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09/12/2006
-
20h58
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado, em Cochabamba, na Bolívia, que a crise aérea no Brasil foi resolvida. "Acho que a situação já está normalizada. Podemos sofrer quando há muita chuva ou quando uma torre cai, mas, por falta de aparelhos para controlar os vôos, não sofreremos nunca mais".
Entre terça-feira (5) e este sábado, passageiros enfrentaram atrasos e cancelamentos em centenas de vôos, causados pela falha da central de áudio do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. O equipamento realiza a comunicação entre os controladores de tráfego e os pilotos das aeronaves.
"Vamos descentralizar. Vamos ter controle em São Paulo e em outras capitais importantes, e prepararemos o pessoal melhor", disse o presidente, em referência ao pacote de medidas anunciado na quinta-feira pela Aeronáutica.
Após a falha no equipamento, o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), Luiz Carlos Bueno, admitiram que não havia no Brasil um técnico capaz de consertar a central de áudio.
Lula participa da Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações, com outros chefes de Estado. Ao ser convidado pelo presidente boliviano Evo Morales a permanecer no país ele disse que não poderia porque tinha de resolver "problemas sérios" relacionados à aviação brasileira.
Manutenção
Neste sábado, o intervalo entre as decolagens foi ampliado, devido a "procedimentos de manutenção" na central de áudio do Cindacta 1. A Aeronáutica afirma que os serviços estavam programados e que os operadores foram avisados. A manutenção, feita por técnico enviado pela empresa italiana Sitti, ocorreu das 11h08 às 11h16 e das 11h25 às 11h32 (horário de Brasília).
Um controlador ouvido pela Folha Online afirmou que os colegas não haviam sido avisados do procedimento e que suspeitaram de uma nova falha no sistema, como ocorreu na última terça-feira (5) e provocou transtornos nos principais aeroportos do país.
Operadores relataram à reportagem que têm receio de uma nova pane no equipamento. Após a manutenção, o técnico atestou a que a central funciona normalmente.
Crise
No final de outubro, quando os passageiros começaram a enfrentar constantes atrasos nos principais aeroportos do país, os problemas foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens e o número de aeronaves controladas por profissional. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos, após o acidente com o Boeing da Gol, que causou a morte dos 154 ocupantes.
O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2 de novembro, feriado de Finados. No dia 14 do mesmo mês, véspera do feriado da Proclamação da República, grandes atrasos voltaram a ser registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília.
Entre os últimos dias 19 e 20 de novembro, os passageiros enfrentaram transtornos atribuídos, na ocasião, à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul.
Com agências internacionais
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado, em Cochabamba, na Bolívia, que a crise aérea no Brasil foi resolvida. "Acho que a situação já está normalizada. Podemos sofrer quando há muita chuva ou quando uma torre cai, mas, por falta de aparelhos para controlar os vôos, não sofreremos nunca mais".
Entre terça-feira (5) e este sábado, passageiros enfrentaram atrasos e cancelamentos em centenas de vôos, causados pela falha da central de áudio do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. O equipamento realiza a comunicação entre os controladores de tráfego e os pilotos das aeronaves.
"Vamos descentralizar. Vamos ter controle em São Paulo e em outras capitais importantes, e prepararemos o pessoal melhor", disse o presidente, em referência ao pacote de medidas anunciado na quinta-feira pela Aeronáutica.
Após a falha no equipamento, o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), Luiz Carlos Bueno, admitiram que não havia no Brasil um técnico capaz de consertar a central de áudio.
Lula participa da Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações, com outros chefes de Estado. Ao ser convidado pelo presidente boliviano Evo Morales a permanecer no país ele disse que não poderia porque tinha de resolver "problemas sérios" relacionados à aviação brasileira.
Manutenção
Neste sábado, o intervalo entre as decolagens foi ampliado, devido a "procedimentos de manutenção" na central de áudio do Cindacta 1. A Aeronáutica afirma que os serviços estavam programados e que os operadores foram avisados. A manutenção, feita por técnico enviado pela empresa italiana Sitti, ocorreu das 11h08 às 11h16 e das 11h25 às 11h32 (horário de Brasília).
Um controlador ouvido pela Folha Online afirmou que os colegas não haviam sido avisados do procedimento e que suspeitaram de uma nova falha no sistema, como ocorreu na última terça-feira (5) e provocou transtornos nos principais aeroportos do país.
Operadores relataram à reportagem que têm receio de uma nova pane no equipamento. Após a manutenção, o técnico atestou a que a central funciona normalmente.
Crise
No final de outubro, quando os passageiros começaram a enfrentar constantes atrasos nos principais aeroportos do país, os problemas foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens e o número de aeronaves controladas por profissional. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos, após o acidente com o Boeing da Gol, que causou a morte dos 154 ocupantes.
O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2 de novembro, feriado de Finados. No dia 14 do mesmo mês, véspera do feriado da Proclamação da República, grandes atrasos voltaram a ser registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília.
Entre os últimos dias 19 e 20 de novembro, os passageiros enfrentaram transtornos atribuídos, na ocasião, à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul.
Com agências internacionais
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