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10/01/2007 - 12h50

Barragem rompe e causa inundações em Minas; mancha ameaça Rio

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da Folha Online

Um problema na barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases, instalada em Miraí (MG), provocou um vazamento de uma espécie de lama no rio Fubá, afluente do rio Muriaé, na manhã desta quarta-feira. Não há confirmação sobre a dimensão do vazamento e a natureza do produto. Em 2006, um acidente semelhante ocorreu no mesmo local.

O Corpo de Bombeiros da região ainda não tinha informações sobre as áreas atingidas pela lama ou a existência de vítimas, no começo da tarde desta quarta, mas há desabrigados.

Segundo a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), do Rio, a lama deve chegar às cidades do Estado nas próximas 24 horas.

Os técnicos da Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), também do Rio, que irão analisar a substância, ainda não chegaram à região e, portanto, não há confirmação sobre sua toxicidade. Em análise preliminar, o Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente) afirmou que o produto é composta exclusivamente de água argila, e não é tóxica.

"Os nossos esforços são no sentido de controlar o vazamento e adoção de providências cabíveis na área criminal para responsabilizar os empreendedores, além das medidas de reparação do dano ambiental causado e indenização de terceiros", disse o secretario de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos de Carvalho.

Rio

Um plano de emergência foi elaborado pela Cedae para tentar minimizar os novos problemas e garantir o abastecimento de água para as cidades de Laje do Muriaé, São José de Ubá, Italva, Cardoso Moreira e Itaperuna.

De acordo com a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas), quatro caminhões-pipa foram enviados à região para atender os moradores. Pelo menos mais dez deverão ser enviados ao local nas próximas horas. O fornecimento de água em Laje do Muriaé permanecia normal até o final da manhã desta quarta.

Histórico

Em março de 2006, o vazamento durou três dias. Naquela ocasião, os 400 milhões de litros de resíduos de tratamento de bauxita --água e argila-- atingiram um córrego da região e chegaram ao Rio de Janeiro. Os moradores de Laje do Muriaé tiveram o abastecimento de água suspenso em caráter preventivo, devido à possibilidade de contaminações.

Em 2003, uma barragem pertencente às empresas Cataguases de Papel e Cataguases Florestal também rompeu e provocou o despejo de 1,2 bilhão de litros de resíduos --desta vez, tóxicos-- nos rios Pomba e Paraíba do Sul, atingindo o norte e o noroeste fluminenses.

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