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25/01/2007 - 17h01

Protestos de sem-teto abafam comemorações do aniversário de São Paulo

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

Um persistente coro de sem-teto perseguiu o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PFL) durante as cerimônias de comemoração do 453º aniversário de São Paulo, nesta quinta-feira. Mais que duradouros, os gritos de "queremos moradia" conseguiram abafar a execução do Hino Nacional, os discursos dos dois, todas as salvas de palmas dedicadas a eles e até a inauguração da recém-revitalizada praça da Sé.

Os protestos dos sem-teto começaram logo que o prefeito deixou a catedral da Sé, onde havia sido realizada uma missa em homenagem a São Paulo. Com passos determinados, ele cruzou a praça da Sé sem comentar a inauguração do novo projeto, que custou R$ 4 milhões, e alheio às faixas e aos gritos que o acusavam de ser "higienista". O prefeito parou apenas para tentar puxar um coro de "São Paulo, São Paulo" que durou poucos minutos.

No Pátio do Colégio, um esquema de isolamento com gradis e cordões da GCM (Guarda Civil Metropolitana) aguardava a chegada do prefeito e do governador. "Eu quero ter um lugar meu, eu não quero que a prefeitura pague aluguel pra mim, não", dizia a camareira Olinda de Carvalho, 55, enquanto aguardava o começo do evento.

Durante a cerimônia, o bispo Luiz Stringhini, que levava um adesivo da Prefeitura de São Paulo no peito, tentou convencer os sem-teto --muitos com estrelas do PT no peito e camisetas do PSB-- a parar de protestar e a negociar diretamente com o prefeito. Stringhini acabou encurralado pelas reclamações sobre a suposta falta de atenção à questão.

Reação

Irritado, Serra chegou a reagir contra os manifestantes ao tentar transformar as vaias que abafaram uma homenagem ao Corpo de Bombeiros de São Paulo em uma ofensa. "Há quem prefira vaiar os bombeiros. Como vimos aqui, eles vaiam os bombeiros."

Os manifestantes não o ouviram. Minutos antes, na tentativa de ressaltar os programas sociais tucanos, Serra dizia que "às vezes, os aparentemente mais fracos são os maiores".

Horas depois, longe do tumulto, Kassab ressaltou o fato de que os protestos tiveram motivação política e disse que insistiu em passar entre os manifestantes, na praça da Sé, para unir-se "à grande maioria, que queria festejar São Paulo".

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