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19/03/2007
-
18h17
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A defesa do ex-terrorista italiano Cesare Battisti, 52, se baseará na argumentação de que ele foi condenado à prisão perpétua sem estar presente ao julgamento na Itália para evitar a extradição. Segundo seu advogado francês, Eric Turcon, nem a Justiça brasileira nem a Justiça francesa, onde ele morou por anos, aceitam esse tipo de julgamento.
O advogado afirmou ainda que o cliente, na Itália, não terá direito a um novo julgamento. "Vamos fazer o possível para evitar a extradição porque o processo é ilegal." Para ele, a condenação na Itália não deveria ser reconhecida no Brasil.
Battisti foi um dos chefes da organização de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), ligada às Brigadas Vermelhas.
O ex-terrorista foi preso pela primeira vez, na Itália, em 1979. Em 1981, ele fugiu. Julgado à revelia, ele foi condenado à prisão perpétua em 1993, por ter matado quatro pessoas, entre 1978 e 1979. Battisti sempre negou envolvimento nos crimes.
Enquanto permaneceu foragido, o italiano encontrou refúgio no México e depois na França, em um momento em que o presidente François Mitterrand se negava a extraditar ativistas italianos que tivessem renunciado à violência. Quando a França finalmente aceitou extraditar o italiano, em outubro de 2004, ele havia fugido --provavelmente para o Brasil.
Gabeira
O advogado brasileiro de Battisti, Rogério Marcolini, disse que o cliente já soube da manifestação de apoio do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) em favor de seu cliente.
Gabeira afirmou em seu blog que quer apoiar Battisti e evitar que ele seja extraditado. Para Gabeira, o fato de a Polícia Federal estar articulando a extradição do italiano é um 'pesadelo' porque 'os anos de conflito na Itália continuam'.
Em seu blog, Gabeira afirma que a Itália, ao contrário do Brasil, não deixou que as "feridas dos anos 60" cicatrizassem.
O advogado disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) não tomará decisão política no julgamento de Battisti.
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O advogado afirmou ainda que o cliente, na Itália, não terá direito a um novo julgamento. "Vamos fazer o possível para evitar a extradição porque o processo é ilegal." Para ele, a condenação na Itália não deveria ser reconhecida no Brasil.
Battisti foi um dos chefes da organização de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), ligada às Brigadas Vermelhas.
O ex-terrorista foi preso pela primeira vez, na Itália, em 1979. Em 1981, ele fugiu. Julgado à revelia, ele foi condenado à prisão perpétua em 1993, por ter matado quatro pessoas, entre 1978 e 1979. Battisti sempre negou envolvimento nos crimes.
Enquanto permaneceu foragido, o italiano encontrou refúgio no México e depois na França, em um momento em que o presidente François Mitterrand se negava a extraditar ativistas italianos que tivessem renunciado à violência. Quando a França finalmente aceitou extraditar o italiano, em outubro de 2004, ele havia fugido --provavelmente para o Brasil.
Gabeira
O advogado brasileiro de Battisti, Rogério Marcolini, disse que o cliente já soube da manifestação de apoio do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) em favor de seu cliente.
Gabeira afirmou em seu blog que quer apoiar Battisti e evitar que ele seja extraditado. Para Gabeira, o fato de a Polícia Federal estar articulando a extradição do italiano é um 'pesadelo' porque 'os anos de conflito na Itália continuam'.
Em seu blog, Gabeira afirma que a Itália, ao contrário do Brasil, não deixou que as "feridas dos anos 60" cicatrizassem.
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