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13/03/2007
-
09h33
KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo
Pelo menos 50 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, foram assaltadas na noite de domingo dentro e fora do estacionamento do Credicard Hall, na zona sul de São Paulo, onde 12.365 pagantes assistiam ao show da banda baiana de axé Chiclete com Banana.
Três jovens que estavam na pista do show --montada ao ar livre no estacionamento-- também foram agredidos pelos assaltantes. Um publicitário de 20 anos chegou a desmaiar após apanhar. Outro rapaz, um estagiário de 24 anos, afirmou ter levado murros nas costas.
Uma garota de 17 anos foi empurrada pelos bandidos. Outras pessoas dizem que só perceberam que foram furtadas no final do show --segundo o Credicard Hall, foi o maior da casa já realizado neste ano. Além do público assaltado no show, várias pessoas que deixaram o carro nas ruas, mesmo pagando até R$ 20 aos flanelinhas, também tiveram os veículos arrombados e furtados.
O Credicard Hall afirma que havia reforçado a segurança, com a contratação de 300 seguranças (leia texto nesta página). Informou ainda que irá ressarcir os clientes que foram assaltados dentro do estacionamento. Os ingressos custavam de R$ 65 (meia entrada mais barata) a R$ 250 (camarote).
Mais vítimas
A própria polícia acredita que mais pessoas possam ter sido vítimas de assaltos no show, já que muita gente não conseguiu registrar queixa no 11º DP na noite de domingo porque a delegacia estava lotada. Muitos acabaram desistindo.
Ontem à tarde, várias pessoas voltaram ao local para tentar fazer um boletim de ocorrência, mas o sistema informatizado da delegacia passava por uma manutenção.
Segundo relato de testemunhas, os criminosos agiam em grupos de três a quatro pessoas. O delegado João Batista Araújo, titular do 11º DP, disse acreditar que as ações tenham sido planejadas por diversos grupos de criminosos.
Os assaltantes, que, segundo a polícia e a casa de shows, pagaram para entrar no local para realizar os furtos e agressões, visaram, principalmente, as mulheres --70% do público presente era feminino. Dezessete das 25 pessoas que procuraram a polícia para fazer boletim de ocorrência eram mulheres jovens ou adolescentes.
Uma pessoa procurou a Folha afirmando que alguns criminosos usavam canivetes para ameaçar as vítimas. Procurada pela reportagem, a empresa que organizou o show disse que não foram utilizados detectores de metal na revista.
O produtor carioca Ronaldo Campos, que neste ano realizou um evento de samba para 20 mil pessoas, disse considerar o número de seguranças satisfatório, mas ressalvou que é preciso dotar o local de toda a estrutura para impedir a entrada de objetos que possam ser usados por assaltantes.
"Você precisa de detectores de metal e, se for o caso, até ter uma sala para que as pessoas deixem objetos cortantes. É uma precaução importante."
Três suspeitos haviam sido presos anteontem em flagrante pela PM dentro do veículo de uma das vítimas, na rua Adele, 200, próxima ao evento.
Os serventes Ronie Cesar de Abreu, 23, e Joel Santos Ramos, 25, além do mecânico Ednaldo Surica Ferreira, 29, foram presos em flagrante e levados para o CDP de Osasco. Foram indiciados por furto qualificado. A pena para esse crime pode chegar a cinco anos de reclusão.
Colaborou JOSÉ ERNESTO CREDENDIO, da Folha de S.Paulo
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Pelo menos 50 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, foram assaltadas na noite de domingo dentro e fora do estacionamento do Credicard Hall, na zona sul de São Paulo, onde 12.365 pagantes assistiam ao show da banda baiana de axé Chiclete com Banana.
Três jovens que estavam na pista do show --montada ao ar livre no estacionamento-- também foram agredidos pelos assaltantes. Um publicitário de 20 anos chegou a desmaiar após apanhar. Outro rapaz, um estagiário de 24 anos, afirmou ter levado murros nas costas.
Uma garota de 17 anos foi empurrada pelos bandidos. Outras pessoas dizem que só perceberam que foram furtadas no final do show --segundo o Credicard Hall, foi o maior da casa já realizado neste ano. Além do público assaltado no show, várias pessoas que deixaram o carro nas ruas, mesmo pagando até R$ 20 aos flanelinhas, também tiveram os veículos arrombados e furtados.
O Credicard Hall afirma que havia reforçado a segurança, com a contratação de 300 seguranças (leia texto nesta página). Informou ainda que irá ressarcir os clientes que foram assaltados dentro do estacionamento. Os ingressos custavam de R$ 65 (meia entrada mais barata) a R$ 250 (camarote).
Mais vítimas
A própria polícia acredita que mais pessoas possam ter sido vítimas de assaltos no show, já que muita gente não conseguiu registrar queixa no 11º DP na noite de domingo porque a delegacia estava lotada. Muitos acabaram desistindo.
Ontem à tarde, várias pessoas voltaram ao local para tentar fazer um boletim de ocorrência, mas o sistema informatizado da delegacia passava por uma manutenção.
Segundo relato de testemunhas, os criminosos agiam em grupos de três a quatro pessoas. O delegado João Batista Araújo, titular do 11º DP, disse acreditar que as ações tenham sido planejadas por diversos grupos de criminosos.
Os assaltantes, que, segundo a polícia e a casa de shows, pagaram para entrar no local para realizar os furtos e agressões, visaram, principalmente, as mulheres --70% do público presente era feminino. Dezessete das 25 pessoas que procuraram a polícia para fazer boletim de ocorrência eram mulheres jovens ou adolescentes.
Uma pessoa procurou a Folha afirmando que alguns criminosos usavam canivetes para ameaçar as vítimas. Procurada pela reportagem, a empresa que organizou o show disse que não foram utilizados detectores de metal na revista.
O produtor carioca Ronaldo Campos, que neste ano realizou um evento de samba para 20 mil pessoas, disse considerar o número de seguranças satisfatório, mas ressalvou que é preciso dotar o local de toda a estrutura para impedir a entrada de objetos que possam ser usados por assaltantes.
"Você precisa de detectores de metal e, se for o caso, até ter uma sala para que as pessoas deixem objetos cortantes. É uma precaução importante."
Três suspeitos haviam sido presos anteontem em flagrante pela PM dentro do veículo de uma das vítimas, na rua Adele, 200, próxima ao evento.
Os serventes Ronie Cesar de Abreu, 23, e Joel Santos Ramos, 25, além do mecânico Ednaldo Surica Ferreira, 29, foram presos em flagrante e levados para o CDP de Osasco. Foram indiciados por furto qualificado. A pena para esse crime pode chegar a cinco anos de reclusão.
Colaborou JOSÉ ERNESTO CREDENDIO, da Folha de S.Paulo
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