Publicidade
Publicidade
11/01/2007
-
15h00
da Folha Online
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), os órgãos de Defesa Civil e as secretarias de Meio Ambiente de Minas e do Rio criaram nesta quinta-feira uma comissão para analisar o impacto ambiental do rompimento da barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases, em Miraí (MG).
O acidente aconteceu na manhã de quarta, e provocou um derramamento de lama no rio Fubá, que transbordou. Diversos bairros de Miraí foram alagados. Na madrugada desta quinta, os moradores sofreram com a possibilidade de novos transbordamentos, devido às fortes chuvas que atingiram a região. O temor, porém, não se confirmou, segundo a Defesa Civil.
O número de desalojados e desabrigadas não está definido, mas a Defesa Civil estima que esteja entre 2.000 e 3.000. Os cuidados à população atingida pelo acidente estão concentrados na Câmara Municipal e são coordenados por uma força-tarefa criada pelo governo de Minas. Cestas-básicas, colchões e roupas estão sendo levados para o local.
Materiais de limpeza para a retirada da lama foram entregues aos moradores e a Fundação Rural Mineira disponibilizou máquinas para retirada da lama. Outra medida adotada foi o envio de caminhões-pipa e copos de água para garantir o abastecimento, segundo a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) enviou equipes para a região para avaliar a necessidade da construção de acessos provisórios onde houve queda de pontes ou interrupção de trechos de estradas.
Segundo o secretário do Meio Ambiente de Minas, José Carlos Carvalho, a empresa será impedida de reconstruir a barragem e será multada em R$ 50 milhões.
Ibama
De acordo com o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel da Rocha, a instituição foi chamada a analisar o acidente devido à sua extensão. "O que mais importa no momento é a integração dos órgãos envolvidos para fazer uma perícia das causas do vazamento, analisar o volume da água, orientar a população e conter os impactos ambientais."
Outro órgão que irá estudar o vazamento de lama é a ANA (Agência Nacional de Águas).
De acordo com uma análise preliminar do Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente), a lama é composta apenas por água e argila e não é tóxica. O sistema estima que tenham vazado dois milhões de metros cúbicos, o equivalente a dois bilhões de litros da substância.
Sem água
Na manhã desta quinta, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), ligada ao governo do Rio, interrompeu a captação de água na altura das cidades Laje do Muriaé, São José de Ubá e Itaperuna, que são banhadas pelo rio Muriaé, extensão do rio Fubá. O fechamento é uma medida preventiva à chegada da mancha de lama à região.
De acordo com a Cedae, a água do rio está 200 vezes mais turva que o normal, por conta da concentração de argila, e é mais rápido interromper a captação e retomá-la após a passagem da mancha que limpar a estação de tratamento. Durante o período em que a captação ficar parada, os moradores contarão com caminhões-pipa.
Histórico
Em março de 2006, o vazamento durou três dias. Naquela ocasião, os 400 milhões de litros de resíduos de tratamento de bauxita --água e argila-- atingiram um córrego da região e chegaram ao Rio de Janeiro. Os moradores de Laje do Muriaé tiveram o abastecimento de água suspenso em caráter preventivo, devido à possibilidade de contaminações.
Em 2003, uma barragem pertencente às empresas Cataguases de Papel e Cataguases Florestal também rompeu e provocou o despejo de 1,2 bilhão de litros de resíduos --desta vez, tóxicos-- nos rios Pomba e Paraíba do Sul, atingindo o norte e o noroeste fluminenses.
Leia mais
Indústria mineral atribui vazamento de lama em MG a chuvas
MG fecha mineradora após vazamento de lama; produto não é tóxico
Barragem rompe e causa inundações em Minas; mancha ameaça Rio
Especial
Leia o que já foi publicado sobre crimes ambientais
Ibama analisa conseqüências de vazamento de lama em Minas
Publicidade
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), os órgãos de Defesa Civil e as secretarias de Meio Ambiente de Minas e do Rio criaram nesta quinta-feira uma comissão para analisar o impacto ambiental do rompimento da barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases, em Miraí (MG).
O acidente aconteceu na manhã de quarta, e provocou um derramamento de lama no rio Fubá, que transbordou. Diversos bairros de Miraí foram alagados. Na madrugada desta quinta, os moradores sofreram com a possibilidade de novos transbordamentos, devido às fortes chuvas que atingiram a região. O temor, porém, não se confirmou, segundo a Defesa Civil.
O número de desalojados e desabrigadas não está definido, mas a Defesa Civil estima que esteja entre 2.000 e 3.000. Os cuidados à população atingida pelo acidente estão concentrados na Câmara Municipal e são coordenados por uma força-tarefa criada pelo governo de Minas. Cestas-básicas, colchões e roupas estão sendo levados para o local.
Materiais de limpeza para a retirada da lama foram entregues aos moradores e a Fundação Rural Mineira disponibilizou máquinas para retirada da lama. Outra medida adotada foi o envio de caminhões-pipa e copos de água para garantir o abastecimento, segundo a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) enviou equipes para a região para avaliar a necessidade da construção de acessos provisórios onde houve queda de pontes ou interrupção de trechos de estradas.
Segundo o secretário do Meio Ambiente de Minas, José Carlos Carvalho, a empresa será impedida de reconstruir a barragem e será multada em R$ 50 milhões.
Ibama
De acordo com o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel da Rocha, a instituição foi chamada a analisar o acidente devido à sua extensão. "O que mais importa no momento é a integração dos órgãos envolvidos para fazer uma perícia das causas do vazamento, analisar o volume da água, orientar a população e conter os impactos ambientais."
Outro órgão que irá estudar o vazamento de lama é a ANA (Agência Nacional de Águas).
De acordo com uma análise preliminar do Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente), a lama é composta apenas por água e argila e não é tóxica. O sistema estima que tenham vazado dois milhões de metros cúbicos, o equivalente a dois bilhões de litros da substância.
Sem água
Na manhã desta quinta, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), ligada ao governo do Rio, interrompeu a captação de água na altura das cidades Laje do Muriaé, São José de Ubá e Itaperuna, que são banhadas pelo rio Muriaé, extensão do rio Fubá. O fechamento é uma medida preventiva à chegada da mancha de lama à região.
De acordo com a Cedae, a água do rio está 200 vezes mais turva que o normal, por conta da concentração de argila, e é mais rápido interromper a captação e retomá-la após a passagem da mancha que limpar a estação de tratamento. Durante o período em que a captação ficar parada, os moradores contarão com caminhões-pipa.
Histórico
Em março de 2006, o vazamento durou três dias. Naquela ocasião, os 400 milhões de litros de resíduos de tratamento de bauxita --água e argila-- atingiram um córrego da região e chegaram ao Rio de Janeiro. Os moradores de Laje do Muriaé tiveram o abastecimento de água suspenso em caráter preventivo, devido à possibilidade de contaminações.
Em 2003, uma barragem pertencente às empresas Cataguases de Papel e Cataguases Florestal também rompeu e provocou o despejo de 1,2 bilhão de litros de resíduos --desta vez, tóxicos-- nos rios Pomba e Paraíba do Sul, atingindo o norte e o noroeste fluminenses.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice