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11/01/2007 - 22h43

Dona de barragem que rompeu é 3ª maior produtora de bauxita do Brasil

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CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha

A Mineração Rio Pomba Cataguases, dona da barragem que rompeu na quarta-feira em Miraí (MG), é a terceira maior produtora de bauxita do Brasil.

Com sede em Cataguases (301 km de Belo Horizonte), a mineradora só não produz mais que a Vale do Rio Doce e a CBA (Companhia Brasileira de Alumínio).

O Brasil é o segundo maior produtor de bauxita do mundo, atrás apenas da Austrália.

Segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), a mina São Francisco, em Miraí, onde ocorreu o acidente, produz 1,15 milhão de toneladas de bauxita por ano. É a sexta maior mina de bauxita do país.

A maior produtora de bauxita do Brasil, a mina Aviso, em Oriximiná (PA), da Vale do Rio Doce produz 12,5 milhões de toneladas do minério por ano.

A Rio Pomba tem uma segunda mina de bauxita em Mercês (202 km de Belo Horizonte) e está construindo mais uma mina em Miraí. As obras foram interrompidas por conta da da interdição promovida pelo governo mineiro.

O secretário de Meio Ambiente de Minas, José Carlos Carvalho, disse ontem que a Rio Pomba vende bauxita para empresas produzirem sulfato de alumínio, usado por companhias de saneamento para tratamento de água.

A assessoria de imprensa da Rio Pomba não soube informar o nome dos sócios da empresa nem seu lucro anual. O Ministério de Minas e Energia está fazendo um levantamento com os dados da mineradora.

da Folha Online

O município de Laje do Muriaé (RJ), que deve ser atingido pela que vazou da barragem de Miraí (MG), já convive com ruas alagadas desde quarta-feira, quando uma enxurrada causou o trasbordamento do rio Muriaé, que banha a cidade, alagando ruas e destruindo casas.

A lama, resultado da lavagem da bauxita, inundou Miraí na quarta-feira (11), depois que uma barragem da mineradora Rio Pomba Cataguases se rompeu. A expectativa é de que a lama chegue a Laje do Muriaé, primeira cidade do Rio na divisa com MG, ainda na noite desta quinta ou na madrugada de sexta. Para os bombeiros, no entanto, a lama não deve agravar a situação da cidade.

"O rio [Muriaé] já está com 5,11 metros de altura, três a mais que o limite para transbordamento", diz o coronel Douglas Paulich, chefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros das áreas norte e noroeste. "A lama não deve afetar o nível da água, mas pode inviabilizar o a captação de água", completa.

Na manhã desta quinta, o nível do rio chegou a 5,13 metros de altura, mas baixou durante o dia. O pico registrado havia sido de 5,16 metros.

A cheia no rio foi causada por uma enxurrada na cidade de Muriaé, no lado mineiro da divisa, ocorrida na terça-feira, antes do vazamento da lama. "São dois eventos diferentes", diz Paulich.

Estragos

Cerca de 3.700 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, segundo os bombeiros. Quatro casas foram destruídas e outras 11 danificadas. Com a enchente e a expectativa da chegada da lama, o prefeito, José Geraldo Pereira de Carvalho, decretou estado de emergência na manhã de hoje.

O prefeito José Geraldo Pereira de Carvalho decretou na manhã desta quinta-feira, 11, estado de emergência na cidade. Segundo a prefeitura, No centro da cidade, bancos lojas e fecharam e as ruas estão alagadas. O trânsito de carros e até veículos pesados foi interrompido.

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