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02/03/2007 - 21h42

Superintendente da PF reclama de escolta a Beira-Mar

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CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha

O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Geraldo Guimarães, criticou a permanência do traficante Fernandinho Beira-Mar na sede do órgão, em Vila Velha, e questionou a obrigatoriedade da PF em acompanhar o condenado.

"Por que fazer um policial federal condutor de preso? Por que fazer um policial federal babá de preso? O presídio tem sua estrutura, sua equipe para conduzir o preso. Nós já temos tantas atribuições e tão pouca gente para trabalhar."

Beira-Mar deixou a penitenciária federal de Catanduvas (PR) ontem para acompanhar o depoimento de uma testemunha, em um dos processos a que responde. A audiência será realizada no Rio de Janeiro.

O condenado chegou ao prédio da superintendência da PF, em Vila Velha (região metropolitana de Vitória), no início da madrugada de hoje.

"Tivemos que suspender parte dos serviços prestados na sede, como a emissão de passaportes, para não expor a população a riscos. O que causa estranheza e revolta é que, nesses casos de testemunhas, o Código Penal não obriga a presença do réu. Daria para evitar esse transtorno", disse Guimarães.

Segundo o superintendente, a PF teve que remanejar policiais e suspender operações durante a permanência do traficante, que deve durar até este fim de semana.

"Trouxe policiais de delegacias do interior para reforçar a segurança aqui e para garantir que, se fizerem ou se tentarem fazer alguma gracinha, essa será a última vez, se Deus quiser", afirmou Guimarães.

Hartung

Hoje, durante a cerimônia de posse de novos secretários de governo, o governador Paulo Hartung (PMDB) disse que não sabia sobre a ida de Beira-Mar ao Estado. Hartung afirmou que soube pela imprensa hoje de manhã e que "a audiência deveria ter sido feita por meio de videoconferência".

A Polícia Federal em Brasília disse que está apenas "cumprindo determinação judicial e que foi o STF (Supremo Tribunal Federal) que autorizou a presença do réu [Beira-Mar] em todas as audiências".

Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF informou que "todos foram pegos de surpresa, não só o Espírito Santo, já que a transferência de presos ocorre em sigilo".

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