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22/12/2006
-
09h18
da Folha Online
Passageiros realizaram novos protestos na madrugada desta sexta-feira nos aeroportos de São Paulo e do Rio contra a seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos que começou na terça (19). Em São Paulo, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos amanheceram com os saguões lotados e grandes filas nos balcões, principalmente da TAM. No aeroporto Tom Jobim, no Rio, houve gritaria dentro da sala de embarque no começo da manhã.
Na quinta-feira (21), pessoas revoltadas com a falta de informação e assistência promoveram diversos protestos. Logo no começo da manhã, no Tom Jobim, a PF (Polícia Federal) deteve o médico Roberto Maurício Ferreira Ribeiro, 53, que invadiu o balcão da TAM e disse que só sairia preso. Ele foi levado à delegacia e solto depois de assinar um termo no qual se comprometeu a responder na Justiça sobre o caso.
Em Brasília, um pequeno grupo de passageiros invadiu a pista de pousos e decolagens para protestar, sob forte chuva. Foi retirado minutos depois, também pela PF.
Da 0h às 17h de quinta, 539 dos 1.227 vôos previstos atrasaram mais de uma hora. O número corresponde a 43,92% do total. Outros 47 vôos foram cancelados.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os problemas são fruto do "efeito dominó" originado no fechamento do aeroporto de Congonhas por cerca de 50 minutos na noite de terça devido ao mau tempo; da manutenção não-programada de seis aeronaves da TAM; e da queda da rede de dados da mesma companhia no balcão do Tom Jobim.
Em entrevista à Folha, o comandante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o major-brigadeiro-do-ar Paulo Hortênsio Albuquerque Silva, reiterou as declarações da Anac e culpou as empresas aéreas, principalmente a TAM.
No final da tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a postura das companhias e das autoridades do setor. "O mínimo que o povo espera é ser tratado com respeito. É isso que nós temos que fazer. Não pode continuar com isso."
Relatório
Na quinta, a comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a crise ouviu a leitura do relatório elaborado pelo deputado Carlos Willian (PTC-MG). No texto, ele culpou o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa; questionou a credibilidade das instituições e acusou o TCU (Tribunal de Contas da União) de "incapacidade gerencial".
O documento, porém, não deverá ser votado. Durante a sessão desta quinta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu vista do documento, o que adia a votação por duas sessões. Como o recesso começa sexta (22), não há mais tempo para que o texto seja aprovado dentro da comissão, e ela será extinta dia 31 de janeiro.
Final de ano
Os problemas acontecem às vésperas dos feriados de final de ano e apenas um dia depois de o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, ter previsto "tranqüilidade" e "normalidade".
Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.
Para o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), a situação nos aeroportos do país só deve ser inteiramente normalizada no primeiro semestre de 2007.
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Na quinta-feira (21), pessoas revoltadas com a falta de informação e assistência promoveram diversos protestos. Logo no começo da manhã, no Tom Jobim, a PF (Polícia Federal) deteve o médico Roberto Maurício Ferreira Ribeiro, 53, que invadiu o balcão da TAM e disse que só sairia preso. Ele foi levado à delegacia e solto depois de assinar um termo no qual se comprometeu a responder na Justiça sobre o caso.
Em Brasília, um pequeno grupo de passageiros invadiu a pista de pousos e decolagens para protestar, sob forte chuva. Foi retirado minutos depois, também pela PF.
Da 0h às 17h de quinta, 539 dos 1.227 vôos previstos atrasaram mais de uma hora. O número corresponde a 43,92% do total. Outros 47 vôos foram cancelados.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os problemas são fruto do "efeito dominó" originado no fechamento do aeroporto de Congonhas por cerca de 50 minutos na noite de terça devido ao mau tempo; da manutenção não-programada de seis aeronaves da TAM; e da queda da rede de dados da mesma companhia no balcão do Tom Jobim.
Em entrevista à Folha, o comandante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o major-brigadeiro-do-ar Paulo Hortênsio Albuquerque Silva, reiterou as declarações da Anac e culpou as empresas aéreas, principalmente a TAM.
No final da tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a postura das companhias e das autoridades do setor. "O mínimo que o povo espera é ser tratado com respeito. É isso que nós temos que fazer. Não pode continuar com isso."
Relatório
Na quinta, a comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a crise ouviu a leitura do relatório elaborado pelo deputado Carlos Willian (PTC-MG). No texto, ele culpou o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa; questionou a credibilidade das instituições e acusou o TCU (Tribunal de Contas da União) de "incapacidade gerencial".
O documento, porém, não deverá ser votado. Durante a sessão desta quinta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu vista do documento, o que adia a votação por duas sessões. Como o recesso começa sexta (22), não há mais tempo para que o texto seja aprovado dentro da comissão, e ela será extinta dia 31 de janeiro.
Final de ano
Os problemas acontecem às vésperas dos feriados de final de ano e apenas um dia depois de o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, ter previsto "tranqüilidade" e "normalidade".
Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.
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