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14/01/2007
-
18h28
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
A costureira Maria do Carmo Moreira, 72, teve apenas alguns minutos neste domingo para escolher o que guardar de mais importante dos 28 anos em que morou na casa número 187 da rua Capri, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), antes de deixar o local.
O imóvel dela foi condenado à demolição pela Defesa Civil por causa dos danos provocados pelo desabamento de um canteiro de obras da linha 4-Amarela do metrô, na última sexta-feira.
Calma, mas agarrada à chave da propriedade, a costureira disse que não percebeu nenhuma anormalidade na casa no curto tempo em que permaneceu lá neste domingo.
"Disseram que eu só podia pegar o essencial porque não havia tempo. Peguei só alguns documentos, roupas e alguns cristais. Sentirei falta das revistas antigas e das receitas que eu deixei para trás."
Foi o marido da costureira, de 78 anos, quem recebeu a notícia da demolição. Enquanto ela recolhia o possível de dentro do sobrado geminado, o marido foi à igreja. "Mas ele está calmo", afirmou.
Desabamento
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente nas obras da linha 4-amarela do metrô ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro.
Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro.
Nenhum dos operários ficou ferido. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
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A costureira Maria do Carmo Moreira, 72, teve apenas alguns minutos neste domingo para escolher o que guardar de mais importante dos 28 anos em que morou na casa número 187 da rua Capri, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), antes de deixar o local.
O imóvel dela foi condenado à demolição pela Defesa Civil por causa dos danos provocados pelo desabamento de um canteiro de obras da linha 4-Amarela do metrô, na última sexta-feira.
Calma, mas agarrada à chave da propriedade, a costureira disse que não percebeu nenhuma anormalidade na casa no curto tempo em que permaneceu lá neste domingo.
"Disseram que eu só podia pegar o essencial porque não havia tempo. Peguei só alguns documentos, roupas e alguns cristais. Sentirei falta das revistas antigas e das receitas que eu deixei para trás."
Foi o marido da costureira, de 78 anos, quem recebeu a notícia da demolição. Enquanto ela recolhia o possível de dentro do sobrado geminado, o marido foi à igreja. "Mas ele está calmo", afirmou.
Desabamento
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente nas obras da linha 4-amarela do metrô ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro.
Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro.
Nenhum dos operários ficou ferido. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
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