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14/01/2007 - 17h59

Equipes localizam van sob os escombros; mais duas casas serão demolidas

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da Folha Online

As equipes de busca que trabalham no canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô, que desabou na última sexta-feira na zona oeste de São Paulo, localizaram visualmente neste domingo a van soterrada no acidente. O resgate ainda não foi feito. No total, sete pessoas são consideradas desaparecidas.

A cratera aberta pelo desabamento nas obras da linha 4-Amarela do metrô engoliu veículos, interditou a pista sentido Castello Branco da marginal Pinheiros e isolou casas na região.

No começo da tarde deste domingo, o Corpo de Bombeiros conseguiu içar um caminhão dos escombros. O veículo estaria bloqueando o acesso das equipes de resgate à van. Dentro dela estariam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e mais dois passageiros, sendo um o servidor municipal Marcio Rodrigo Alambert, 31.
Werther Santana/Folha Imagem
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento


Outras três pessoas também estariam entre os escombros: o caminhoneiro Francisco Sabino Torres, 48, funcionário da obra; a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, que desapareceu no trajeto para o médico; e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37.

Familiares dos desaparecidos estão de plantão no local do acidente desde a noite de sexta (12), à espera de notícias. Três carros do IML (Instituto Médico Legal) chegaram ao local em que o desabamento ocorreu, pouco antes das 13h.

Os trabalhos, que eram feitos pela superfície, voltaram a ser realizados por uma lateral que dá acesso aos veículos engolidos pela cratera deixada pelo desabamento nas obras da linha 4-amarela do metrô.

Demolição

No sábado (13), a Defesa Civil informou que uma das 55 casas interditadas devido ao risco de novos desabamentos seria demolida, na rua Capri. Os moradores retiraram apenas documentos, fotografias e quadros de dentro do imóvel. Móveis e eletrodomésticos foram destruídos.

Outras duas casas na mesma rua --nos números 87 e 187-- também foram condenadas e serão demolidas. Na tarde deste domingo, os moradores também foram acompanhados e puderam retirar apenas objetos pessoais.

À noite, representantes da Defesa Civil e do consórcio Via Amarela, responsável pelas obras no metrô, devem se reunir com os moradores para avaliar quais residências poderão ser liberadas e quais permanecerão interditadas.

No total, 132 desalojados estão hospedados em hotéis reservados em nome do Metrô. Outros foram para casas de parentes e amigos.

Os imóveis só deverão ser liberados após a retirada de um guindaste de aproximadamente 120 toneladas que está pendurado na margem da cratera aberta no acidente --havia risco de queda.

Desde sexta, o guindaste foi amarrado a um contrapeso e estabilizado por meio de concreto injetado.

Trânsito

As pistas local e expressa da marginal Pinheiros permanecerão interditadas na segunda-feira (15) no sentido Castello Branco para os trabalhos das equipes que atuam no canteiro de obras. O rodízio de veículos permanecerá suspenso na cidade. A afirmação é do prefeito Gilberto Kassab (PFL), que esteve no local, neste domingo.
Raimundo Pacco/Folha Imagem
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô


A prefeitura avaliava retomar a operação --que restringe a circulação de veículos no chamado centro expandido-- na segunda-feira, caso a marginal permanecesse bloqueada. Com a decisão deste domingo, o rodízio, suspenso por causa das férias escolares, deve vigorar conforme o previsto, até o dia 29.

Desabamento

O acidente isolou ruas e interditou a marginal Pinheiros, o que agravou a situação do trânsito na cidade. Com o desabamento, cabos elétricos se romperam, e, como o acesso dos técnicos da Eletropaulo ao local ainda não foi liberado, não há previsão de conserto. Cerca de quatro quarteirões --120 imóveis-- também estão sem água.

O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro. Foi a partir desse segundo túnel, inaugurado há cerca de um ano, que a estrutura começou a desabar, segundo informações do governo do Estado.

O acidente ampliou o buraco, que passou a ter cerca de 80 metros de diâmetro. São cerca de 50 toneladas de escombros.

O Consórcio Via Amarela, contratado pelo Metrô de São Paulo para construir a linha 4-amarela, responsabilizou a chuva das últimas semanas pelo desabamento. Neste fim de semana, o governo do Estado anunciou que o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) foi contratado para elaborar um laudo com as causas do acidente.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e GABRIELA MANZINI, da Folha Online

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