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04/02/2007
-
10h21
da Folha de S.Paulo
Aquecimento global, com a elevação do nível dos oceanos, aumento da intensidade e da freqüência das ressacas nos últimos anos, a ocupação irregular da orla e mudanças provocadas pelo homem nos rios que deságuam no mar são apontados por especialistas em climatologia e fenômenos marinhos como causas mais prováveis da redução das praias.
Coordenador do projeto que mapeou o problema em todo o país, Dieter Muehe, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), projeta um cenário sombrio nos próximos anos, mas não se arrisca a falar do futuro mais distante.
"Tivemos no país fenômenos meteorológicos muito severos. A médio prazo, a tendência é que o problema aumente, mas é difícil separar o que é fenômeno do que é tendência", diz.
Um levantamento realizado pelo meteorologista Eugenio Hackbart, da MetSul Meteorologia, referenda as ressacas como uma causa do problema.
Desde agosto de 2005, houve quatro ciclones extratropicais --fenômeno climático que causa ressacas-- de intensidade extrema no Sul do país. "A redução na faixa de areia neste verão em praias gaúchas foi conseqüência de um ciclone excepcionalmente intenso."
Segundo a pesquisadora Célia Regina de Gouveia Souza, do Instituto Geológico, o nível do mar no litoral paulista subiu 30 cm no século 20, contra uma média de 10 cm no resto do mundo, no período. "Quando o nível do mar sobe, as águas empurram a praia para dentro do continente. Se ela encontra uma mureta, um calçadão, entra em desequilíbrio, acaba sumindo", explica Souza.
Barragens que retêm sedimentos que os rios levam para o mar e equilibram as praias são outro motivo da degradação, diz o diretor de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf de Noronha. "O contrário também acontece. Quando os rios levam um excesso de areia, o desenho das praias é afetado", diz.
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Aquecimento global e ocupação irregular diminuem praias
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Coordenador do projeto que mapeou o problema em todo o país, Dieter Muehe, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), projeta um cenário sombrio nos próximos anos, mas não se arrisca a falar do futuro mais distante.
"Tivemos no país fenômenos meteorológicos muito severos. A médio prazo, a tendência é que o problema aumente, mas é difícil separar o que é fenômeno do que é tendência", diz.
Um levantamento realizado pelo meteorologista Eugenio Hackbart, da MetSul Meteorologia, referenda as ressacas como uma causa do problema.
Desde agosto de 2005, houve quatro ciclones extratropicais --fenômeno climático que causa ressacas-- de intensidade extrema no Sul do país. "A redução na faixa de areia neste verão em praias gaúchas foi conseqüência de um ciclone excepcionalmente intenso."
Segundo a pesquisadora Célia Regina de Gouveia Souza, do Instituto Geológico, o nível do mar no litoral paulista subiu 30 cm no século 20, contra uma média de 10 cm no resto do mundo, no período. "Quando o nível do mar sobe, as águas empurram a praia para dentro do continente. Se ela encontra uma mureta, um calçadão, entra em desequilíbrio, acaba sumindo", explica Souza.
Barragens que retêm sedimentos que os rios levam para o mar e equilibram as praias são outro motivo da degradação, diz o diretor de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf de Noronha. "O contrário também acontece. Quando os rios levam um excesso de areia, o desenho das praias é afetado", diz.
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