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28/12/2006 - 13h02

Governador eleito do Rio admite possibilidade de acionar Força Nacional

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da Folha Online

O governador eleito do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que a onda de violência ocorrida entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira não vai intimidar o novo governo e admitiu que, se necessário, acionará a Força Nacional de Segurança Pública. As ações causaram 18 mortes.

"Nosso governo não vai se intimidar e não vai tolerar esses ataques. Colocaremos um policiamento ostensivo nas ruas e se necessário, chamaremos a Força Nacional de Segurança Pública", disse em nota. Criada em 2004 e ligada ao Ministério da Justiça, a Força Nacional é uma tropa de elite formada principalmente por policiais militares e bombeiros, de diferentes Estados. Conforme anunciado em outubro pelo secretário nacional da Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, a Força deverá fazer a segurança da Vila do Pan e dos locais de disputa do evento.

Os ataques desta quinta ocorreram em diferentes pontos. Os criminosos atiraram contra delegacias, carros e cabines da Polícia Militar. Também queimaram aproximadamente seis ônibus. Em um dos casos, sete pessoas morreram carbonizadas.
Silvia Izquierdo/AP
Pessoas observam ônibus queimado na Cidade Alta durante série de ataques no Rio
Pessoas observam ônibus queimado na Cidade Alta durante série de ataques no Rio


O secretário da Segurança Pública do Rio, Roberto Precioso, disse acreditar que a ordem para os atentados tenha partido de presos, que temem mudanças na administração penitenciária a partir de 2007, com a troca de comando do governo do Estado, e o endurecimento do regime disciplinar.

Ele afirmou que a série de ataques não foi organizada por uma única facção, mas por criminosos que se uniram em torno de interesses comuns para pressionar o governo a, mais tarde, negociar concessões e privilégios. Uma das preocupações dos criminosos seriam os prejuízos financeiros causados por ações do governo, como as de repressão ao tráfico de drogas.

Outra possibilidade para os atentados --e descartada pelo secretário-- seria o descontentamento contra ações de milícias em morros da cidade. No dia 12 de dezembro, reportagem publicada pela Folha mostrou que milícias formadas por policiais, ex-policiais, bombeiros, agentes penitenciários e militares já expulsaram traficantes de comunidades e ocuparam favelas.

Mortes

Entre os 18 mortos estão sete supostos criminosos. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

Do total de mortos, sete estavam em um dos ônibus incendiados, da Viação Itapemirim. O veículo havia saído de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e deveria chegar a São Paulo na manhã desta quinta, com 28 passageiros.

O ataque ocorreu no viaduto que liga a rodovia Washington Luiz à avenida Brasil. De acordo com a empresa, alguns passageiros, assustados, fugiram do local e ainda são procurados pelas autoridades. A viação afirma que assumirá as despesas dos traslados dos mortos.

A Polícia Militar informou que três homens apontados por uma testemunha como envolvidos no incêndio foram presos. Eles estão com as mãos queimadas e não teriam apresentado justificativas para os ferimentos.

Durante as ações criminosas, também morreram dois policiais; uma mulher que trabalhava como ambulante em Botafogo, perto de uma cabine da PM atacada; e um homem que ainda não teve o nome confirmado.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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