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11/03/2007
-
15h22
ANDREZA MATAIS
TATHIANA BARBAR
da Folha Online, em Brasília e SP
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu neste domingo a antecipação da maioridade penal para menores infratores.
Na madrugada de hoje, ao menos quatro criminosos, entre eles dois adolescentes, renderam uma família em um semáforo em Irajá (RJ) durante um assalto e jogaram uma criança de 7 anos para fora do carro.
"Novamente defendo primeiro autonomia dos Estados para a legislação penal, de acordo com regras estabelecidas pelo Congresso Nacional. E novamente acho que o menor que comete um crime, de acordo com aquele crime o Ministério Público possa solicitar à Justiça a antecipação de sua maioridade penal. É uma tese que acredito será boa para o país", disse o governador.
Segundo Cabral, o Estado do Rio continuará trabalhando para combater os criminosos. "Não estamos brincando com esta questão da criminalidade. Estamos trabalhando permanentemente para combater a criminalidade e a população tem assistido e aplaudido a essas ações do governo do Estado. Vamos continuar na mesma direção, não tem nenhum tipo de complacência com a criminalidade, vamos continuar trabalhando para combater os criminosos, apreendendo armas e munições da maneira que a população deseja."
Crime
Segundo a polícia, a primeira vítima do grupo de hoje foi um taxista. Armados com revólveres, eles obrigaram o taxista a descer do carro e levaram o carro da vítima. Em alta velocidade, eles passaram a ser perseguidos por policiais militares.
Na região de Irajá, segundo informações da polícia, o táxi foi abandonado pelos criminosos depois que o veículo, que possuía sistema de segurança, parou. O grupo, então, abordou um casal em outro veículo --um Palio--, num semáforo.
De acordo com os policiais, o casal foi obrigado a descer do carro, mas o filho de 7 anos das vítimas estava dormindo no banco traseiro. A criança foi jogada do carro após os criminosos perceberem que estavam sendo seguidos por policiais militares. A criança passa bem e não sofreu ferimentos graves.
Em seguida, houve troca de tiros entre os policiais e os criminosos. Um dos assaltantes, de 30 anos, foi morto e outros três foram presos e encaminhados à 27ª DP (Vicente de Carvalho), onde o caso foi registrado.
Caso João Hélio
No início de fevereiro, o menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, foi arrastado até a morte por bandidos preso ao cinto de segurança na periferia do Rio de Janeiro.
João Hélio estava com a mãe, Rosa Cristina Fernandes, e com a irmã quando assaltantes renderam as vítimas em Oswaldo Cruz (zona norte) e levaram o veículo da família. O menino não conseguiu sair e ficou pendurado pelo cinto de segurança.
Um adolescente de 16 anos foi preso, mas não foi reconhecido por Rosa. Outras cinco pessoas foram presas acusadas de envolvimento no crime.
De acordo com a Polícia Civil, o garoto rendeu a mãe de João Hélio e entrou no banco traseiro do carro. Carlos Eduardo Toledo Lima, 23, teria assumido o volante do carro e dirigido por todo o percurso. Diego Nascimento da Silva, 18, de acordo com o inquérito, ficou no banco do carona e chegou a ameaçar com uma arma um motociclista que tentou avisar que o garoto estava pendurado.
Tiago Abreu Mattos, 18, e Carlos Roberto da Silva, 21, estariam no táxi que levou o grupo ao local onde o crime foi cometido.
Os quatro maiores de idade tiveram a prisão preventiva decretada no dia 27 de fevereiro. Segundo denúncia (acusação formal) do Ministério Público, eles responderão pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e quadrilha armada.
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Cabral defende antecipação da maioridade penal para menores infratores
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TATHIANA BARBAR
da Folha Online, em Brasília e SP
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu neste domingo a antecipação da maioridade penal para menores infratores.
Na madrugada de hoje, ao menos quatro criminosos, entre eles dois adolescentes, renderam uma família em um semáforo em Irajá (RJ) durante um assalto e jogaram uma criança de 7 anos para fora do carro.
"Novamente defendo primeiro autonomia dos Estados para a legislação penal, de acordo com regras estabelecidas pelo Congresso Nacional. E novamente acho que o menor que comete um crime, de acordo com aquele crime o Ministério Público possa solicitar à Justiça a antecipação de sua maioridade penal. É uma tese que acredito será boa para o país", disse o governador.
Segundo Cabral, o Estado do Rio continuará trabalhando para combater os criminosos. "Não estamos brincando com esta questão da criminalidade. Estamos trabalhando permanentemente para combater a criminalidade e a população tem assistido e aplaudido a essas ações do governo do Estado. Vamos continuar na mesma direção, não tem nenhum tipo de complacência com a criminalidade, vamos continuar trabalhando para combater os criminosos, apreendendo armas e munições da maneira que a população deseja."
Crime
Segundo a polícia, a primeira vítima do grupo de hoje foi um taxista. Armados com revólveres, eles obrigaram o taxista a descer do carro e levaram o carro da vítima. Em alta velocidade, eles passaram a ser perseguidos por policiais militares.
Na região de Irajá, segundo informações da polícia, o táxi foi abandonado pelos criminosos depois que o veículo, que possuía sistema de segurança, parou. O grupo, então, abordou um casal em outro veículo --um Palio--, num semáforo.
De acordo com os policiais, o casal foi obrigado a descer do carro, mas o filho de 7 anos das vítimas estava dormindo no banco traseiro. A criança foi jogada do carro após os criminosos perceberem que estavam sendo seguidos por policiais militares. A criança passa bem e não sofreu ferimentos graves.
Em seguida, houve troca de tiros entre os policiais e os criminosos. Um dos assaltantes, de 30 anos, foi morto e outros três foram presos e encaminhados à 27ª DP (Vicente de Carvalho), onde o caso foi registrado.
Caso João Hélio
No início de fevereiro, o menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, foi arrastado até a morte por bandidos preso ao cinto de segurança na periferia do Rio de Janeiro.
João Hélio estava com a mãe, Rosa Cristina Fernandes, e com a irmã quando assaltantes renderam as vítimas em Oswaldo Cruz (zona norte) e levaram o veículo da família. O menino não conseguiu sair e ficou pendurado pelo cinto de segurança.
Um adolescente de 16 anos foi preso, mas não foi reconhecido por Rosa. Outras cinco pessoas foram presas acusadas de envolvimento no crime.
De acordo com a Polícia Civil, o garoto rendeu a mãe de João Hélio e entrou no banco traseiro do carro. Carlos Eduardo Toledo Lima, 23, teria assumido o volante do carro e dirigido por todo o percurso. Diego Nascimento da Silva, 18, de acordo com o inquérito, ficou no banco do carona e chegou a ameaçar com uma arma um motociclista que tentou avisar que o garoto estava pendurado.
Tiago Abreu Mattos, 18, e Carlos Roberto da Silva, 21, estariam no táxi que levou o grupo ao local onde o crime foi cometido.
Os quatro maiores de idade tiveram a prisão preventiva decretada no dia 27 de fevereiro. Segundo denúncia (acusação formal) do Ministério Público, eles responderão pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e quadrilha armada.
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