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09/01/2007 - 09h54

Rara, gravidez natural de quíntuplos causa surpresa

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CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo

Uma sensação de "estufamento" no estômago levou a dona-de-casa Elaine Martins Cardoso, 31, a procurar um clínico geral no último dia 29. O ultra-som pedido pelo médico revelou uma gravidez.

Mais surpresas: Elaine está no quinto mês de uma gestação de quíntuplos --um bebê morreu, mas as quatro meninas estão saudáveis. A gravidez não foi estimulada. A chance de uma gravidez natural de quíntuplos é de 1 em 40 milhões.

Elaine, mãe de Vinícius, 2, diz que nunca fez tratamento para engravidar nem desconfiou da gestação. Com 121 kg, estava acostumada a ficar meses sem menstruar. Ela tem síndrome dos ovários policísticos, que causa falta de ovulação.

A última menstruação dela tinha sido havia um ano. "Nem me preocupei porque já tinha ficado oito meses sem menstruar. Além do mais, não sentia nada, nem um enjôozinho."

Em outubro, Elaine procurou um gastroenterologista porque sentia queimação no estômago. Sem pedir exame, o médico do plano de saúde indicou remédio para gastrite. Desconfiada, ela não comprou.

Em dezembro, ela marcou outra consulta com um clínico. Foi quando descobriu a gravidez. "Fiquei desesperada."

Elaine diz que ela e o marido, operário que ganha R$ 1.200 mensais, planejavam outro filho em quatro anos. A família, evangélica, mora em três cômodos nos fundos da casa da mãe de Elaine, em Santo André. "Meus planos para 2007 eram arrumar um emprego para ajudar o meu marido e colocar meu filho numa escolinha particular. Mas Deus mudou os meus planos e mostrou o dele."

As quádruplas devem nascer em abril. Para o ginecologista Rui Ferriani, professor da USP e especialista em reprodução assistida, a gravidez natural de quíntuplos é raríssima. "Nunca soube de caso semelhante no Brasil." A síndrome pode levá-la a produzir vários folículos ovarianos em um ciclo menstrual. "Mas o mais comum é essa situação impedir a ovulação, porque nenhum folículo se torna dominante."

Para a ginecologista Claudia Gazzo, do Hospital do Servidor Estadual, o mais provável é ao menos dois óvulos terem se dividido. O quinto embrião teria vindo de um terceiro óvulo.

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