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27/02/2007
-
09h32
DANILO ALMEIDA
do Agora
da Folha Online
A menina Vitória Gabrielly Silva de Carvalho, de três anos, foi morta com um tiro no peito durante uma tentativa de assalto quando estava no colo do avô, José Solange da Silva, 55, na porta de casa, em Mauá (Grande São Paulo).
Embora a bala tenha perfurado a criança, não atingiu o avô, que saiu ileso. O crime aconteceu por volta da 0h de ontem.
O filho de José, Paulo André dos Santos Silva, 26, tinha acabado de chegar à casa que divide com os pais, no Jardim Salgueiro, após encerrar o expediente na pizzaria da qual é dono, em sociedade com o pai, em um bairro vizinho.
Ao abrir o portão para guardar seu Pointer, ele foi abordado por dois desconhecidos, que o chamaram gritando "ô, rapaz". Paulo, que tinha sido assaltado no mesmo local no dia 17, se jogou no chão.
Os criminosos então fizeram um disparo. Segundos antes, ao ouvir o carro, o pai do comerciante havia aberto a porta da sala, que dá acesso à garagem. No colo, carregava a neta. O tiro perfurou o peito da criança, que é sobrinha de Paulo --filha de sua irmã Adriana, 28.
Separada do marido, Adriana mora na casa dos pais com a filha e o irmão. Ela estava dentro de casa quando o crime ocorreu. "Eu ouvi o barulho do tiro e depois ouvi minha filha gritando. Corri até ela, que já estava toda ensangüentada. Corremos para levar Vitória ao hospital, mas ela não agüentou", contou.
No desespero para socorrer a sobrinha ao hospital, o comerciante chegou a arrancar o portão da garagem com o carro. A menina chegou viva ao hospital, mas morreu minutos depois. Ela foi enterrada ontem à tarde, num cemitério de Mauá.
Os criminosos fugiram, aparentemente a pé, sem levar nada. Paulo disse não ter visto o rosto deles, devido à escuridão.
A família desconfia que os ladrões sejam os mesmos autores do roubo sofrido por Paulo no dia 17. Naquela noite, uma dupla encapuzada rendeu o comerciante na garagem de casa e levou R$ 1.200 (o movimento da pizzaria) e um celular.
Poucas horas antes desse crime, houve outro assalto na vizinhança. A Polícia Civil não se manifestou sobre o caso.
Na noite de sábado, um menino de quatro anos morreu depois de ter sido baleado na cabeça, durante a perseguição do vigia de um posto de gasolina a um ladrão. O tiroteio ocorreu em Santo André (ABC).
Outros casos
Na quarta-feira da semana passada, uma menina de dez anos foi morta a facadas enquanto vendia rifas em Carazinho (315 km de Porto Alegre). Segundo a polícia, Michele Vargas Soares se recusou a entregar os R$ 12 que havia arrecadado e levou sete facadas no peito. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu durante cirurgia.
João Hélio
Nesta terça, o promotor criminal José Luís Ferreira Marques deve denunciar quatro pessoas pela morte do garoto João Hélio Fernandes Vieites, 6, que morreu ao ser arrastado por 7 km no Rio. Ele ficou pendurado pelo cinto de segurança depois que o carro de sua família foi roubado.
Os quatro suspeitos devem ser denunciados por formação de quadrilha e roubo seguido de morte. O quinto envolvido no crime tem 16 anos e deverá responder na 2ª Vara da Infância e da Adolescência.
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A menina Vitória Gabrielly Silva de Carvalho, de três anos, foi morta com um tiro no peito durante uma tentativa de assalto quando estava no colo do avô, José Solange da Silva, 55, na porta de casa, em Mauá (Grande São Paulo).
Embora a bala tenha perfurado a criança, não atingiu o avô, que saiu ileso. O crime aconteceu por volta da 0h de ontem.
O filho de José, Paulo André dos Santos Silva, 26, tinha acabado de chegar à casa que divide com os pais, no Jardim Salgueiro, após encerrar o expediente na pizzaria da qual é dono, em sociedade com o pai, em um bairro vizinho.
Ao abrir o portão para guardar seu Pointer, ele foi abordado por dois desconhecidos, que o chamaram gritando "ô, rapaz". Paulo, que tinha sido assaltado no mesmo local no dia 17, se jogou no chão.
Os criminosos então fizeram um disparo. Segundos antes, ao ouvir o carro, o pai do comerciante havia aberto a porta da sala, que dá acesso à garagem. No colo, carregava a neta. O tiro perfurou o peito da criança, que é sobrinha de Paulo --filha de sua irmã Adriana, 28.
Separada do marido, Adriana mora na casa dos pais com a filha e o irmão. Ela estava dentro de casa quando o crime ocorreu. "Eu ouvi o barulho do tiro e depois ouvi minha filha gritando. Corri até ela, que já estava toda ensangüentada. Corremos para levar Vitória ao hospital, mas ela não agüentou", contou.
No desespero para socorrer a sobrinha ao hospital, o comerciante chegou a arrancar o portão da garagem com o carro. A menina chegou viva ao hospital, mas morreu minutos depois. Ela foi enterrada ontem à tarde, num cemitério de Mauá.
Os criminosos fugiram, aparentemente a pé, sem levar nada. Paulo disse não ter visto o rosto deles, devido à escuridão.
A família desconfia que os ladrões sejam os mesmos autores do roubo sofrido por Paulo no dia 17. Naquela noite, uma dupla encapuzada rendeu o comerciante na garagem de casa e levou R$ 1.200 (o movimento da pizzaria) e um celular.
Poucas horas antes desse crime, houve outro assalto na vizinhança. A Polícia Civil não se manifestou sobre o caso.
Na noite de sábado, um menino de quatro anos morreu depois de ter sido baleado na cabeça, durante a perseguição do vigia de um posto de gasolina a um ladrão. O tiroteio ocorreu em Santo André (ABC).
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Na quarta-feira da semana passada, uma menina de dez anos foi morta a facadas enquanto vendia rifas em Carazinho (315 km de Porto Alegre). Segundo a polícia, Michele Vargas Soares se recusou a entregar os R$ 12 que havia arrecadado e levou sete facadas no peito. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu durante cirurgia.
João Hélio
Nesta terça, o promotor criminal José Luís Ferreira Marques deve denunciar quatro pessoas pela morte do garoto João Hélio Fernandes Vieites, 6, que morreu ao ser arrastado por 7 km no Rio. Ele ficou pendurado pelo cinto de segurança depois que o carro de sua família foi roubado.
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