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19/01/2007
-
10h52
TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio
Antes de assinar a reedição de Medida Provisória que libera R$ 60 milhões do governo federal para projetos de urbanização da favela da Rocinha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre 'o terrorismo' que vitima o Rio, em discurso no Palácio Laranjeiras (residência oficial do governo do Rio), na manhã de ontem.
'Aquilo é terrorismo, aquilo não é bandido comum. Pegar um ônibus, tocar fogo e ver pessoas morrendo, tem que ser tratado como terrorismo de Estado (sic), porque é uma provocação ao Estado brasileiro. Não tem meio termo nisso. Não é um bandido comum, é uma ação preparada de desacato ao Estado brasileiro e, portanto, nós temos que tratar assim e enfrentar', afirmou Lula.
Em 28 de dezembro, criminosos atacaram delegacias e cabines da PM, além de atearem fogo em um ônibus sem deixar os passageiros sair, matando sete pessoas carbonizadas
O presidente disse que as Forças Armadas e a Força Nacional atuarão no Estado no que for necessário, mas que o governo federal não dará 'um passo sem conversar com o governador [Sérgio Cabral]'.
Lula explicou por que não atendeu à solicitação de Cabral para que as Forças Armadas fizessem o patrulhamento do entorno dos quartéis. Segundo ele, elas não podem ser usadas para 'combater o crime'.
'Para isso nós criamos a Força Pública Nacional, ou seja, uma polícia que tenha os melhores policiais de cada Estado, que nós juntamos num momento em que precisa juntar. A minha idéia é trabalhar para que a Força Pública Nacional, a Força de Segurança Nacional, seja fixa e que a gente tenha muito mais mobilidade.'
A Força Nacional já está no Rio com cerca de 500 homens e poderá começar a patrulhar as divisas do Estado ainda hoje.
Lula disse que é preciso de mais 'inteligência' e 'sofisticação' para lidar com o crime organizado. 'É uma 'indústria' que tem seu braço na política, tem seu braço na indústria, tem seu braço no Poder Judiciário, tem o seu braço internacional.'
Em 'lua-de-mel' com Cabral --ele vivia às turras com a ex-governadora Rosinha Matheus--, Lula fez diversos elogios à atual gestão, que começou há apenas 18 dias. Chamou esse início de governo de 'vigoroso' e disse que Cabral 'veio para mudar a história do Rio'.
Rocinha
A verba para a Rocinha deverá ser gasta, entre outras coisas, na implantação de um anel viário, que vai estabelecer limites para o crescimento da comunidade, a construção de casas, creches e de uma clínica de saúde. O Rio deverá dar uma contrapartida de R$ 12 milhões.
A MP foi reeditada porque, depois da assinatura de convênio com o governo anterior, não houve contrapartida.
Participou da solenidade o presidente da Associação de Moradores da comunidade, William de Oliveira, a quem o presidente se referiu pelo nome. Oliveira esteve preso e foi investigado por associação para o tráfico de drogas.
Gravações telefônicas, feitas com autorização da Justiça, mostraram Oliveira passar para um traficante detalhes de uma operação policial que aconteceria no dia seguinte.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Força Nacional
Lula elogia Cabral e volta a dizer que Rio é vítima de terrorismo
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Antes de assinar a reedição de Medida Provisória que libera R$ 60 milhões do governo federal para projetos de urbanização da favela da Rocinha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre 'o terrorismo' que vitima o Rio, em discurso no Palácio Laranjeiras (residência oficial do governo do Rio), na manhã de ontem.
'Aquilo é terrorismo, aquilo não é bandido comum. Pegar um ônibus, tocar fogo e ver pessoas morrendo, tem que ser tratado como terrorismo de Estado (sic), porque é uma provocação ao Estado brasileiro. Não tem meio termo nisso. Não é um bandido comum, é uma ação preparada de desacato ao Estado brasileiro e, portanto, nós temos que tratar assim e enfrentar', afirmou Lula.
Em 28 de dezembro, criminosos atacaram delegacias e cabines da PM, além de atearem fogo em um ônibus sem deixar os passageiros sair, matando sete pessoas carbonizadas
O presidente disse que as Forças Armadas e a Força Nacional atuarão no Estado no que for necessário, mas que o governo federal não dará 'um passo sem conversar com o governador [Sérgio Cabral]'.
Lula explicou por que não atendeu à solicitação de Cabral para que as Forças Armadas fizessem o patrulhamento do entorno dos quartéis. Segundo ele, elas não podem ser usadas para 'combater o crime'.
'Para isso nós criamos a Força Pública Nacional, ou seja, uma polícia que tenha os melhores policiais de cada Estado, que nós juntamos num momento em que precisa juntar. A minha idéia é trabalhar para que a Força Pública Nacional, a Força de Segurança Nacional, seja fixa e que a gente tenha muito mais mobilidade.'
A Força Nacional já está no Rio com cerca de 500 homens e poderá começar a patrulhar as divisas do Estado ainda hoje.
Lula disse que é preciso de mais 'inteligência' e 'sofisticação' para lidar com o crime organizado. 'É uma 'indústria' que tem seu braço na política, tem seu braço na indústria, tem seu braço no Poder Judiciário, tem o seu braço internacional.'
Em 'lua-de-mel' com Cabral --ele vivia às turras com a ex-governadora Rosinha Matheus--, Lula fez diversos elogios à atual gestão, que começou há apenas 18 dias. Chamou esse início de governo de 'vigoroso' e disse que Cabral 'veio para mudar a história do Rio'.
Rocinha
A verba para a Rocinha deverá ser gasta, entre outras coisas, na implantação de um anel viário, que vai estabelecer limites para o crescimento da comunidade, a construção de casas, creches e de uma clínica de saúde. O Rio deverá dar uma contrapartida de R$ 12 milhões.
A MP foi reeditada porque, depois da assinatura de convênio com o governo anterior, não houve contrapartida.
Participou da solenidade o presidente da Associação de Moradores da comunidade, William de Oliveira, a quem o presidente se referiu pelo nome. Oliveira esteve preso e foi investigado por associação para o tráfico de drogas.
Gravações telefônicas, feitas com autorização da Justiça, mostraram Oliveira passar para um traficante detalhes de uma operação policial que aconteceria no dia seguinte.
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