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19/01/2007 - 09h27

Saiba quem são as vítimas do desmoronamento nas obras do metrô

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da Folha de S.Paulo
do Agora
da Folha Online

Equipes do Corpo de Bombeiros resgataram o corpo da sexta vítima dos escombros da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, que desabou no último dia 12. Uma sétima pessoa pode estar sob os escombros.

Saiba mais sobre as vítimas:

Divulgação
A aposentada Abigail Rossi de Azevedo
A aposentada Abigail Rossi de Azevedo
A aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, tinha consulta com seu médico na Lapa, às 14h do dia do acidente. Dali, ela costumava pegar um ônibus, descer no largo da Batata e caminhar até a estação de trem. Seu marido a esperava às 15h30, na estação Santo Amaro, mas ela nunca chegou.

Aposentada, Abigail não gostava de ficar parada. Nadava três vezes por semana, fazia ginástica e apreciava viajar para o interior. Abalado, o marido da aposentada não conseguiu acompanhar as buscas. O corpo foi o primeiro a ser resgatado, na madrugada de segunda-feira (15).




Mãe de três filhos, o corpo da bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37, foi resgatado na noite de terça-feira (16). No dia do acidente, segundo o ex-marido, Wagner Marmit, ela deixou o escritório onde trabalhava, em Pinheiros, e se dirigiu à estação da CPTM para pegar um trem em direção a sua casa, em Carapicuíba (na Grande São Paulo).

Até a localização do corpo, os gêmeos de 11 anos não sabiam que a mãe poderia ser uma das vítimas do acidente. Valéria também deixa uma filha de 18 anos, fruto de um relacionamento anterior ao casamento.




O motorista Francisco Sabino Torres, 48, era funcionário da obra do metrô --trabalhava havia um ano e meio na obra da linha 4.

Desde criança era trabalhador. Aos 12 anos, colhia milho e feijão na zona rural de Joanésia, no interior de Minas Gerais, Estado onde nasceu. Aos 18, ele passou a trabalhar em empresas de construção. Chegou a fazer serviços no Rio de Janeiro. Mas, após o casamento, há 20 anos, decidiu se mudar para São Paulo.
Divulgação
O motorista Francisco Torres
O motorista Francisco Torres


Francisco tinha três filhos: uma moça de 19 anos e dois adolescentes de 14 e 15. O corpo foi resgatado no início da manhã desta quarta. Segundo seu irmão, José Afonso Torres, colegas disseram que o motorista ouviu um estalo antes do acidente, chegou a sair do local, mas foi engolido ao retornar para o caminhão para pegar sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação).




Não era o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, quem deveria sair com a van às 14h51. Ainda não era sua vez. Mas, na sexta-feira, ele chegou mais cedo ao trabalho e saiu uma viagem antes da sua, substituindo um colega.
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O motorista Reinaldo Aparecido
O motorista Reinaldo Aparecido


Essa era, dizem amigos, uma característica de Reinaldo: muito prestativo e sempre disposto a ajudar. Paulista e morador do bairro Maracanã, na zona norte de São Paulo, ele deixa três filhos --dois do primeiro casamento e mais um do segundo.

Antes de ser motorista, foi vendedor de produtos de limpeza. Gostava de jogar bola e de ir a Santos. O corpo foi resgatado tarde desta quinta-feira.




O cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, pediu para que a mulher, Thaís Ferreira Gomes, 20, não pegasse carona em sua van no dia 12 para visitar a mãe.
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O cobrador Wescley da Silva
O cobrador Wescley da Silva


Grávida do primeiro filho do casal, ela não foi. Wescley foi soterrado com o veículo, com o qual trabalhava há três meses.

Antes, ele era segurança e se tornou cobrador porque estava desempregado havia muito tempo e queria dar uma vida mais tranqüila a Cauã, o filho que deve nascer nas próximas semanas.




O funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31, pretendia trocar de carro neste ano. Ele dirigia apenas nos fins de semana. No dia 12, para resolver um problema do IPTU na subprefeitura de Pinheiros, pegou o microônibus que foi soterrado no buraco do metrô.
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O funcionário público Márcio Alambert
O funcionário público Márcio Alambert


Morador de uma travessa da rua Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros, ele saiu de casa logo depois do almoço. Casado, com uma filha de 3 anos, Marcio vivia um bom momento profissional. Trabalhando na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, teve um aumento de salário e queria trocar de carro.

Antes da secretaria, foi funcionário da Defesa Civil e fazia resgates. "É muito triste. Até outro dia, ele participava dos resgates com a gente", disse o amigo Wilson Brandin.




Depois de passar o dia de ontem telefonando para delegacias, hospitais e IML (Instituto Médico Legal), a família do office-boy Cícero Augustino da Silva, 60, procurou o posto da Defesa Civil montado ao lado do local do acidente nas obras do metrô para dar queixa do desaparecimento dele.

Silva está sumido desde a tarde do dia 12. Ele trabalha em um escritório de advocacia em Pinheiros, mesmo também na zona oeste, e costuma circular na região do desabamento para realizar sua rotina de serviços bancários.

A Secretaria da Segurança Pública não inclui o office-boy na lista das vítimas do desabamento. Isso porque, segundo o governo estadual, ainda é verificado se ele estava na região no momento do acidente. Familiares, no entanto, afirmam que na tarde da última sexta Cícero deixou o trabalho e seguia para casa, quando desapareceu.

A família suspeita que Silva seja também ocupante do microônibus que caiu na cratera.

"Ele andava com dois celulares e costumava falar com sua mulher várias vezes por dia. Na sexta ele não ligou e não voltou mais para casa", diz o genro do office-boy, Luiz Roberto de Paula Silva.

"Os celulares dele estão fora de área, deixamos várias mensagens de voz e suas caixas postais estão cheias", explica.

"Estamos desesperados. Não sabemos se torcemos para que ele esteja no acidente para acabar com toda essa angústia ou se torcemos para que ele esteja em qualquer outro lugar e esteja impossibilitado de falar", afirma o genro.

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