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20/01/2007
-
09h38
IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
As obras de recuperação e possivelmente de extensão da pista auxiliar de Congonhas devem transferir até 40% dos vôos diários do aeroporto para o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).
A reforma começa no dia 27 de fevereiro, se as condições climáticas permitirem. O anúncio da obra deverá ser feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na próxima semana.
O trabalho de reforma e ampliação da pista auxiliar e das pistas de rolamento vai durar 115 dias, com fim previsto para o dia 22 de junho. Dias depois, será a vez da pista principal. Antes do fim desta segunda obra, a Infraero começa obras no aeroporto de Guarulhos.
Além de Guarulhos, há a possibilidade de transferência para Viracopos, em Campinas. Para minimizar os transtornos, a Infraero pretende intensificar o trabalho na madrugada e nos horários de menor movimento.
A primeira proposta do governo era começar a obra no início de fevereiro, mas as companhias aéreas foram contrárias devido ao Carnaval. Durante o período, há grande volume de usuários na ponte aérea.
O adiamento sugerido pelas empresas foi entregue à Anac no dia 10, quando a agência fez audiência pública no aeroporto de Congonhas. Segundo apurou a Folha, a agência acolheu a idéia e finaliza agora a planilha de transferência de vôos para outros aeroportos.
Vôos transferidos
De acordo com a Infraero, de 35% a 40% do tráfego da aviação regular de hoje deixará de pousar no aeroporto de Congonhas. Mas isso também está sob análise da Anac.
Estudo feito pelo CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), da Aeronáutica, demonstra que Congonhas possui 48 movimentos --pousos e decolagens-- por hora, sendo 38 para a aviação de carreira e outros 10 para jatos executivos e aviões pequenos. Durante a obra, o número de movimentos cairá para 37 a cada hora.
A proposta da Anac era dividir estes movimentos concedendo 30 às companhias aéreas e o restante para a aviação geral. Mas as empresas regulares apresentaram na audiência pública um levantamento dos últimos anos, mostrando que durante o Carnaval apenas 3 movimentos por hora são utilizados pelos aviões pequenos e jatos executivos.
Aumento da pista
Dado o tamanho da pista auxiliar de Congonhas, não conseguem pousar aviões grandes como Boeings-737/800 e os Airbus modelo 320 e 330, basicamente os utilizados pela TAM e Gol, líderes do mercado.
Anac e Infraero estudam, como alternativa, a ampliação da pista em 50 metros ou 100 metros, mas não há conclusão sobre o impacto ambiental e as dificuldades de engenharia.
As obras nas pistas de Congonhas visam evitar incidentes como a derrapagem do Boeing da Varig ocorrida na última quarta-feira. Internamente, técnicos da Infraero admitem que a falta de reparos nas próximas semanas facilitará a ocorrência de novas derrapagens ou adernagens --quando o avião tomba de lado.
Acidente
Na quarta-feira, a aeronave da Varig precisou girar sobre eixo para conseguir parar. Desde o ano passado, todos os pilotos são orientados a pousar em Congonhas com os freios a intensidade reduzida para evitar derrapagens durante ou depois de chuvas na capital paulista.
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Aeroporto de Congonhas deve mudar até 40% dos vôos para Guarulhos
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
As obras de recuperação e possivelmente de extensão da pista auxiliar de Congonhas devem transferir até 40% dos vôos diários do aeroporto para o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).
A reforma começa no dia 27 de fevereiro, se as condições climáticas permitirem. O anúncio da obra deverá ser feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na próxima semana.
O trabalho de reforma e ampliação da pista auxiliar e das pistas de rolamento vai durar 115 dias, com fim previsto para o dia 22 de junho. Dias depois, será a vez da pista principal. Antes do fim desta segunda obra, a Infraero começa obras no aeroporto de Guarulhos.
Além de Guarulhos, há a possibilidade de transferência para Viracopos, em Campinas. Para minimizar os transtornos, a Infraero pretende intensificar o trabalho na madrugada e nos horários de menor movimento.
A primeira proposta do governo era começar a obra no início de fevereiro, mas as companhias aéreas foram contrárias devido ao Carnaval. Durante o período, há grande volume de usuários na ponte aérea.
O adiamento sugerido pelas empresas foi entregue à Anac no dia 10, quando a agência fez audiência pública no aeroporto de Congonhas. Segundo apurou a Folha, a agência acolheu a idéia e finaliza agora a planilha de transferência de vôos para outros aeroportos.
Vôos transferidos
De acordo com a Infraero, de 35% a 40% do tráfego da aviação regular de hoje deixará de pousar no aeroporto de Congonhas. Mas isso também está sob análise da Anac.
Estudo feito pelo CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), da Aeronáutica, demonstra que Congonhas possui 48 movimentos --pousos e decolagens-- por hora, sendo 38 para a aviação de carreira e outros 10 para jatos executivos e aviões pequenos. Durante a obra, o número de movimentos cairá para 37 a cada hora.
A proposta da Anac era dividir estes movimentos concedendo 30 às companhias aéreas e o restante para a aviação geral. Mas as empresas regulares apresentaram na audiência pública um levantamento dos últimos anos, mostrando que durante o Carnaval apenas 3 movimentos por hora são utilizados pelos aviões pequenos e jatos executivos.
Aumento da pista
Dado o tamanho da pista auxiliar de Congonhas, não conseguem pousar aviões grandes como Boeings-737/800 e os Airbus modelo 320 e 330, basicamente os utilizados pela TAM e Gol, líderes do mercado.
Anac e Infraero estudam, como alternativa, a ampliação da pista em 50 metros ou 100 metros, mas não há conclusão sobre o impacto ambiental e as dificuldades de engenharia.
As obras nas pistas de Congonhas visam evitar incidentes como a derrapagem do Boeing da Varig ocorrida na última quarta-feira. Internamente, técnicos da Infraero admitem que a falta de reparos nas próximas semanas facilitará a ocorrência de novas derrapagens ou adernagens --quando o avião tomba de lado.
Acidente
Na quarta-feira, a aeronave da Varig precisou girar sobre eixo para conseguir parar. Desde o ano passado, todos os pilotos são orientados a pousar em Congonhas com os freios a intensidade reduzida para evitar derrapagens durante ou depois de chuvas na capital paulista.
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