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16/03/2007
-
22h55
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Apesar da grande mobilização --cerca de 200 homens estão trabalhando na operação--, até o início da noite desta sexta-feira a polícia da Bahia tinha conseguido recuperar apenas 9,25% (R$ 514.530) dos R$ 5,56 milhões que foram saqueados após a queda de um bimotor na última quarta-feira, na zona rural de São Sebastião do Passé (61 km de Salvador).
Hoje à tarde, a delegada Maria Salete Campos do Amaral disse que todos os saqueadores serão indiciados sob a acusação de furto.
"Não importa se eles devolveram o dinheiro espontaneamente ou não. É impossível eles não saberem que estavam cometendo uma ilegalidade quando violaram os malotes bancários e fizeram os saques."
A decisão tomada pela delegada contrasta com a atuação da Polícia Civil nos dois primeiros dias de investigação.
Até ontem, todos as pessoas encontradas com o dinheiro saqueado foram ouvidas e liberadas.
Maria Salete Campos do Amaral disse que, antes de indiciar os acusados, preferiu instaurar um inquérito regular. "Somente depois da configuração do delito é que resolvi indiciar os responsáveis."
Nesta sexta, 18 pessoas foram detidas durante a operação resgate. "Presas, estas pessoas, que já confessaram o crime, podem nos ajudar a localizar outros saqueadores", disse a delegada.
Ontem, moradores da região disseram que policiais militares invadiram suas casas em busca do dinheiro saqueado, sem mandado judicial, e fazendo ameaças. O comando da PM baiana negou que isso tenha ocorrido.
Acidente
Na queda do avião, de propriedade da Bata (Bahia Táxi Aéreo), quatro pessoas morreram --três seguranças e o piloto da aeronave.
O dinheiro pertencia a vários bancos que têm o hábito de fretar aviões em conjunto para transportar grandes valores.
Por questões contratuais, a Nordeste Segurança não informou o nome dos bancos que contrataram o serviço de transporte aéreo.
O bimotor saiu de Petrolina (PE) e passou por Juazeiro (BA) e Paulo Afonso (BA) --o destino final seria Salvador.
Além do povoado de Maracangalha e de um acampamento de sem-terra, localizados a menos de um quilômetro do local do acidente, os policiais também estão à procura do dinheiro em cidades próximas a São Sebastião do Passé.
No acampamento dos sem-terra, cerca de 15 dos 80 barracos existentes ficaram vazios desde anteontem, quando começaram as buscas pelo dinheiro que foi saqueado. Os líderes sem-terra negaram envolvimento no saque.
Em depoimento à delegada, Edilson Santos da Cruz, 29, apontado como um dos líderes dos saqueadores, confirmou que cerca de 120 pessoas se aproximaram do avião após a queda. "Era muito dinheiro, tudo no chão, as pessoas enlouqueceram."
"Foi melhor do que ganhar na loteria, vi gente colocando dinheiro na cueca, no sutiã e na calcinha", disse Hélio dos Santos em seu depoimento, de acordo com informações da delegacia da Polícia Civil de São Sebastião do Passé.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre acidentes aéreos
Leia o que já foi publicado sobre saques
PM recupera R$ 514 mil na Bahia; acusados de saque são indiciados
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da Agência Folha, em Salvador
Apesar da grande mobilização --cerca de 200 homens estão trabalhando na operação--, até o início da noite desta sexta-feira a polícia da Bahia tinha conseguido recuperar apenas 9,25% (R$ 514.530) dos R$ 5,56 milhões que foram saqueados após a queda de um bimotor na última quarta-feira, na zona rural de São Sebastião do Passé (61 km de Salvador).
Hoje à tarde, a delegada Maria Salete Campos do Amaral disse que todos os saqueadores serão indiciados sob a acusação de furto.
"Não importa se eles devolveram o dinheiro espontaneamente ou não. É impossível eles não saberem que estavam cometendo uma ilegalidade quando violaram os malotes bancários e fizeram os saques."
A decisão tomada pela delegada contrasta com a atuação da Polícia Civil nos dois primeiros dias de investigação.
Até ontem, todos as pessoas encontradas com o dinheiro saqueado foram ouvidas e liberadas.
Maria Salete Campos do Amaral disse que, antes de indiciar os acusados, preferiu instaurar um inquérito regular. "Somente depois da configuração do delito é que resolvi indiciar os responsáveis."
Nesta sexta, 18 pessoas foram detidas durante a operação resgate. "Presas, estas pessoas, que já confessaram o crime, podem nos ajudar a localizar outros saqueadores", disse a delegada.
Ontem, moradores da região disseram que policiais militares invadiram suas casas em busca do dinheiro saqueado, sem mandado judicial, e fazendo ameaças. O comando da PM baiana negou que isso tenha ocorrido.
Acidente
Na queda do avião, de propriedade da Bata (Bahia Táxi Aéreo), quatro pessoas morreram --três seguranças e o piloto da aeronave.
O dinheiro pertencia a vários bancos que têm o hábito de fretar aviões em conjunto para transportar grandes valores.
Por questões contratuais, a Nordeste Segurança não informou o nome dos bancos que contrataram o serviço de transporte aéreo.
O bimotor saiu de Petrolina (PE) e passou por Juazeiro (BA) e Paulo Afonso (BA) --o destino final seria Salvador.
Além do povoado de Maracangalha e de um acampamento de sem-terra, localizados a menos de um quilômetro do local do acidente, os policiais também estão à procura do dinheiro em cidades próximas a São Sebastião do Passé.
No acampamento dos sem-terra, cerca de 15 dos 80 barracos existentes ficaram vazios desde anteontem, quando começaram as buscas pelo dinheiro que foi saqueado. Os líderes sem-terra negaram envolvimento no saque.
Em depoimento à delegada, Edilson Santos da Cruz, 29, apontado como um dos líderes dos saqueadores, confirmou que cerca de 120 pessoas se aproximaram do avião após a queda. "Era muito dinheiro, tudo no chão, as pessoas enlouqueceram."
"Foi melhor do que ganhar na loteria, vi gente colocando dinheiro na cueca, no sutiã e na calcinha", disse Hélio dos Santos em seu depoimento, de acordo com informações da delegacia da Polícia Civil de São Sebastião do Passé.
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