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24/01/2007 - 20h30

No aniversário de São Paulo, Mercado Municipal completa 74 anos

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CAROLINA FARIAS
da Folha Online

Um dos principais símbolos de São Paulo também faz aniversário nesta quinta-feira (25) --dia do aniversário da cidade. O Mercado Municipal, ou simplesmente mercadão, completa 74 anos com o desafio de não deixar sua tradição se perder e manter viva parte da história da cidade.

Inaugurado em 25 de janeiro de 1933, o prédio do Mercadão é uma das construções mais conhecidas do escritório do arquiteto Ramos de Azevedo --que também projetou o Teatro Municipal.

Criado para substituir um velho mercado que vendia "de tudo" na rua 25 de Março, o Mercadão foi aberto para vendas no atacado, abastecendo principalmente os comerciantes de hortifrutigranjeiros.

Hoje, 74 anos depois, o movimento de turistas da 25 de Março é o principal responsável pela sobrevivência do Mercadão, com vendas no varejo e nem sempre de hortifrutigranjeiros. O que mais atrai os turistas, além de moradores da cidade, são iguarias como o pastel de bacalhau, o sanduíche de mortadela --responsáveis por filas enormes entre os boxes-- e os armazéns que vendem de azeites a produtos para feijoada.

Segundo o supervisor geral de Abastecimento da Secretaria das Subprefeituras --setor responsável pelo Mercado--, José Roberto Graziano, a maioria do público que freqüenta o Mercadão atualmente é de turistas que procuram as regiões de comércio popular do Centro.

"De dez pessoas que vem ao Mercado, nove têm sacolinhas da 25 de Março nas mãos", afirmou o supervisor.

O que preocupa Graziano e os proprietários das 144 quitandas --o atacado de frutas ainda é o principal comércio do Mercadão-- é manter a atividade desses comerciantes. Eles representam mais da metade dos 287 boxes do Mercado.

"O principal desafio do Mercadão é manter as quitandas que vendem no atacado. Dos 144 boxes, 120 vendem frutas no atacado durante a noite, mas quem procura por esse comércio está deixando cada vez mais o Centro. São fatores como trânsito, falta de estacionamento, segurança que levam os comerciantes a fazerem compras em outros lugares", diz Graziano.

Segundo o supervisor, o setor que administra o Mercado está tentando frear a mudança desenfreada dos comerciantes de frutas para outro ramo. "O maior número de mudanças são deles. Em 2006, foram 20 quitandeiros que mudaram de ramo", afirmou.

A idéia, de acordo com Graziano, é criar novos ramos de comércio para o Mercado para evitar que os donos de quitandas abram mais empórios --setor que já está saturado, de acordo com os administradores.

"As bancas de frutas não se 'assentaram' ainda depois da reforma. Hoje vendemos muito pouco no atacado. Virou uma praça de alimentação. A mídia faz o cidadão tomar suco em vez de comer fruta", disse o gerente da quitanda Saporito, Roberto Pereira de Freitas, 60, que trabalha há 30 anos no Mercadão.

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