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09/02/2007 - 23h11

Para Lula, morte de garoto arrastado foi "gesto de barbaridade"

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de um "gesto de barbaridade" o episódio em que um menino João Hélio Fernandes, 6, que morreu no Rio, após ter sido arrastado por sete quilômetros.

O Corsa Sedan em que João Hélio estava com sua mãe, a comerciante Rosa Cristina Fernandes Vieites, 41, e sua irmã, Aline, 14, foi roubado por dois homens na rua João Vicente, em Oswaldo Cruz. A mãe não conseguiu retirar o filho, que sofria de hiperatividade e tinha dificuldades motoras e de fala. No banco traseiro e com cinto, João Hélio tentava sair do carro quando os ladrões fugiram. Ficou pendurado e foi arrastado, com o carro em alta velocidade e pessoas na rua gritando: "Pára, pára".

Em Salvador, Lula ressaltou que, apesar dele poder reagir emocionalmente, o Estado "não pode ser emocional". "Enquanto ser humano, eu posso reagir emocionalmente e posso fazer qualquer barbaridade contra quem pratica um crime, mas o Estado não pode agir emocionalmente. O Estado tem que agir juridicamente", afirmou o presidente.

"Do ponto de vista da reação do ser humano, não há outra percepção de que isso não seja um gesto de barbaridade, que não cabe na compreensão da mente de homens e mulheres sadios deste País", afirmou Lula, durante o lançamento de uma campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.

O presidente questionou a idéia de que a violência tenha por causa a questão social. "Nos Estados Unidos, onde o problema da distribuição de renda não é problema, jovens matam dezenas de jovens em uma escola. Na Rússia, onde o problema da educação não é problema, jovens invadem escolas, seqüestram alunos, matam alunos. No Brasil, gente de classe média entra em cinema, atira e mata pessoas", afirmou.

"Esse conjunto de barbaridades que envolve o comportamento humano hoje, nós não resolveremos aumentando a punição", acrescentou Lula.

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