Publicidade
Publicidade
10/02/2007
-
09h06
KLEBER TOMAZ
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
Os laudos sobre as causas do pior acidente registrado nas obras do metrô de São Paulo só serão concluídos, na melhor das hipóteses, no fim de agosto. Esse prazo, confirmado à Folha pelos três órgãos que investigam a abertura da cratera na estação Pinheiros da linha 4, pode ser protelado ainda mais.
Isso porque até agora nenhum perito do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), IC (Instituto de Criminalística) e Ministério Público foi autorizado pelo consórcio Via Amarela a descer no buraco.
O acidente, que matou sete pessoas soterradas e desabrigou 55 famílias, completará um mês na segunda-feira.
O consórcio confirmou não ter concluído as obras de estabilização do terreno e, por isso, não há segurança para liberar a circulação de pessoas no local. Ele também não deu prazo para a conclusão dos trabalhos.
Os peritos acreditam poder começar os trabalhos na segunda-feira. "Ainda não terminou a estabilização, o que, segundo o consórcio nos informou, deve ser concluída neste final de semana. Aí, sim, vamos começar o trabalho de preparação de coleta de materiais", afirmou Jayme Telles, chefe do núcleo de engenharia do IC de São Paulo.
"Num primeiro momento se falou em 60 e 90 dias. Eu acho que lá para setembro deve ter algo mais conclusivo. Há muitas frentes periciais, aço, explosivos, projetos", afirmou José Carlos Blat, promotor criminal que acompanha o caso.
Os laudos são os únicos instrumentos capazes de apontar as causas do acidente e, ainda, quem seria o culpado pela tragédia. Todas as informações e depoimentos dados até agora são considerados especulações.
Segundo o delegado Dejair Rodrigues, responsável pela investigação policial do acidente, somente depois desses laudos será possível apontar algum culpado. "Não tem suspeito. Assim que o laudo ficar pronto, aí sim podemos falar da causa do acidente e eventuais responsabilidades", afirmou.
Ontem, em entrevista à rádio CBN, o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, pediu "paciência" para a conclusão do documento.
"Todos nós precisaremos ter a paciência de esperar esse laudo. Houve um acidente semelhante no Heathrow, o aeroporto lá de Londres, que teve um túnel semelhante do metrô que desabou. Lá eles demoraram dois anos para fazer o relatório final", afirmou. "Eu também estou ansioso."
O laudo do IPT é considerado pelas autoridades como o principal documento para apontar o que ocorreu. Ficou definido que ao menos quatro especialistas de fora do instituto vão participar dos trabalhos.
Ainda não está confirmado, porém, se o órgão recorrerá a equipes estrangeiras. O valor do contrato não foi divulgado.
O presidente do Metrô, Luiz Carlos David, foi procurado ontem para comentar o assunto, mas sua assessoria informou que ele só quer falar depois da conclusão do laudo do IPT.
Leia mais
Desalojados após acidente em obra do metrô fecham primeiros acordos
Fiscais citam 46 problemas na linha 4 do metrô de São Paulo
Consórcio responsável por obra do metrô de SP diz seguir plano de qualidade
Metrô vistoria obra no Butantã e diz que rachaduras "são comuns"
Metrô e consórcio enviam documentos sobre desabamento à promotoria
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
Leia a cobertura completa sobre o desabamento na obra do metrô
Laudo sobre acidente em obra do metrô de SP só sai em agosto
Publicidade
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
Os laudos sobre as causas do pior acidente registrado nas obras do metrô de São Paulo só serão concluídos, na melhor das hipóteses, no fim de agosto. Esse prazo, confirmado à Folha pelos três órgãos que investigam a abertura da cratera na estação Pinheiros da linha 4, pode ser protelado ainda mais.
Isso porque até agora nenhum perito do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), IC (Instituto de Criminalística) e Ministério Público foi autorizado pelo consórcio Via Amarela a descer no buraco.
O acidente, que matou sete pessoas soterradas e desabrigou 55 famílias, completará um mês na segunda-feira.
O consórcio confirmou não ter concluído as obras de estabilização do terreno e, por isso, não há segurança para liberar a circulação de pessoas no local. Ele também não deu prazo para a conclusão dos trabalhos.
Os peritos acreditam poder começar os trabalhos na segunda-feira. "Ainda não terminou a estabilização, o que, segundo o consórcio nos informou, deve ser concluída neste final de semana. Aí, sim, vamos começar o trabalho de preparação de coleta de materiais", afirmou Jayme Telles, chefe do núcleo de engenharia do IC de São Paulo.
"Num primeiro momento se falou em 60 e 90 dias. Eu acho que lá para setembro deve ter algo mais conclusivo. Há muitas frentes periciais, aço, explosivos, projetos", afirmou José Carlos Blat, promotor criminal que acompanha o caso.
Os laudos são os únicos instrumentos capazes de apontar as causas do acidente e, ainda, quem seria o culpado pela tragédia. Todas as informações e depoimentos dados até agora são considerados especulações.
Segundo o delegado Dejair Rodrigues, responsável pela investigação policial do acidente, somente depois desses laudos será possível apontar algum culpado. "Não tem suspeito. Assim que o laudo ficar pronto, aí sim podemos falar da causa do acidente e eventuais responsabilidades", afirmou.
Ontem, em entrevista à rádio CBN, o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, pediu "paciência" para a conclusão do documento.
"Todos nós precisaremos ter a paciência de esperar esse laudo. Houve um acidente semelhante no Heathrow, o aeroporto lá de Londres, que teve um túnel semelhante do metrô que desabou. Lá eles demoraram dois anos para fazer o relatório final", afirmou. "Eu também estou ansioso."
O laudo do IPT é considerado pelas autoridades como o principal documento para apontar o que ocorreu. Ficou definido que ao menos quatro especialistas de fora do instituto vão participar dos trabalhos.
Ainda não está confirmado, porém, se o órgão recorrerá a equipes estrangeiras. O valor do contrato não foi divulgado.
O presidente do Metrô, Luiz Carlos David, foi procurado ontem para comentar o assunto, mas sua assessoria informou que ele só quer falar depois da conclusão do laudo do IPT.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice