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18/02/2007
-
10h24
LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Cid Carvalho, 40, já foi campeão quatro vezes e vice outras quatro. Mesmo assim, seu nome é desconhecido do grande público. Paulo Barros, 44, nunca conquistou um título, mas foi dele de quem mais se falou nos últimos três Carnavais.
Artistas que aprenderam os segredos dos barracões com Joãosinho Trinta, os carnavalescos de Vila Isabel e Viradouro, duas das favoritas, são os protagonistas de hoje, na primeira das duas noites de disputa no Sambódromo carioca. O desfile começa às 21h.
Depois de nove anos na vitoriosa comissão de Carnaval da Beija-Flor, Carvalho estréia como solo na campeã Vila. "Não muda nada [ser o único carnavalesco], porque na Beija-Flor era eu quem fazia a sinopse dos enredos, desenhava os figurinos, decorava os carros. Esteticamente, a Beija-Flor tinha a minha cara", diz o carnavalesco que tem recebido críticas dos integrantes da comissão da escola.
Um dos críticos é Alexandre Louzada, que foi campeão na Vila no ano passado. "O desfile [da Vila] foi bem feito, mas eu tendo a correr mais riscos", afirma o novo carnavalesco da escola. No enredo sobre metamorfoses, os carros terão iluminação própria e sofrerão transformações. No abre-alas, um lagarto vira borboleta.
Divertimento
Fugindo de polêmicas, Paulo Barros se recusa a comparar a Unidos da Tijuca, escola mais simples em que foi vice em 2004 e 2005, com a rica Viradouro, onde estréia neste ano com um enredo sobre jogos. "Busco o divertimento, a alegria e a participação do público, mas trabalho para ganhar", diz.
Além das alegorias vivas --em que pessoas fazem movimentos sincronizados--, ele traz a bateria em cima de um carro, algo nunca tentado. Primeira a desfilar, a Estácio de Sá, de volta ao Grupo Especial, reedita um enredo de 1987, "O tititi do sapoti". "Fiz o caminho inverso: a partir do samba construí um novo enredo", diz o carnavalesco Paulo Menezes.
Ausência
Tida sempre como uma das favoritas, a Mangueira fará seu desfile hoje na Sapucaí depois de ter enfrentado turbulências pré-carnavalescas.
O principal desfalque será o do intérprete Jamelão, que defendeu as cores da verde-e-rosa por 57 carnavais. Afastado por conta de um acidente vascular e sem poder acompanhar o desfile no sambódromo, Jamelão foi substituído por Luizito, um dos auxiliares até o ano passado, que sofreu um infarto durante o último ensaio técnico da escola.
Contrariando recomendações médicas, porém, a diretoria colocou Luizito para dar hoje o grito de guerra e puxar a primeira passada do samba.
A tarefa de puxar o samba da Mangueira será, depois, entregue ao coro de intérpretes, reforçado por Emílio Santiago. Outra novidade foi a introdução de mulheres na bateria como ritmistas, rompendo uma tradição de escola.
Colaborou PEDRO SOARES da Folha de S.Paulo, no Rio
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Cid Carvalho, 40, já foi campeão quatro vezes e vice outras quatro. Mesmo assim, seu nome é desconhecido do grande público. Paulo Barros, 44, nunca conquistou um título, mas foi dele de quem mais se falou nos últimos três Carnavais.
Artistas que aprenderam os segredos dos barracões com Joãosinho Trinta, os carnavalescos de Vila Isabel e Viradouro, duas das favoritas, são os protagonistas de hoje, na primeira das duas noites de disputa no Sambódromo carioca. O desfile começa às 21h.
Depois de nove anos na vitoriosa comissão de Carnaval da Beija-Flor, Carvalho estréia como solo na campeã Vila. "Não muda nada [ser o único carnavalesco], porque na Beija-Flor era eu quem fazia a sinopse dos enredos, desenhava os figurinos, decorava os carros. Esteticamente, a Beija-Flor tinha a minha cara", diz o carnavalesco que tem recebido críticas dos integrantes da comissão da escola.
Um dos críticos é Alexandre Louzada, que foi campeão na Vila no ano passado. "O desfile [da Vila] foi bem feito, mas eu tendo a correr mais riscos", afirma o novo carnavalesco da escola. No enredo sobre metamorfoses, os carros terão iluminação própria e sofrerão transformações. No abre-alas, um lagarto vira borboleta.
Divertimento
Fugindo de polêmicas, Paulo Barros se recusa a comparar a Unidos da Tijuca, escola mais simples em que foi vice em 2004 e 2005, com a rica Viradouro, onde estréia neste ano com um enredo sobre jogos. "Busco o divertimento, a alegria e a participação do público, mas trabalho para ganhar", diz.
Além das alegorias vivas --em que pessoas fazem movimentos sincronizados--, ele traz a bateria em cima de um carro, algo nunca tentado. Primeira a desfilar, a Estácio de Sá, de volta ao Grupo Especial, reedita um enredo de 1987, "O tititi do sapoti". "Fiz o caminho inverso: a partir do samba construí um novo enredo", diz o carnavalesco Paulo Menezes.
Ausência
Tida sempre como uma das favoritas, a Mangueira fará seu desfile hoje na Sapucaí depois de ter enfrentado turbulências pré-carnavalescas.
O principal desfalque será o do intérprete Jamelão, que defendeu as cores da verde-e-rosa por 57 carnavais. Afastado por conta de um acidente vascular e sem poder acompanhar o desfile no sambódromo, Jamelão foi substituído por Luizito, um dos auxiliares até o ano passado, que sofreu um infarto durante o último ensaio técnico da escola.
Contrariando recomendações médicas, porém, a diretoria colocou Luizito para dar hoje o grito de guerra e puxar a primeira passada do samba.
A tarefa de puxar o samba da Mangueira será, depois, entregue ao coro de intérpretes, reforçado por Emílio Santiago. Outra novidade foi a introdução de mulheres na bateria como ritmistas, rompendo uma tradição de escola.
Colaborou PEDRO SOARES da Folha de S.Paulo, no Rio
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