Publicidade
Publicidade
04/01/2007
-
05h07
da Folha Online
Feita refém em casa por mais de 36 horas pelo ex-marido, Carla Joelma Alencar Viana, 33, aproveitou um cochilo para fugir, às 3h55 desta quinta-feira, no bairro de Quitaúna, em Osasco, na Grande São Paulo.
Enquanto o presidiário Edson Félix dos Santos, 34, dormia, sua ex-mulher abriu uma janela e foi puxada para fora por policiais militares que cercavam a casa. Uma hora depois, Santos aceitou se entregar à PM. Ele foi preso e levado para a Delegacia Seccional.
Santos, que cumpre pena por roubo no regime semi-aberto, recebeu uma saída temporária para ver a família durante as festas de final de ano. Na tarde de terça-feira (2), ele foi até a casa de Carla, armado com um revólver 38. Vizinhos ouviram gritos do casal e chamaram a polícia.
Quando a PM chegou ao local, Santos fez a ex-mulher refém. Eram 15h30.
Pelo cansaço
Ao longo das 36 horas seguintes, a casa de Carla foi cercada por dezenas de policiais e curiosos. Segundo o tenente-coronel Flávio Jari Depieri, comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Choque, que acompanhou as horas finais do cárcere privado, as negociações foram difíceis porque Santos não tinha reivindicações claras e limitava-se a dizer que não queria voltar para o presídio.
Os PMs levaram dois irmãos e as filhas do detento até a casa para tentar convencê-lo a se entregar, sem sucesso. Em alguns momentos, ele teria ameaçado se matar. Carla, contudo, disse a Depieri que em nenhum momento o ex-marido chegou a ameaçá-la ou agredi-la.
Na tarde de quarta, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que conduziam as negociações, cortaram luz, telefone e água da residência. A estratégia, segundo o oficial Depieri, foi a de tentar vencer pelo cansaço.
Na madrugada desta quinta, a tática deu certo. O detento adormeceu, exausto, e Carla conseguiu fugir pela janela.
Após a fuga da ex-mulher, Santos aceitou se entregar. Às 4h55, ele saiu da casa. Preso e algemado, foi levado para o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Delegacia Seccional de Osasco.
Dentro da casa, a polícia encontrou o revólver 38 usado por Santos, com cinco munições intactas.
Antecedentes
As motivações do presidiário ainda não ficaram claras. Segundo o tenente-coronel Depieri, ele se mostrou apaixonado por Carla. Ao mesmo tempo, Santos teria ressentimento da ex-mulher porque ela supostamente o teria delatado à polícia anos antes.
O segurança Sandro Pinho, 30, primo da vítima, disse que Carla tinha ligado na terça para parentes para contar que Santos estava rondando a casa onde ela mora com dois filhos adolescentes, frutos de um casamento anterior.
Uma tia, que não quis se identificar, afirmou que Santos teria ameaçado a ex-mulher e a família dela seguidas vezes desde o fim do relacionamento.
Com Fabiano Nunes, do Agora
Leia mais
Refém aproveita cochilo de seqüestrador e foge após 36 horas
STJ mantém sigilo sobre investigação de acidente com Boeing da Gol
PMs apóiam milícias em ataques, diz ONG
Projeto definirá ataques como ato terrorista
Chuvas causam soterramentos no interior de São Paulo
Criminosos assaltam grupo de turistas no Rio
Especial
Leia o que já foi publicado sobre libertação de reféns
Presidiário que manteve ex-mulher refém por 36 horas se entrega à polícia
Publicidade
Feita refém em casa por mais de 36 horas pelo ex-marido, Carla Joelma Alencar Viana, 33, aproveitou um cochilo para fugir, às 3h55 desta quinta-feira, no bairro de Quitaúna, em Osasco, na Grande São Paulo.
Enquanto o presidiário Edson Félix dos Santos, 34, dormia, sua ex-mulher abriu uma janela e foi puxada para fora por policiais militares que cercavam a casa. Uma hora depois, Santos aceitou se entregar à PM. Ele foi preso e levado para a Delegacia Seccional.
Santos, que cumpre pena por roubo no regime semi-aberto, recebeu uma saída temporária para ver a família durante as festas de final de ano. Na tarde de terça-feira (2), ele foi até a casa de Carla, armado com um revólver 38. Vizinhos ouviram gritos do casal e chamaram a polícia.
Quando a PM chegou ao local, Santos fez a ex-mulher refém. Eram 15h30.
Pelo cansaço
Ao longo das 36 horas seguintes, a casa de Carla foi cercada por dezenas de policiais e curiosos. Segundo o tenente-coronel Flávio Jari Depieri, comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Choque, que acompanhou as horas finais do cárcere privado, as negociações foram difíceis porque Santos não tinha reivindicações claras e limitava-se a dizer que não queria voltar para o presídio.
Os PMs levaram dois irmãos e as filhas do detento até a casa para tentar convencê-lo a se entregar, sem sucesso. Em alguns momentos, ele teria ameaçado se matar. Carla, contudo, disse a Depieri que em nenhum momento o ex-marido chegou a ameaçá-la ou agredi-la.
Na tarde de quarta, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que conduziam as negociações, cortaram luz, telefone e água da residência. A estratégia, segundo o oficial Depieri, foi a de tentar vencer pelo cansaço.
Na madrugada desta quinta, a tática deu certo. O detento adormeceu, exausto, e Carla conseguiu fugir pela janela.
Após a fuga da ex-mulher, Santos aceitou se entregar. Às 4h55, ele saiu da casa. Preso e algemado, foi levado para o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Delegacia Seccional de Osasco.
Dentro da casa, a polícia encontrou o revólver 38 usado por Santos, com cinco munições intactas.
Antecedentes
As motivações do presidiário ainda não ficaram claras. Segundo o tenente-coronel Depieri, ele se mostrou apaixonado por Carla. Ao mesmo tempo, Santos teria ressentimento da ex-mulher porque ela supostamente o teria delatado à polícia anos antes.
O segurança Sandro Pinho, 30, primo da vítima, disse que Carla tinha ligado na terça para parentes para contar que Santos estava rondando a casa onde ela mora com dois filhos adolescentes, frutos de um casamento anterior.
Uma tia, que não quis se identificar, afirmou que Santos teria ameaçado a ex-mulher e a família dela seguidas vezes desde o fim do relacionamento.
Com Fabiano Nunes, do Agora
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice