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06/03/2007 - 19h00

Polícia desmantela quadrilha de roubo de cargas que agia em três Estados

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da Folha Online

A Delegacia de Roubo de Cargas do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) prendeu nesta terça-feira oito pessoas suspeitas de ligação com o roubo e a receptação de cargas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Entre os presos está Clélio Luiz Silva, proprietário da Universe Distribuidora, oitava empresa no ranking das maiores distribuidoras do país. Ele foi preso em sua casa, em Contagem (MG).

As prisões fazem parte da Operação Pirâmide que cumpriu 15 mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão. Outros sete suspeitos estão foragidos. Outras 31 pessoas ligadas à quadrilha também foram identificados como participantes do esquema.

A operação é considerada pelo Deic como maior realizada até então para combater o roubo e a receptação de cargas. Desde o dia 4 de dezembro a delegacia investiga o caso.

Segundo o delegado titular da Roubo de Cargas, Alberto Mateus Pereira, nos últimos 30 dias estima-se que a quadrilha movimentou ao menos R$ 6 milhões. A delegacia identificou 33 cargas roubadas, receptadas e repassadas à comerciantes que vendiam os produtos.

"Quanto mais se compra, mais se rouba. A maior dificuldade da polícia [de São Paulo] é que a mercadoria ficava em Minas e nas mãos de um maiores "tubarões' desse país", disse o delegado se referindo ao empresário preso.

Além de Silva, a operação também prendeu o empresário Ronaldo Alvarenga Bittencourt, proprietário da Giromax. Ele foi detido dentro de uma propriedade de Silva, no Espírito Santo, onde foram localizados cinco caminhões de carga de propriedade da Universe. A Polícia Civil do Espírito Santo identificou que a carga apreendida tem irregularidade fiscal e também apura se é produto de roubo.

Os outros presos são Alex Sandro Gonçalves Batista, Leila Pires Camargo, Widbil César Barbosa, Wagner João dos Santos, Raimundo Fidélis e Vanderlei Gallardo Rodrigues --este considerado um dos principais membros do grupo.

"Após o roubo, a mercadoria era agenciada pelo Vanderlei. Ele intermediava com Alberto [Evaristo Ramos, que está foragido] que fazia a "legalização' da carga para serem enviadas aos Estados de Minas e Espírito Santo. Em alguns casos as cargas voltavam para São Paulo "legalizadas'", afirmou o delegado.

Estão foragidos Maurício Santos Almeida, Ademilton Alves Amorim, Anderson Antonio Noronha, José Francisco Gonçalves, Marcelo Spadaro Farias, Alberto Evaristo Ramos e Adelson Nogueira Martins, irmão de Anderson.

Esquema

A atuação da quadrilha era divida em grupos. Primeiramente, as cargas a serem roubadas eram selecionadas --a prioridade eram as de alto valor e venda fácil. Os roubos aconteciam durante o transporte de cargas ou na invasão a depósitos em São Paulo.

A carga era enviada para a distribuidora Miraminas, no Parque Novo Mundo. Quando o caminhão possuía equipamento para ser rastreado, o preso Alex Sandro --especialista em equipamentos eletrônicos-- desligava o aparelho em até 30 minutos, segundo o delegado.

Com isso, Vanderlei fazia o contato com os receptadores e a carga era enviada para as distribuidoras, ou transportadoras, em Minas e Espírito Santo.

"Esse tipo de gente é quase intocável, mas conseguimos provas suficientes para pedir a prisão temporária", afirmou o delegado. Os presos têm prisão temporária de cinco dias, mas Pereira afirma que vai pedir a prisão preventiva.

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