08/03/2007 - 18h42

Confronto entre manifestantes e PM deixa cinco feridos na Paulista

CAROLINA FARIAS
da Folha Online

Três manifestantes, uma tenente da Polícia Militar e um fotógrafo ficaram feridos na tarde desta quinta-feira, durante um confronto entre manifestantes e policiais militares na avenida Paulista (região central de São Paulo).

O fotógrafo Caetano Barreira, da agência Reuters, foi atingido por um manifestante, que lhe deu uma paulada no nariz. Uma bomba de gás disparada pela polícia também destruiu um dos sapatos do fotógrafo, que ficou destruído. "Já cobri a várias manifestações, mas foi a primeira vez que eu me machuquei", conta Barreira.

Ferido, Barreira comprou esparadrapo em uma farmácia, fez um curativo no nariz e continuou trabalhando ensangüentado.

Durante a manifestação, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que entraram em confronto com PMs na tarde desta quinta-feira na avenida Paulista, região central de São Paulo. Os manifestantes responderam com pedras e paus.

O grupo protesta desde as 16h pelos direitos das mulheres e contra a presença do presidente George W. Bush no Brasil. Ele chega a São Paulo na noite de hoje.

O gás das bombas da PM atingiu, além dos manifestantes que enfrentaram a PM, idosos e crianças que passavam pelo local além de pessoas que participavam do protesto pacificamente. Segundo a PM, 6.000 pessoas estavam no local. A organização do evento já fala em 20 mil pessoas.

O confronto começou depois que manifestantes invadiram a pista sentido Paraíso. Inicialmente, o protesto estava previsto para ocupar duas faixas da avenida, mas o grupo invadiu todas as faixas no sentido Consolação.

A briga se agravou depois que líderes da passeata gritaram "abaixo a repressão" e "fascistas" de cima dos seis carros de som usados na manifestação. A polícia usou gás pimenta balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar o grupo, que agora se concentra em frente ao Masp.

Inicialmente, a polícia havia dito que não usaria a força por se tratar de uma passeata que também protestava pelos direitos das mulheres.

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