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08/02/2007
-
09h28
Folha de S.Paulo
Relatórios da equipe de fiscalização do Metrô de São Paulo revelam que o Consórcio Via Amarela usou na execução das obras da linha 4 material de "qualidade questionável" e inadequado, além de desprezar o veto dos próprios fiscais para o uso desse tipo de material.
O Consórcio Via Amarela afirmou, por meio de nota, que considera a existência de "não-conformidades" o resultado normal de um trabalho de "supervisão e acompanhamento" para busca da qualidade das obras e que a maioria dos problemas apontados já foi resolvida.
"Estão dentro das normas e do plano de qualidade para esse tipo de projeto", afirma trecho da nota.
Ainda segundo a empresa, em 35 meses de obras, nos 12 km da linha, foram encontradas 295 "não-conformidades", das quais 226 foram resolvidas "de acordo com o plano de qualidade da obra". O restante dos casos apontados está "em processo de tratamento e resolução, de acordo com a sua prioridade". O número de casos informado pelo consórcio é superior ao do Metrô.
O consórcio não comentou, porém, as irregularidades apontadas pelos fiscais do Metrô. A reportagem enviou ao grupo a lista dos principais relatos no documento encaminhado à Assembléia e ao Ministério Público.
A Folha solicitou um responsável pelo consórcio para comentar os pontos do relatório do Metrô, mas ninguém foi apontado. Não houve explicação oficial para a negativa ao pedido.
Metrô
O Metrô afirmou que não considera graves as constatações feitas pelos fiscais porque seriam fatos corriqueiros de uma obra, principalmente naquelas de grande porte, como a linha 4.
Sobre o material de "qualidade questionável" encontrado em fiscalização, a companhia disse não ver problemas porque são substituídos após a constatação.
O consórcio, ainda segundo a estatal do governo José Serra (PSDB), não pode se negar a solucionar as irregularidades apontadas pelos fiscais, ao menos que tenha justificativa fundamentada.
O Metrô cita os 245 casos já solucionados pelo consórcio como exemplo desse comportamento dos responsáveis pelo consórcio.
Na visão da estatal, não há motivos para as empreiteiras colocarem material de baixa qualidade, que possa apresentar problemas futuros, porque duas delas também integram o consórcio que administrará a linha pela PPP (Parceria Público-Privada).
A Folha solicitou uma entrevista com o presidente do Metrô, Luiz Carlos David, não ele não quis falar com a reportagem. Segundo sua assessoria, ele suspendeu as entrevistas até terminar as investigações feitas pela Assembléia Legislativa.
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O Consórcio Via Amarela afirmou, por meio de nota, que considera a existência de "não-conformidades" o resultado normal de um trabalho de "supervisão e acompanhamento" para busca da qualidade das obras e que a maioria dos problemas apontados já foi resolvida.
"Estão dentro das normas e do plano de qualidade para esse tipo de projeto", afirma trecho da nota.
Ainda segundo a empresa, em 35 meses de obras, nos 12 km da linha, foram encontradas 295 "não-conformidades", das quais 226 foram resolvidas "de acordo com o plano de qualidade da obra". O restante dos casos apontados está "em processo de tratamento e resolução, de acordo com a sua prioridade". O número de casos informado pelo consórcio é superior ao do Metrô.
O consórcio não comentou, porém, as irregularidades apontadas pelos fiscais do Metrô. A reportagem enviou ao grupo a lista dos principais relatos no documento encaminhado à Assembléia e ao Ministério Público.
A Folha solicitou um responsável pelo consórcio para comentar os pontos do relatório do Metrô, mas ninguém foi apontado. Não houve explicação oficial para a negativa ao pedido.
Metrô
O Metrô afirmou que não considera graves as constatações feitas pelos fiscais porque seriam fatos corriqueiros de uma obra, principalmente naquelas de grande porte, como a linha 4.
Sobre o material de "qualidade questionável" encontrado em fiscalização, a companhia disse não ver problemas porque são substituídos após a constatação.
O consórcio, ainda segundo a estatal do governo José Serra (PSDB), não pode se negar a solucionar as irregularidades apontadas pelos fiscais, ao menos que tenha justificativa fundamentada.
O Metrô cita os 245 casos já solucionados pelo consórcio como exemplo desse comportamento dos responsáveis pelo consórcio.
Na visão da estatal, não há motivos para as empreiteiras colocarem material de baixa qualidade, que possa apresentar problemas futuros, porque duas delas também integram o consórcio que administrará a linha pela PPP (Parceria Público-Privada).
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