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13/01/2007
-
11h58
da Folha Online
O risco de que pancadas de chuva atinjam a cidade de São Paulo neste sábado, conforme prevê o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), ameaça o andamento dos trabalhos na região onde um canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô (zona oeste) desabou, sexta-feira (12). Com chuva, crescem as chances de a cratera formada pelo acidente aumentar ainda mais.
O desabamento aconteceu às 15h de sexta (12) e dobrou o diâmetro de um buraco feito para levar equipamentos --como retroescavadeiras-- ao subsolo. Inicialmente, a estrutura tinha 40 metros de diâmetro. Depois do acidente, o solo continuou cedendo por ao menos cinco horas, até o diâmetro do buraco alcançar 80 metros de extensão.
Na manhã deste sábado, há ao menos duas frentes de trabalho no local do desabamento. Uma, do Corpo de Bombeiros, tenta localizar uma van --com pessoas a bordo-- que teria sido engolida pela cratera; e outra, de engenheiros, tenta estabilizar um guindaste que ameaça cair.
Na madrugada, bombeiros e agentes da Defesa Civil construíram uma espécie de dique para evitar que a água de uma eventual chuva escoe para o local do acidente e provoque novos deslizamentos. Por conta do acidente, cerca de 80 imóveis tiveram que ser interditados e os moradores, levados para hotéis.
Cerca de 120 imóveis, incluindo os que estão desocupados, estão sem água e sem energia elétrica por causa do desabamento, que rompeu cabos elétricos da Eletropaulo e uma adutora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Como o acesso dos técnicos está restrito, não há previsão para normalização dos serviços.
Desaparecidos e guindaste
O desaparecimento da van pela qual o Corpo de Bombeiros procura foi notificado inicialmente pela cooperativa à qual ela pertencia. Segundo a empresa, o motorista Reinaldo Aparecido Leite e o cobrador Wescey Adriano da Silva estavam na região do desabamento quando ele ocorreu e não entraram mais em contato pelo rádio desde o horário do acidente.
Uma testemunha disse ter presenciado o momento em que a van caiu no buraco. Informações extra-oficiais apontam que a van estaria soterrada entre 25 e 30 metros de profundidade. Desde o acidente, dois caminhões e uma picape foram içados dos escombros.
O trabalho dos bombeiros é dificultado pela presença de um guindaste de aproximadamente 32 metros de altura e 120 toneladas na margem do buraco. Desde a noite de sexta, o equipamento foi amarrado a um contrapeso e fixado por concreto injetado, para ganhar estabilidade. Se ele desabar, pode contribuir para aumentar a cratera.
Neste sábado, engenheiros trabalham para desmontar o guindaste. Quando ele for removido, os bombeiros poderão iniciar as buscas pela van a partir da própria cratera. Durante a madrugada, eles tentaram chegar ao local por um túnel pertencente ao projeto da estação que não foi danificado no acidente, mas não conseguiram.
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Risco de chuva ameaça trabalhos em escombros de acidente no metrô
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O risco de que pancadas de chuva atinjam a cidade de São Paulo neste sábado, conforme prevê o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), ameaça o andamento dos trabalhos na região onde um canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô (zona oeste) desabou, sexta-feira (12). Com chuva, crescem as chances de a cratera formada pelo acidente aumentar ainda mais.
O desabamento aconteceu às 15h de sexta (12) e dobrou o diâmetro de um buraco feito para levar equipamentos --como retroescavadeiras-- ao subsolo. Inicialmente, a estrutura tinha 40 metros de diâmetro. Depois do acidente, o solo continuou cedendo por ao menos cinco horas, até o diâmetro do buraco alcançar 80 metros de extensão.
Raimundo Pacco/Folha Imagem |
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô |
Na madrugada, bombeiros e agentes da Defesa Civil construíram uma espécie de dique para evitar que a água de uma eventual chuva escoe para o local do acidente e provoque novos deslizamentos. Por conta do acidente, cerca de 80 imóveis tiveram que ser interditados e os moradores, levados para hotéis.
Cerca de 120 imóveis, incluindo os que estão desocupados, estão sem água e sem energia elétrica por causa do desabamento, que rompeu cabos elétricos da Eletropaulo e uma adutora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Como o acesso dos técnicos está restrito, não há previsão para normalização dos serviços.
Desaparecidos e guindaste
O desaparecimento da van pela qual o Corpo de Bombeiros procura foi notificado inicialmente pela cooperativa à qual ela pertencia. Segundo a empresa, o motorista Reinaldo Aparecido Leite e o cobrador Wescey Adriano da Silva estavam na região do desabamento quando ele ocorreu e não entraram mais em contato pelo rádio desde o horário do acidente.
Uma testemunha disse ter presenciado o momento em que a van caiu no buraco. Informações extra-oficiais apontam que a van estaria soterrada entre 25 e 30 metros de profundidade. Desde o acidente, dois caminhões e uma picape foram içados dos escombros.
Werther Santana/Folha Imagem |
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento |
O trabalho dos bombeiros é dificultado pela presença de um guindaste de aproximadamente 32 metros de altura e 120 toneladas na margem do buraco. Desde a noite de sexta, o equipamento foi amarrado a um contrapeso e fixado por concreto injetado, para ganhar estabilidade. Se ele desabar, pode contribuir para aumentar a cratera.
Neste sábado, engenheiros trabalham para desmontar o guindaste. Quando ele for removido, os bombeiros poderão iniciar as buscas pela van a partir da própria cratera. Durante a madrugada, eles tentaram chegar ao local por um túnel pertencente ao projeto da estação que não foi danificado no acidente, mas não conseguiram.
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