Publicidade
Publicidade
14/01/2007
-
11h28
da Folha Online
O Corpo de Bombeiros diz acreditar que será possível alcançar ainda neste domingo a van que foi engolida pela cratera aberta sexta (12) no desabamento de um canteiro de obras da estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô, na zona oeste de São Paulo. Dentro da van estariam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e mais dois passageiros, sendo um o servidor municipal Marcio Rodrigo Alambert, 31.
Os familiares de Leite e Silva e a cooperativa para a qual os dois trabalham afirmam que eles foram soterrados porque o itinerário dos dois passava pelo local do acidente; porque o último sinal de GPS da van foi registrado naquela rua; e porque o motorista teria entrado em contato com parentes pelo rádio e gritado "socorro".
Com base em denúncias, os bombeiros acreditam que haja outras três pessoas entre os escombros, além dos quatro ocupantes da van: o caminhoneiro Francisco Sabino Torres, 48, funcionário da obra; a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, que desapareceu no trajeto para o médico; e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37.
Segundo o coronel João dos Santos, do Corpo de Bombeiros, a estimativa é que a equipe de resgate esteja a apenas oito metros da van. Desde o começo dos trabalhos, cerca de 140 caminhões carregados de terra foram retirados do local.
Guindaste
O trabalho de retirada dos escombros se estendeu pela madrugada deste domingo, embora a iluminação no local seja precária. Com o desabamento, cabos elétricos se romperam, e como o acesso dos técnicos da Eletropaulo ao local ainda não foi liberado, não há previsão de conserto. Cerca de quatro quarteirões --120 imóveis-- também estão sem água.
Segundo a Defesa Civil, 55 imóveis estão interditados devido ao risco de novos desabamentos e um deles será demolido, pois teve a estrutura muito danificada. Os moradores do imóvel condenado teriam acertado uma indenização com representantes da prefeitura e do consórcio responsável pela obra. No total, 132 desalojados estão hospedados em hotéis reservados em nome do Metrô. Outros foram para casas de parentes e amigos.
Os imóveis só serão liberados após a retirada de um guindaste de aproximadamente 120 toneladas que está pendurado na margem da cratera aberta no acidente e ainda ameaça cair. O risco é que a eventual queda do equipamento aumente ainda mais o buraco, danificando imóveis mais próximos ou até o asfalto da marginal Pinheiros.
Desde sexta, o guindaste foi amarrado a um contrapeso e estabilizado por meio de concreto injetado. Equipes trabalham para desmontar o aparelho.
Trânsito
Para evitar eventuais acidentes, a marginal Pinheiros, uma das principais vias da cidade, está interditada no sentido Castello Branco, na região do acidente. Caso a via permaneça bloqueada até segunda-feira, a prefeitura poderá retomar o rodízio de veículos. A operação havia sido suspensa em dezembro passado e só deveria voltar a vigorar no próximo dia 29.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a decisão sobre a retomada do rodízio deverá ser divulgada no final da tarde deste domingo.
Desabamento
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro.
Nenhum dos operários ficou ferido. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Leia mais
Prefeitura mantém interdição na marginal Pinheiros; rodízio permanece suspenso
Medição já apontava falha, diz secretário
Solo ruim fez Metrô estudar construir trecho em elevação
Grávida, mulher de cobrador tem esperança
Casa afetada será demolida; família registra sumiço de mulher
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
Leia a cobertura completa sobre o acidente no canteiro de obras do Metrô
Bombeiros acreditam estar próximos de van soterrada em São Paulo
Publicidade
O Corpo de Bombeiros diz acreditar que será possível alcançar ainda neste domingo a van que foi engolida pela cratera aberta sexta (12) no desabamento de um canteiro de obras da estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô, na zona oeste de São Paulo. Dentro da van estariam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e mais dois passageiros, sendo um o servidor municipal Marcio Rodrigo Alambert, 31.
Os familiares de Leite e Silva e a cooperativa para a qual os dois trabalham afirmam que eles foram soterrados porque o itinerário dos dois passava pelo local do acidente; porque o último sinal de GPS da van foi registrado naquela rua; e porque o motorista teria entrado em contato com parentes pelo rádio e gritado "socorro".
Com base em denúncias, os bombeiros acreditam que haja outras três pessoas entre os escombros, além dos quatro ocupantes da van: o caminhoneiro Francisco Sabino Torres, 48, funcionário da obra; a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, que desapareceu no trajeto para o médico; e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37.
Segundo o coronel João dos Santos, do Corpo de Bombeiros, a estimativa é que a equipe de resgate esteja a apenas oito metros da van. Desde o começo dos trabalhos, cerca de 140 caminhões carregados de terra foram retirados do local.
Guindaste
O trabalho de retirada dos escombros se estendeu pela madrugada deste domingo, embora a iluminação no local seja precária. Com o desabamento, cabos elétricos se romperam, e como o acesso dos técnicos da Eletropaulo ao local ainda não foi liberado, não há previsão de conserto. Cerca de quatro quarteirões --120 imóveis-- também estão sem água.
Segundo a Defesa Civil, 55 imóveis estão interditados devido ao risco de novos desabamentos e um deles será demolido, pois teve a estrutura muito danificada. Os moradores do imóvel condenado teriam acertado uma indenização com representantes da prefeitura e do consórcio responsável pela obra. No total, 132 desalojados estão hospedados em hotéis reservados em nome do Metrô. Outros foram para casas de parentes e amigos.
Os imóveis só serão liberados após a retirada de um guindaste de aproximadamente 120 toneladas que está pendurado na margem da cratera aberta no acidente e ainda ameaça cair. O risco é que a eventual queda do equipamento aumente ainda mais o buraco, danificando imóveis mais próximos ou até o asfalto da marginal Pinheiros.
Desde sexta, o guindaste foi amarrado a um contrapeso e estabilizado por meio de concreto injetado. Equipes trabalham para desmontar o aparelho.
Trânsito
Folha Imagem |
Para evitar eventuais acidentes, a marginal Pinheiros, uma das principais vias da cidade, está interditada no sentido Castello Branco, na região do acidente. Caso a via permaneça bloqueada até segunda-feira, a prefeitura poderá retomar o rodízio de veículos. A operação havia sido suspensa em dezembro passado e só deveria voltar a vigorar no próximo dia 29.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a decisão sobre a retomada do rodízio deverá ser divulgada no final da tarde deste domingo.
Desabamento
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro.
Nenhum dos operários ficou ferido. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice