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12/12/2006
-
05h04
da Folha Online
O fazendeiro José Edmundo Ortiz Vergolino, 69, foi condenado nesta terça-feira a 152 anos de prisão por ordenar as mortes de sete trabalhadores rurais em São João do Araguaia, no Pará, em 1985. Segundo o Tribunal de Justiça do Pará, a sentença ainda não é definitiva e a defesa pode recorrer.
As vítimas haviam invadido um castanhal da família Vergolino, na Fazenda Ubá. Entre 13 e 18 de junho daquele ano, grupos de pistoleiros armados mataram oito pessoas, inclusive um adolescente e uma mulher grávida, numa sucessão de crimes que ficou conhecida como "a chacina de Ubá".
A sentença foi proferida à 0h30 desta terça, após 16 horas de julgamento. O juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, considerou o fazendeiro culpado por sete mortos e concedeu 19 anos de prisão por cada uma delas.
Os jurados acolheram uma das teses da defesa e decidiram que não havia provas da participação de Vergolino na morte de um das vítimas da chacina, Nelson Ribeiro.
Interrogado durante o julgamento, Vergolino negou qualquer ligação com o crime e sugeriu que os assassinatos teriam sido ordenados por outros proprietários rurais, como "uma forma de prevenir a invasão de outros castanhais". Após a condenação, ele foi levado do tribunal para o Centro de Recuperação do Coqueiro.
Sebastião da Terezona, líder dos pistoleiros acusados de executar a chacina a mando de Vergolino, foi morto na cadeia durante uma rebelião. Outros dois pistoleiros, que também respondem pelo crime, permanecem foragidos.
A condenação de um mandante é um marco, segundo a assistente de acusação Eliceli Costa Abdoral. "Este julgamento constitui um paradigma de quebra da impunidade de mandantes de assassinatos. Antes só os pistoleiros eram levados a julgamento", disse a advogada ao site do Tribunal de Justiça.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre mortes no campo
Fazendeiro é condenado a 152 anos de prisão por chacina no campo
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O fazendeiro José Edmundo Ortiz Vergolino, 69, foi condenado nesta terça-feira a 152 anos de prisão por ordenar as mortes de sete trabalhadores rurais em São João do Araguaia, no Pará, em 1985. Segundo o Tribunal de Justiça do Pará, a sentença ainda não é definitiva e a defesa pode recorrer.
As vítimas haviam invadido um castanhal da família Vergolino, na Fazenda Ubá. Entre 13 e 18 de junho daquele ano, grupos de pistoleiros armados mataram oito pessoas, inclusive um adolescente e uma mulher grávida, numa sucessão de crimes que ficou conhecida como "a chacina de Ubá".
A sentença foi proferida à 0h30 desta terça, após 16 horas de julgamento. O juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, considerou o fazendeiro culpado por sete mortos e concedeu 19 anos de prisão por cada uma delas.
Os jurados acolheram uma das teses da defesa e decidiram que não havia provas da participação de Vergolino na morte de um das vítimas da chacina, Nelson Ribeiro.
Interrogado durante o julgamento, Vergolino negou qualquer ligação com o crime e sugeriu que os assassinatos teriam sido ordenados por outros proprietários rurais, como "uma forma de prevenir a invasão de outros castanhais". Após a condenação, ele foi levado do tribunal para o Centro de Recuperação do Coqueiro.
Sebastião da Terezona, líder dos pistoleiros acusados de executar a chacina a mando de Vergolino, foi morto na cadeia durante uma rebelião. Outros dois pistoleiros, que também respondem pelo crime, permanecem foragidos.
A condenação de um mandante é um marco, segundo a assistente de acusação Eliceli Costa Abdoral. "Este julgamento constitui um paradigma de quebra da impunidade de mandantes de assassinatos. Antes só os pistoleiros eram levados a julgamento", disse a advogada ao site do Tribunal de Justiça.
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