h às 10h30 desta quinta-feira sofreram atrasos de mais de uma hora. O número corresponde a 31,31% do total. Não foi divulgado o índice de atrasos ou cancelamentos considerados aceitável.

É o terceiro dia de atrasos nos aeroportos desde a pane que cortou a comunicação por rádio entre os controladores do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e os pilotos dos aviões, na terça-feira (5). A Aeronáutica investiga as causas da falha e afirma que, em seis anos de uso, o equipamento nunca havia apresentado falha semelhante.

Com Agência Brasil

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