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15/02/2007
-
10h17
GABRIEL BATISTA
do Agora
Por determinação do secretário estadual da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, a polícia investiga um grupo de homens e mulheres vestidos de preto que tem espancado brutalmente homossexuais na praça da República (centro de SP), na região dos Jardins (zona oeste de SP) e na Vila Madalena (zona oeste).
O Agora teve acesso ao protocolo 812/07 do gabinete do secretário, assinado por Marzagão em 26 de janeiro passado, no qual ele pede ao delegado-geral de polícia, Mário Jordão Toledo Leme, urgência na ação da Polícia Civil diante do grupo apelidado de "homens de preto".
Leme repassou a ordem às 1ª (centro) e 3ª (zona oeste) delegacias seccionais e ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
A reportagem soube de dois casos de agressões da gangue de preto. O mais recente ocorreu com o professor universitário de filosofia Alessandro Faria Araújo, 39 anos.
Homossexual, ele foi espancado na madrugada do último sábado na esquina da alameda Jaú com a rua da Consolação, nos Jardins. Ele quebrou o maxilar, ficou com cinco dentes pendurados, perdeu um canino, teve luxação nas costelas e recebeu pontos em parte da boca e no nariz.
Araújo mora na região da avenida Paulista e voltava a pé, na companhia de três amigos, de um bar. Um homem, do outro lado da rua, jogou uma garrafa na direção do professor e seus amigos.
"Antes de a garrafa cair, outras pessoas me passaram uma rasteira por trás e caí. Meus amigos conseguiram correr e entrar em um bar, mas eles [os agressores] seguraram minhas pernas e começaram a me chutar. Eles calçavam coturnos", relata Araújo.
O professor foi espancado por um minuto. Segundo ele, o grupo de agressores, formado por seis a dez pessoas, estava vestido de preto. Entre os criminosos, havia duas mulheres. Com base em relatos dos amigos de Araújo, os agressores vestiam bermuda e calça, camiseta, coturnos e até capas. Todas as peças de roupa eram pretas. Apenas um tinha a cabeça rapada.
Em outro caso, levantado pela Associação da Parada do Orgulho GLBT, um homossexual também foi espancado por "homens de preto" na praça da República, em 31 de dezembro passado. A vítima teve um dos rins esmagado e teve de retirar o órgão. Ele também foi derrubado e espancado a chutes de coturno.
O delegado do 4º DP (Consolação), Oscar Ferraz Gomes, abriu um inquérito sobre o caso do professor. "Não podemos afirmar que são skinheads. Sabemos que atacam mais aos fins de semana", disse o delegado. "Muita gente não registra o ocorrido por se sentir constrangido ou temer represálias." O delegado do 78º DP (Jardins), Marcos Gomes de Moura, também faz investigações.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre homofobia
Polícia investiga grupo que agride homossexuais em São Paulo
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do Agora
Por determinação do secretário estadual da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, a polícia investiga um grupo de homens e mulheres vestidos de preto que tem espancado brutalmente homossexuais na praça da República (centro de SP), na região dos Jardins (zona oeste de SP) e na Vila Madalena (zona oeste).
O Agora teve acesso ao protocolo 812/07 do gabinete do secretário, assinado por Marzagão em 26 de janeiro passado, no qual ele pede ao delegado-geral de polícia, Mário Jordão Toledo Leme, urgência na ação da Polícia Civil diante do grupo apelidado de "homens de preto".
Leme repassou a ordem às 1ª (centro) e 3ª (zona oeste) delegacias seccionais e ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
A reportagem soube de dois casos de agressões da gangue de preto. O mais recente ocorreu com o professor universitário de filosofia Alessandro Faria Araújo, 39 anos.
Homossexual, ele foi espancado na madrugada do último sábado na esquina da alameda Jaú com a rua da Consolação, nos Jardins. Ele quebrou o maxilar, ficou com cinco dentes pendurados, perdeu um canino, teve luxação nas costelas e recebeu pontos em parte da boca e no nariz.
Araújo mora na região da avenida Paulista e voltava a pé, na companhia de três amigos, de um bar. Um homem, do outro lado da rua, jogou uma garrafa na direção do professor e seus amigos.
"Antes de a garrafa cair, outras pessoas me passaram uma rasteira por trás e caí. Meus amigos conseguiram correr e entrar em um bar, mas eles [os agressores] seguraram minhas pernas e começaram a me chutar. Eles calçavam coturnos", relata Araújo.
O professor foi espancado por um minuto. Segundo ele, o grupo de agressores, formado por seis a dez pessoas, estava vestido de preto. Entre os criminosos, havia duas mulheres. Com base em relatos dos amigos de Araújo, os agressores vestiam bermuda e calça, camiseta, coturnos e até capas. Todas as peças de roupa eram pretas. Apenas um tinha a cabeça rapada.
Em outro caso, levantado pela Associação da Parada do Orgulho GLBT, um homossexual também foi espancado por "homens de preto" na praça da República, em 31 de dezembro passado. A vítima teve um dos rins esmagado e teve de retirar o órgão. Ele também foi derrubado e espancado a chutes de coturno.
O delegado do 4º DP (Consolação), Oscar Ferraz Gomes, abriu um inquérito sobre o caso do professor. "Não podemos afirmar que são skinheads. Sabemos que atacam mais aos fins de semana", disse o delegado. "Muita gente não registra o ocorrido por se sentir constrangido ou temer represálias." O delegado do 78º DP (Jardins), Marcos Gomes de Moura, também faz investigações.
Especial
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