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06/03/2007
-
09h19
da Folha Online
Oito casas foram engolidas na tarde desta segunda-feira (5) por uma cratera que se abriu num loteamento de classe média em Monte Alto (353 km a noroeste de São Paulo), na região de Jaboticabal. Ninguém ficou ferido.
Uma mulher foi retirada pelos bombeiros minutos antes de sua casa desmoronar, segundo o comandante da base do Corpo de Bombeiros de Jaboticabal, subtenente Mauro Craveiro, 48.
Craveiro diz que a moradora cozinhava e não ouvia os gritos de vizinhos, que a chamavam para fora --naquele momento, quatro casas desocupadas já haviam sido arrastadas pelo deslizamento.
"Nós entramos e ainda desligamos o fogão. Assim que ela saiu, a casa desabou."
O subtenente afirma que os outros moradores foram alertados por estalos e deixaram suas casas a tempo. Dos 32 homens da base, 12 foram deslocados para Monte Alto.
Na manhã desta terça, moradores de outras 40 casas que correm risco de desabar tentam retirar seus pertences, segundo a prefeitura. Os bombeiros afirmam que um engenheiro da prefeitura está avaliando o risco antes de os moradores entrarem em cada casa. Não há confirmação sobre o número total de pessoas desabrigadas.
Cratera
A cratera foi provocada por erosão e agravada pelas chuvas de janeiro e fevereiro. Segundo a administração, choveu 750 mm nos dois meses, índice "bem acima da média". A prefeitura não soube informar a média exata.
O buraco tem largura de mais ou menos cem metros, segundo o comandante dos Bombeiros, ao longo de uma rua em descida. O assessor de imprensa de Monte Alto, José Lucenti, diz que a profundidade é suficiente para engolir dois tratores e um caminhão que trabalhavam no local, tentando conter a erosão. "É do tamanho do buraco do metrô. Parece um tsunami", disse, em referência ao acidente nas obras da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, ocorrido em janeiro.
O loteamento, de classe média --com residências estimadas entre R$ 150 mil e R$ 180 mil--, foi construído há cerca de 30 anos, segundo a prefeitura, numa área de risco, sobre minas d'água. Há um ano, uma parte das casas já havia sido interditada por causa do risco de desmoronamento.
Segundo Lucenti, o prefeito de Monte Alto, Mauricio Piovezan (PT), deve requisitar um geólogo para avaliar a extensão da área comprometida e o que deve ser feito para conter o deslizamento e recuperar a área.
As obras de recuperação devem custar até R$ 10 milhões, na estimativa da prefeitura. A cidade teve estado de calamidade decretado.
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Oito casas foram engolidas na tarde desta segunda-feira (5) por uma cratera que se abriu num loteamento de classe média em Monte Alto (353 km a noroeste de São Paulo), na região de Jaboticabal. Ninguém ficou ferido.
Uma mulher foi retirada pelos bombeiros minutos antes de sua casa desmoronar, segundo o comandante da base do Corpo de Bombeiros de Jaboticabal, subtenente Mauro Craveiro, 48.
Craveiro diz que a moradora cozinhava e não ouvia os gritos de vizinhos, que a chamavam para fora --naquele momento, quatro casas desocupadas já haviam sido arrastadas pelo deslizamento.
"Nós entramos e ainda desligamos o fogão. Assim que ela saiu, a casa desabou."
O subtenente afirma que os outros moradores foram alertados por estalos e deixaram suas casas a tempo. Dos 32 homens da base, 12 foram deslocados para Monte Alto.
Na manhã desta terça, moradores de outras 40 casas que correm risco de desabar tentam retirar seus pertences, segundo a prefeitura. Os bombeiros afirmam que um engenheiro da prefeitura está avaliando o risco antes de os moradores entrarem em cada casa. Não há confirmação sobre o número total de pessoas desabrigadas.
Cratera
A cratera foi provocada por erosão e agravada pelas chuvas de janeiro e fevereiro. Segundo a administração, choveu 750 mm nos dois meses, índice "bem acima da média". A prefeitura não soube informar a média exata.
O buraco tem largura de mais ou menos cem metros, segundo o comandante dos Bombeiros, ao longo de uma rua em descida. O assessor de imprensa de Monte Alto, José Lucenti, diz que a profundidade é suficiente para engolir dois tratores e um caminhão que trabalhavam no local, tentando conter a erosão. "É do tamanho do buraco do metrô. Parece um tsunami", disse, em referência ao acidente nas obras da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, ocorrido em janeiro.
O loteamento, de classe média --com residências estimadas entre R$ 150 mil e R$ 180 mil--, foi construído há cerca de 30 anos, segundo a prefeitura, numa área de risco, sobre minas d'água. Há um ano, uma parte das casas já havia sido interditada por causa do risco de desmoronamento.
Segundo Lucenti, o prefeito de Monte Alto, Mauricio Piovezan (PT), deve requisitar um geólogo para avaliar a extensão da área comprometida e o que deve ser feito para conter o deslizamento e recuperar a área.
As obras de recuperação devem custar até R$ 10 milhões, na estimativa da prefeitura. A cidade teve estado de calamidade decretado.
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