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03/01/2007
-
12h37
da Folha Online
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, e o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, estão reunidos nesta quarta-feira para discutir medidas para conter a onda de violência que atingiu o Estado.
O encontro ocorre no Rio, em local não confirmado pela Secretaria da Segurança Pública. A secretaria informou que a reunião começou por volta das 9h30 e conta também com a participação de assessores técnicos das duas instituições, com objetivo inicial de "traçar um mapa das demandas operacionais da segurança no Estado".
Em nota divulgada no início da tarde, a secretaria estadual afirma que a ajuda federal "vai complementar as ações que já estão sendo planejadas pelos comandos das polícias Civil e Militar do Rio". O resultado será apresentado ao governador Sérgio Cabral (PMDB) em nova reunião prevista para a tarde desta quarta, com a participação de representantes das Forças Armadas.
Segurança
Beltrame deve solicitar a presença da Força Nacional de Segurança no Estado. Desde a última quinta-feira (28), uma onda de ações criminosas deixaram dez civis e dois policiais militares mortos, além de suspeitos. Delegacias e postos da Polícia Militar foram atacados a tiros. Ônibus foram incendiados.
Na terça (2), o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse esperar que o envio do contingente ocorra "com certeza antes do Carnaval".
Cabral quer também ajuda das Forças Armadas para garantir a segurança da população nas ruas. Ele afirma que o objetivo é aproveitar o grande contingente do Exército, da Marinha e da Aeronáutica no Estado para intensificar o policiamento nas redondezas das suas unidades.
"Creio que é um trabalho que as Forças podem fazer sem necessidade de deslocamento, mas, ao mesmo tempo, que reforça o policiamento nas ruas", disse.
Legislação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu na terça-feira (2) mudanças na legislação penal para punir os responsáveis pelas ondas de ataques no Rio. Segundo o presidente, crimes como incendiar um ônibus propositadamente não podem ser tratados como comuns.
Cabral e o presidente Lula têm adotado discurso afinado contra a violência. Na segunda-feira (1º), o governador tomou posse e defendeu a mudança na legislação e chamou os criminosos que promoveram os ataques de "animais". "Os criminosos que agiram no Rio são facínoras covardes. É preciso mudar a legislação para tratar desse tipo de crime que foi cometido por animais e selvagens", afirmou.
No mesmo dia, Lula se solidarizou com Cabral e chamou as ações realizadas no Rio de "terrorismo". Lula afirmou que "a barbaridade [que ocorreu no Estado] não pode ser tratada como crime comum". "É terrorismo e tem que ser tratado com a mão forte do Estado brasileiro. Eu não creio que tenha, no Brasil, nenhuma alma que possa compactuar com a barbaridade que foi feita por alguns facínoras."
Ataques
No primeiro dia da onda de violência, na quinta-feira (28 de dezembro), além dos ataques a tiros contra forças policiais, ônibus foram incendiados. Um deles, da viação Itapemirim, foi interceptado na via que liga a avenida Brasil à rodovia Washington Luís. Foi o dia de ações mais violentas.
Os criminosos roubaram objetos dos passageiros e atearam fogo no veículo, que fazia a linha Cachoeiro de Itapemirim (ES) - São Paulo. Sete dos 28 passageiros morreram na hora, carbonizados. Uma oitava vítima morreu domingo, no hospital.
Na semana passada, autoridades divergiram sobre as causas da violência. Para o então secretário da Segurança, Roberto Precioso, os atos podem ter sido motivados por possíveis mudanças na política da administração penitenciária, com a mudança de governo. Já o secretário da Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, disse que as ações foram uma reação às milícias de policiais e ex-policiais que tomam conta de morros e favelas na cidade.
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O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, e o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, estão reunidos nesta quarta-feira para discutir medidas para conter a onda de violência que atingiu o Estado.
O encontro ocorre no Rio, em local não confirmado pela Secretaria da Segurança Pública. A secretaria informou que a reunião começou por volta das 9h30 e conta também com a participação de assessores técnicos das duas instituições, com objetivo inicial de "traçar um mapa das demandas operacionais da segurança no Estado".
Em nota divulgada no início da tarde, a secretaria estadual afirma que a ajuda federal "vai complementar as ações que já estão sendo planejadas pelos comandos das polícias Civil e Militar do Rio". O resultado será apresentado ao governador Sérgio Cabral (PMDB) em nova reunião prevista para a tarde desta quarta, com a participação de representantes das Forças Armadas.
Segurança
Beltrame deve solicitar a presença da Força Nacional de Segurança no Estado. Desde a última quinta-feira (28), uma onda de ações criminosas deixaram dez civis e dois policiais militares mortos, além de suspeitos. Delegacias e postos da Polícia Militar foram atacados a tiros. Ônibus foram incendiados.
Na terça (2), o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse esperar que o envio do contingente ocorra "com certeza antes do Carnaval".
Cabral quer também ajuda das Forças Armadas para garantir a segurança da população nas ruas. Ele afirma que o objetivo é aproveitar o grande contingente do Exército, da Marinha e da Aeronáutica no Estado para intensificar o policiamento nas redondezas das suas unidades.
"Creio que é um trabalho que as Forças podem fazer sem necessidade de deslocamento, mas, ao mesmo tempo, que reforça o policiamento nas ruas", disse.
Legislação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu na terça-feira (2) mudanças na legislação penal para punir os responsáveis pelas ondas de ataques no Rio. Segundo o presidente, crimes como incendiar um ônibus propositadamente não podem ser tratados como comuns.
Cabral e o presidente Lula têm adotado discurso afinado contra a violência. Na segunda-feira (1º), o governador tomou posse e defendeu a mudança na legislação e chamou os criminosos que promoveram os ataques de "animais". "Os criminosos que agiram no Rio são facínoras covardes. É preciso mudar a legislação para tratar desse tipo de crime que foi cometido por animais e selvagens", afirmou.
No mesmo dia, Lula se solidarizou com Cabral e chamou as ações realizadas no Rio de "terrorismo". Lula afirmou que "a barbaridade [que ocorreu no Estado] não pode ser tratada como crime comum". "É terrorismo e tem que ser tratado com a mão forte do Estado brasileiro. Eu não creio que tenha, no Brasil, nenhuma alma que possa compactuar com a barbaridade que foi feita por alguns facínoras."
Ataques
No primeiro dia da onda de violência, na quinta-feira (28 de dezembro), além dos ataques a tiros contra forças policiais, ônibus foram incendiados. Um deles, da viação Itapemirim, foi interceptado na via que liga a avenida Brasil à rodovia Washington Luís. Foi o dia de ações mais violentas.
Os criminosos roubaram objetos dos passageiros e atearam fogo no veículo, que fazia a linha Cachoeiro de Itapemirim (ES) - São Paulo. Sete dos 28 passageiros morreram na hora, carbonizados. Uma oitava vítima morreu domingo, no hospital.
Na semana passada, autoridades divergiram sobre as causas da violência. Para o então secretário da Segurança, Roberto Precioso, os atos podem ter sido motivados por possíveis mudanças na política da administração penitenciária, com a mudança de governo. Já o secretário da Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, disse que as ações foram uma reação às milícias de policiais e ex-policiais que tomam conta de morros e favelas na cidade.
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