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22/02/2007 - 20h23

Presos continuam com protestos em penitenciárias de SP

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da Folha Online

O protesto dos presos nas penitenciárias de São Paulo continua nesta noite de quinta-feira. A chamada greve branca começou na quarta-feira (21) e atingiu 80 das 144 unidades do Estado. Os presos se recusam a sair para audiências e para o trabalho. Agentes penitenciários afirmam que alguns presos recusam alimentos e banhos de sol.

A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não divulgou balanço com o número oficial dos presídios com presos em protesto. O órgão informou que em algumas unidades não há mais protestos, mas informou que não fez o levantamento.

O motivo do protesto não foi confirmado. Uma das possibilidades seria a suspeita de maus-tratos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) --unidade que abriga integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

No último dia 6, uma vistoria foi feita na unidade e alguns presos foram trocados de cela. Dois deles, Gegê do Mangue e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, ambos ligados à facção, se recusaram a deixar suas celas e houve um tumulto. Segundo a secretaria, vidros foram quebrados. Na ocasião, 13 porções de maconha, quatro celulares e chips foram apreendidos na unidade.

Cícero Santos, presidente do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) afirmou que os agentes penitenciários estão relacionando os presos que se recusam a receber atendimento.

"Eles [os presos] estão com essa estratégia para sensibilizarem a opinião pública para, futuramente, justificarem ações violentas", afirmou Santos.

Segundo o presidente do Sindasp, os agentes estão trabalhando normalmente e informando todas as atitudes dos presos às direções das penitenciárias.

A SAP afirma desconhecer a denúncia de maus-tratos e informou que o Ministério Público investiga a denúncia.

Outra versão

Alguns funcionários do sistema prisional disseram acreditar que o protesto foi causado porque, na última segunda-feira, o homem apontado como um dos maiores contrabandistas do país, Law Kin Chong, foi autorizado a deixar a Penitenciária José Parada Netto, em Guarulhos (Grande São Paulo), e ir à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Law teria ido visitar o pai, que está internado. Os demais presos teriam se revoltado em razão de o prisioneiro ter ido ao hospital, escoltado por mais de dez PMs, dentro de uma ambulância e não em um carro especial para transportar detentos.

Na versão dos funcionários, os presos afirmam que houve privilégio a Law. Isso porque, muitas vezes, presos doentes deixam de ser removidos das penitenciárias onde estão porque a Administração Penitenciária alega falta de condições de segurança para retirá-los dos presídios. Questionado por escrito pela Folha, o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, não se manifestou sobre o suposto privilégio concedido a Law.

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