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14/02/2007
-
10h46
LEILA SUWWAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O temor de mais um episódio de caos nos aeroportos no Carnaval levou o Planalto a convocar ontem uma reunião com as autoridades do setor para discutir preparativos e planos de emergência para enfrentar as duas principais "ameaças": a de novas falhas operacionais de empresas aéreas e uma nova radicalização na operação-padrão dos controladores.
O governo decidiu prorrogar pela segunda vez a decisão sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo civil, que foi proposta em dezembro. A medida pode deflagrar uma reação imediata de um grupo de cerca de 40 sargentos do Cindacta-1, em Brasília, que planeja nova onda de pressão.
Para tentar evitar isso, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, também se reuniu ontem pessoalmente com os líderes dos controladores. Porém, eles negam qualquer envolvimento e alegam que não são capazes de conter os colegas exaltados sem que o governo sinalize o que pretende fazer.
Sob comando da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), autoridades discutiram por quase quatro horas as medidas adotadas em cada área e seus planos de contingência. Além das precauções, a ordem foi detectar e reagir rapidamente a qualquer congestionamento.
Isto é, não deixar que ocorra o "efeito cascata" que afeta todo país por mais de 48 horas a partir de um problema localizado, conforme aconteceu em pelo menos três situações recentemente. O início da operação-padrão, em 7 de novembro, a pane de equipamento em Brasília, em 5 de dezembro, e a manutenção de aviões da TAM durante o Natal.
Além de Bueno, participaram da reunião o ministro Waldir Pires (Defesa), o brigadeiro Paulo Hortênsio Albuquerque Silva (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o coronel Carlos Vuyk de Aquino (Cindacta-1), Denise Abreu (Agência Nacional de Aviação Civil) e o brigadeiro José Carlos Pereira (Infraero).
A Aeronáutica garantiu à ministra que não há nova insurgência entre os controladores e que todos os equipamentos já passaram por manutenção preventiva e contam com técnicos de plantão.
Preocupação
A Infraero também detalhou um plano para acionar polícia, médicos e funcionários em 20 minutos nos principais aeroportos do país. As atenções estão voltadas para os aeroportos de São Paulo (Cumbica e Congonhas), do Rio (Santos Dumont e Galeão), de Recife e de Salvador.
"Há preocupação, mas o que ficou claro é que o setor está preparado para reagir rapidamente", disse Pereira.
Entre os controladores, há rumores e ameaças. Uma parte prefere aguardar a decisão final do Planalto sobre a desmilitarização em março. Outra desconfia que as reivindicações serão "engavetadas".
O grupo de Brasília avalia que o movimento está sendo minado por uma safra de supervisores recém-promovidos que não segue a operação-padrão --cabe a eles determinar as restrições de pousos e decolagens para limitar o número de aviões em cada fatia de espaço aéreo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre atrasos de vôos
Leia o que já foi publicado sobre crise no tráfego aéreo
Governo teme novo caos aéreo no Carnaval
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O temor de mais um episódio de caos nos aeroportos no Carnaval levou o Planalto a convocar ontem uma reunião com as autoridades do setor para discutir preparativos e planos de emergência para enfrentar as duas principais "ameaças": a de novas falhas operacionais de empresas aéreas e uma nova radicalização na operação-padrão dos controladores.
O governo decidiu prorrogar pela segunda vez a decisão sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo civil, que foi proposta em dezembro. A medida pode deflagrar uma reação imediata de um grupo de cerca de 40 sargentos do Cindacta-1, em Brasília, que planeja nova onda de pressão.
Para tentar evitar isso, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, também se reuniu ontem pessoalmente com os líderes dos controladores. Porém, eles negam qualquer envolvimento e alegam que não são capazes de conter os colegas exaltados sem que o governo sinalize o que pretende fazer.
Sob comando da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), autoridades discutiram por quase quatro horas as medidas adotadas em cada área e seus planos de contingência. Além das precauções, a ordem foi detectar e reagir rapidamente a qualquer congestionamento.
Isto é, não deixar que ocorra o "efeito cascata" que afeta todo país por mais de 48 horas a partir de um problema localizado, conforme aconteceu em pelo menos três situações recentemente. O início da operação-padrão, em 7 de novembro, a pane de equipamento em Brasília, em 5 de dezembro, e a manutenção de aviões da TAM durante o Natal.
Além de Bueno, participaram da reunião o ministro Waldir Pires (Defesa), o brigadeiro Paulo Hortênsio Albuquerque Silva (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o coronel Carlos Vuyk de Aquino (Cindacta-1), Denise Abreu (Agência Nacional de Aviação Civil) e o brigadeiro José Carlos Pereira (Infraero).
A Aeronáutica garantiu à ministra que não há nova insurgência entre os controladores e que todos os equipamentos já passaram por manutenção preventiva e contam com técnicos de plantão.
Preocupação
A Infraero também detalhou um plano para acionar polícia, médicos e funcionários em 20 minutos nos principais aeroportos do país. As atenções estão voltadas para os aeroportos de São Paulo (Cumbica e Congonhas), do Rio (Santos Dumont e Galeão), de Recife e de Salvador.
"Há preocupação, mas o que ficou claro é que o setor está preparado para reagir rapidamente", disse Pereira.
Entre os controladores, há rumores e ameaças. Uma parte prefere aguardar a decisão final do Planalto sobre a desmilitarização em março. Outra desconfia que as reivindicações serão "engavetadas".
O grupo de Brasília avalia que o movimento está sendo minado por uma safra de supervisores recém-promovidos que não segue a operação-padrão --cabe a eles determinar as restrições de pousos e decolagens para limitar o número de aviões em cada fatia de espaço aéreo.
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