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18/01/2007 - 18h59

"Nossas famílias são uma só", diz irmã de vítima de acidente no metrô

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CAROLINA FARIAS
da Folha Online

Após uma semana de buscas pelas vítimas do desabamento no canteiro de obras do metrô de São Paulo, a irmã do motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, que dirigia o microônibus engolido pela cratera, mostrou alívio pelo encontro do corpo do irmão. "Ele nasceu e morreu de forma digna, e não vai ficar soterrado aqui, vai ser enterrado como trabalhador", disse Marli Aparecida Leite.

Divulgação
O motorista Reinaldo Aparecido
O motorista Reinaldo Aparecido
Durante as buscas, os familiares de Leite e do cobrador do coletivo, Wescley Adriano da Silva, 22, permaneceram em uma tenda montada pela cooperativa Transcooper, responsável pelo lotação, na rua Capri. "Agora, nossa família e a do Wescley são uma só", afirmou Marli.

Nesta quinta foram retirados mais dois corpos dos escombros. Um deles era o de Reinaldo, mas o outro ainda não foi identificado. Os bombeiros acreditam que mais um corpo esteja dentro do microônibus, mas ele não foi visualizado.

Reinaldo deve ser enterrado no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, na sexta-feira. Wescley, segundo sua família, será sepultado em Natal (RN).

Vítimas

Entre a madrugada de segunda-feira e a manhã de quarta, três corpos foram resgatados dos escombros --um deles estava na parte traseira do microônibus. Os bombeiros dizem que não conseguem ter acesso a uma das partes do microônibus --cerca de um terço do veículo-- que permanece escondido sob parte do poço que desabou.

O primeiro corpo encontrado foi o da aposentada Abigail de Azevedo, 75, retirado dos escombros na segunda-feira (15). Na terça, foi resgatado o corpo de Valéria Alves Marmit, 37, que estava na traseira do lotação. Apesar da localização do veículo, os trabalhos não puderam prosseguir devido aos riscos de novos desabamentos e à grande quantidade de lama e entulho no local.

No microônibus, além do motorista estava o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22. Seriam passageiros o funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31, e o office-boy Cícero Augustino da Silva, 60. A Secretaria da Segurança Pública não inclui o office-boy na lista das vítimas do desabamento. Isso porque, segundo o governo estadual, ainda é verificado se ele estava na região no momento do acidente. Familiares, no entanto, afirmam que na tarde da última sexta Cícero deixou o trabalho, na região de Pinheiros, e seguia para casa, também na zona oeste, quando desapareceu.

As famílias dos passageiros do microônibus da Transcooper serão indenizados em R$ 100 mil pela cooperativa. A empresa diz que as indenizações são referentes a danos morais e materiais. Já as famílias do motorista e do cobrador receberão R$ 29 mil cada uma.

Duas cadelas farejadoras auxiliam os trabalhos. Os resgate, o vai-e-vem de caminhões e o sobrevôo de helicópteros de emissoras de TV atraiu curiosos, mas moradores da região reclamam do barulho.

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