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01/02/2007 - 18h48

Moto apreendida pela polícia pode ter sido usada na morte de milionário

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da Folha Online

A Polícia Civil do Rio apreendeu uma moto que pode ter sido usada no assassinato do milionário Rennê Senna, ganhador de R$ 52 milhões da Mega-Sena. Adriana Almeida, que era casada com ele, e dois policiais militares estão presos suspeitos de participação no crime.

A moto --uma Honda Titan azul, características semelhantes às da usada no crime-- está no nome de um dos PMs presos. Segundo a Delegacia de Homicídios do Rio, ela foi pintada recentemente, mais um indício de que ela foi usada no crime. Durante as investigações, a polícia teria descoberto que o assassino sofreu uma queda da moto após o crime.

A polícia ainda procura outras três pessoas suspeitas de participação no crime. Duas delas são policiais militares e outra é a mulher de um deles.

Os dois PMs presos nesta quinta --entre eles o dono da moto-- trabalham no 9º Batalhão (Rocha Miranda) e no 16º Batalhão (Olaria). Eles foram encaminhados para depoimento na Delegacia de Homicídios.

Habeas Corpus

O advogado Alexandre Dumans, que defende a ex-cabeleireira Adriana Almeida, viúva de Rennê, entrou nesta quinta-feira com um pedido de habeas corpus para ela. Adriana foi presa anteontem.

Para Dumans, não havia necessidade de sua cliente ser presa. 'A medida constritiva [prisão] só pode ser adotada em último caso. Não há indício nem prova da autoria do crime', afirma. A prisão da viúva foi baseada em escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça, cujo conteúdo não foi revelado.

Adriana foi encontrada e detida depois que a Polícia Civil recebeu a informação, pelo Disque-Denúncia, que ela estava em um hotel na praia de Camboinhas, em Niterói (Grande Rio). Segundo Dumans, ela deixou Rio Bonito (75 km do Rio) --local onde ocorreu o crime e onde as investigações se desenrolam-- devido às ameaças que vinha sofrendo.

Quando Adriana foi presa, a delegacia de Rio Bonito foi cercada pela população da cidade, que a ameaçava e xingava. 'Não dava para ela ir em uma padaria', diz o advogado.

Segundo Tribunal de Justiça, o pedido de liberdade foi protocolado, mas ainda será entregue a um dos desembargadores.

Testamento

Rennê Senna foi assassinado com cinco tiros na cabeça por dois encapuzados em uma motocicleta. Ele estava em um bar no distrito de Lavras, na área rural de Rio Bonito, perto de onde morava.

Enquanto a polícia ainda tenta esclarecer o crime, alguns irmãos de Senna já se movimentam para tentar anular o segundo testamento.

Após se casar com Adriana, o milionário fez um novo testamento e decidiu doar 50% da herança para a mulher --e deixou a outra metade para a filha dele, Renata Senna.

O fato indignou os 11 irmãos, que, segundo o primeiro testamento, tinham direito a 50% dos bens de Senna.

Outro crime

O PM David Vilhena da Silva foi morto em setembro do ano passado, na Ilha do Governador (na zona norte do Rio). Ele também trabalhava como segurança de Senna.

Segundo a polícia, Vilhena da Silva foi assassinado por ter revelado a Senna um suposto plano de seqüestro tramado por seguranças que trabalhavam para o milionário na ocasião.

Os dois PMs presos nesta quinta trabalham no 9º Batalhão (Rocha Miranda) e no 16º Batalhão (Olaria). Eles foram encaminhados para depoimento na Delegacia de Homicídios. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Outros dois suspeitos ainda não foram presos.

Com Folha de S.Paulo

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