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18/01/2007 - 09h58

Promotoria prefere acordo a pedido de interdição de obra

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GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo

Apesar de afirmar que o desabamento da linha do metrô em Pinheiros aconteceu por um erro de engenharia e de ter cogitado pedir a preservação da área na Justiça, o Ministério Público optou ontem por uma medida mais branda.

O órgão preferiu fazer uma espécie de acordo com o Consórcio Via Amarela --responsável pela obra e investigado pela possível falha técnica-- para garantir a preservação da área para a realização da perícia.

Em vez de pedir a preservação judicial, que funcionaria como uma interdição, o Ministério Público e a polícia paulista solicitaram ontem ao consórcio a elaboração de um plano que teria detalhes sobre a área do desabamento e informações para orientar os técnicos na perícia das causas do acidente.

Na prática, esse plano funcionaria como uma forma de preservação do local, sem o desgaste de uma interdição, e garantiria a colaboração do consórcio no trabalho dos peritos.

A medida mais branda foi definida ontem, após uma reunião entre o delegado Dejair Rodrigues, da Seccional Oeste, o promotor criminal José Carlos Blat e peritos do IC (Instituto de Criminalística).

Foi o delegado quem ligou para o consórcio e tratou da elaboração do plano, que deve ser entregue na próxima semana, quando um representante da obra prestará depoimento. "O pessoal do consórcio vai colaborar e, tão logo termine o resgate das vítimas, terão início os trabalhos periciais."

Blat admitiu que já existem elementos suficientes para justificar o pedido de preservação do local à Justiça e que essa era a idéia inicial. Mas ele disse que se optou por uma medida menos burocrática e mais eficaz.

"Os peritos do IC e do Ministério Público também aconselharam a adoção dessa medida", disse o promotor.

Segundo ele, o Ministério Público pode pedir a preservação judicial a qualquer momento se o plano não for elaborado. Blat disse também que todas as etapas da análise serão monitoradas por peritos designados pela Promotoria e pela polícia.

"Eu acho esse acordo muito temerário. Você vai dar ao consórcio a decisão de colaborar e informar da forma que quiser. E por acaso ele vai se incriminar? As vítimas e a população de São Paulo não merecem isso", afirmou Manoel Xavier Lemos, secretário do Sindicato dos Metroviários.

A polícia pretende ouvir hoje o subprefeito de Pinheiros, Nilton Elias Nachle, no inquérito sobre as mortes. Os policiais querem dados sobre as reclamações de moradores sobre rachaduras nas casas. Dez pessoas já prestaram depoimento.

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