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12/01/2007
-
20h23
da Folha Online
Um homem que havia desaparecido na tarde desta sexta-feira no desabamento do canteiro de obras da estação Pinheiros do Metrô (zona oeste de São Paulo) foi localizado com vida, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. O Corpo de Bombeiros não confirma a informação de que ele estava entre os escombros, nem a identidade dele.
Depois do acidente, havia a suspeita de que três pessoas tivessem desaparecido: o motorista de um caminhão engolido pela cratera aberta no desabamento; e um motorista e um cobrador de um microônibus que, de acordo com a cooperativa para a qual trabalham, estavam em Pinheiros no momento do acidente e não podiam ser localizados pelo rádio.
O desabamento ocorreu às 15h, mas o solo ainda cedia, às 20h. No mesmo horário, técnicos trabalhavam para estabilizar um guindaste de aproximadamente 50 metros de altura e de 50 toneladas que estava pendurado e ameaçava cair dentro do buraco. O equipamento seria amarrado a um contrapeso.
Cerca de 70 imóveis das proximidades foram interditados, segundo estimativa da Subprefeitura de Pinheiros. Não há previsão para liberação. O administrador Donizette Moura, do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- está no local para cadastrar as famílias afetadas. Elas deverão ser levadas a hotéis até a liberação das moradias.
O problema complica o trânsito na cidade. Na marginal Pinheiros, que fica ao lado, o tráfego permaneceu interrompido durante boa parte da tarde e foi liberado, às 20h.
O acidente ampliou um buraco usado pela empreiteira para descer equipamentos para as obras da linha 4-amarela, 30 metros abaixo. No total, a cratera tinha 80 metros de diâmetro, ainda às 20h. De acordo com o inspetor de equipamentos Paulo Sartori, 34, que trabalhava no local, havia 12 veículos no entorno da estrutura naquele momento, e todos caíram na cratera.
O desaparecimento do motorista de microônibus foi denunciado por representantes de uma cooperativa. Segundo eles, o funcionário estava na região no momento do desabamento e, desde o acidente, não entrava em contato. Um cão farejador auxilia as buscas. Ao menos três pessoas ficaram feridas, segundo informações iniciais.
Luz
Há falta de luz na região. Estão sem energia elétrica trechos das ruas Capri e Gilberto Sabino. Também foram afetadas as ruas Sumidouro, Cardeal Arcoverde, Teodoro Sampaio, Paes Leme e avenida Nações Unidas, desde às 14h55, mas o fornecimento foi retomado às 16h30, de acordo com a AES Eletropaulo.
A concessionária afirma que aguarda liberação do Corpo de Bombeiros para fazer os devidos reparos na rede no entorno do local do acidente.
Acidente
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Seis operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.
Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.
Histórico
Em dezembro de 2005, o solo cedeu nas proximidades de um canteiro de obras da linha 4, e cinco casas ficaram comprometidas. Os moradores tiveram que ser levados para hotéis, e os imóveis foram reconstruídos.
Logo no começo de 2006, 4.000 casas do Jardim América ficaram sem telefone durante mais de três dias, por causa de uma escavação feita pelo Metrô na esquina da rua Oscar Freire com a avenida Rebouças. Os cabos telefônicos foram atingidos quando técnicos realizavam uma medição do nível de água no subsolo.
Em abril, oito casas da rua João Elias Saada, também em Pinheiros, foram interditadas por conta de uma fissura encontrada em outro túnel da linha 4. Os imóveis não chegaram a ser danificados, mas os moradores permaneceram em hotéis por alguns dias.
Em outubro, o operário José Alves de Souza, 56, morreu atingido por um desplacamento de terra, em um túnel de 23 metros de profundidade, nas obras da futura estação Oscar Freire do Metrô. Foi o primeiro acidente com morte nas obras da linha 4 do Metrô.
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Homem desaparecido em acidente no metrô é localizado
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Um homem que havia desaparecido na tarde desta sexta-feira no desabamento do canteiro de obras da estação Pinheiros do Metrô (zona oeste de São Paulo) foi localizado com vida, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. O Corpo de Bombeiros não confirma a informação de que ele estava entre os escombros, nem a identidade dele.
Depois do acidente, havia a suspeita de que três pessoas tivessem desaparecido: o motorista de um caminhão engolido pela cratera aberta no desabamento; e um motorista e um cobrador de um microônibus que, de acordo com a cooperativa para a qual trabalham, estavam em Pinheiros no momento do acidente e não podiam ser localizados pelo rádio.
O desabamento ocorreu às 15h, mas o solo ainda cedia, às 20h. No mesmo horário, técnicos trabalhavam para estabilizar um guindaste de aproximadamente 50 metros de altura e de 50 toneladas que estava pendurado e ameaçava cair dentro do buraco. O equipamento seria amarrado a um contrapeso.
Cerca de 70 imóveis das proximidades foram interditados, segundo estimativa da Subprefeitura de Pinheiros. Não há previsão para liberação. O administrador Donizette Moura, do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- está no local para cadastrar as famílias afetadas. Elas deverão ser levadas a hotéis até a liberação das moradias.
O problema complica o trânsito na cidade. Na marginal Pinheiros, que fica ao lado, o tráfego permaneceu interrompido durante boa parte da tarde e foi liberado, às 20h.
O acidente ampliou um buraco usado pela empreiteira para descer equipamentos para as obras da linha 4-amarela, 30 metros abaixo. No total, a cratera tinha 80 metros de diâmetro, ainda às 20h. De acordo com o inspetor de equipamentos Paulo Sartori, 34, que trabalhava no local, havia 12 veículos no entorno da estrutura naquele momento, e todos caíram na cratera.
O desaparecimento do motorista de microônibus foi denunciado por representantes de uma cooperativa. Segundo eles, o funcionário estava na região no momento do desabamento e, desde o acidente, não entrava em contato. Um cão farejador auxilia as buscas. Ao menos três pessoas ficaram feridas, segundo informações iniciais.
Luz
Há falta de luz na região. Estão sem energia elétrica trechos das ruas Capri e Gilberto Sabino. Também foram afetadas as ruas Sumidouro, Cardeal Arcoverde, Teodoro Sampaio, Paes Leme e avenida Nações Unidas, desde às 14h55, mas o fornecimento foi retomado às 16h30, de acordo com a AES Eletropaulo.
A concessionária afirma que aguarda liberação do Corpo de Bombeiros para fazer os devidos reparos na rede no entorno do local do acidente.
Acidente
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Seis operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.
Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.
Histórico
Em dezembro de 2005, o solo cedeu nas proximidades de um canteiro de obras da linha 4, e cinco casas ficaram comprometidas. Os moradores tiveram que ser levados para hotéis, e os imóveis foram reconstruídos.
Logo no começo de 2006, 4.000 casas do Jardim América ficaram sem telefone durante mais de três dias, por causa de uma escavação feita pelo Metrô na esquina da rua Oscar Freire com a avenida Rebouças. Os cabos telefônicos foram atingidos quando técnicos realizavam uma medição do nível de água no subsolo.
Em abril, oito casas da rua João Elias Saada, também em Pinheiros, foram interditadas por conta de uma fissura encontrada em outro túnel da linha 4. Os imóveis não chegaram a ser danificados, mas os moradores permaneceram em hotéis por alguns dias.
Em outubro, o operário José Alves de Souza, 56, morreu atingido por um desplacamento de terra, em um túnel de 23 metros de profundidade, nas obras da futura estação Oscar Freire do Metrô. Foi o primeiro acidente com morte nas obras da linha 4 do Metrô.
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