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26/02/2007 - 10h40

Presos voltam a protestar nas penitenciárias de São Paulo

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da Folha Online

Presos de todo Estado de São Paulo voltam nesta segunda-feira a realizar o protesto que começou na última quarta (21) --chamado por eles mesmos de greve branca. Os detentos se recusam a sair para audiências, para o trabalho e banhos de sol. Durante o final de semana os presos "interromperam" o protesto para receber visitas e o jumbo--alimentos levados pelos parentes.

Na semana passada, o protesto atingiu ao menos 80 das 144 unidades penitenciárias do Estado. A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não realiza um balanço do número de presos em protesto desde quinta. Nesta segunda, a secretaria informou que o número de unidades com detentos em manifestação diminuiu, mas não informou a quantidade.

Na sexta-feira (23) a SAP afastou o diretor da penitenciária José Parada Neto, de Guarulhos (região metropolitana), Antonio Samuel de Oliveira Filho.

A secretaria informou que o afastamento ocorreu para investigar as denúncias de que o preso Law Kin Chong foi autorizado a sair da unidade para ir à Santa Casa de Misericórdia no último dia 19 para visitar o pai, que está internado. A denúncia aponta que mais de dez policiais militares o escoltaram.

A saída de Law --um dos maiores contrabandistas do país-- causou a revolta dos demais presos.

De acordo com funcionários, os presos afirmam que houve privilégio a Law. Isso porque, muitas vezes, presos doentes deixam de ser removidos das penitenciárias onde estão porque a SAP alega falta de condições de segurança para retirá-los dos presídios.

Outra possibilidade para a chamada greve branca é a suspeita de maus-tratos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) --unidade que abriga integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Protesto dos agentes

Os cerca de 23 mil agentes penitenciários trabalharão hoje com faixas pretas no uniforme em protesto pela morte do diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá, Wellington Segura, 31, que completa um mês nesta segunda. Ele morreu quando saiu da unidade para ir para casa. Uma funcionária para quem dava carona também foi baleada.

Missas serão celebradas nas unidades penitenciárias para lembrar a morte do diretor.

De acordo com o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), a manifestação também ocorrerá para lembrar as autoridades da falta de segurança em que trabalham os agentes.

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