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13/12/2006 - 10h24

Delegado vê indício de premeditação em caso de família queimada em SP

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da Agência Folha, em Bragança Paulista

O delegado seccional de Bragança Paulista (83 km ao norte de São Paulo), Paulo Tucci, afirmou que os dois homens presos sob suspeita de render e queimar vivos um casal e o filho de 5 anos podem ter premeditado o crime, pois carregavam um galão de combustível --provavelmente tíner.

A ação ocorreu na noite do último domingo (10). Após assaltar a loja onde Eliane Faria da Silva, 32, trabalhava como gerente, ela, o marido, Leandro Donizete de Oliveira, 31, o filho e a operadora de caixa Luciana Michele Dorta, 27, foram levados até uma estrada e amarrados dentro de um carro, que foi incendiado. O casal morreu na hora. Luciana conseguiu sair do veículo e retirar o menino. O garoto foi internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de terça (12).

Um dos presos, Luiz Fernando Pereira, 38, disse à polícia que trabalhava como eletricista na loja e que os dois decidiram matar a família após ele ser reconhecido por Eliane e Luciana.

De acordo com o delegado, os suspeitos levaram o combustível ao assalto à loja Sinhá Moça já com a intenção de matar quem os reconhecesse durante a ação criminosa. Durante a ação, eles ainda perderam um revólver, que não chegou a ser usado.

O outro suspeito preso é Joabe Severino Ribeiro, 36, cunhado de Pereira. À tarde, segundo o delegado seccional Paulo Tucci, Ribeiro confessou os assassinatos. No momento em que foi apresentado à imprensa, no entanto, negou o crime e disse que só falaria com seu advogado.

Vítima

O filho do casal, Vinícius, morreu depois de permanecer cerca de 36 horas em estado grave na UTI do Hospital Universitário São Francisco, em Bragança. "Ele faria seis anos no dia 19 de janeiro. Estava aprendendo a escrever. Escrevia o nome dos pais. Era um garoto divertido e gostava de jogar videogame", disse o tio dele, o policial Wilson Aparecido da Silva, 42.

A avó do garoto, transtornada com o crime, foi internada à noite após sofrer um derrame.

A operadora de caixa Luciana Michele Dorta, 27, que teve 70% do corpo queimado, foi transferida para um hospital especializado em tratamento de queimados em Limeira. Seu estado é grave. Mesmo assim, ela reconheceu por foto um dos acusados.

Revolta

A população reagiu com revolta ao crime. Na tarde de terça, ao menos 300 pessoas abriram o portão da delegacia seccional, para invadi-la, mas a Polícia Militar as conteve com golpes de cassetete.

Por motivos de segurança, os dois suspeitos foram transferidos. O local para onde eles foram levados não foi revelado.

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