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22/03/2007
-
19h32
da Folha Online
A jornalista Leila Suwwan, da Folha, participou na tarde desta quinta-feira de um bate-papo com 201 internautas sobre a crise aérea que afeta aeroportos e passageiros em todo o país. Suwwan disse que as filas e atrasos ocorrem pela falta de planejamento dos órgãos que controlam o setor.
"É verdade que houve um aumento de passageiros, mas a culpa não é deles, é da falta de planejamento estratégico para acomodar --no ar e nos aeroportos-- o aumento do número de vôos. O problema de 'gestão' já foi reconhecido pelo governo.", disse a jornalista.
Suwwan defendeu que o caos aéreo só pode ser contornado com a atuação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da FAB. À agência cabe evitar o overbooking --número de reservas maior que o número de assentos nos aviões-- e à FAB manter equipamentos, técnicos e sistemas em dia, o que evitaria crises como a que começou domingo (18).
"O caos total já foi contornado, mas para não voltar é preciso atuar em vários 'fronts'. As empresas precisam continuar sendo monitoradas pela Anac, para evitar overbooking e a retirada de aviões sem acomodação reserva. Já a Aeronáutica precisa fazer a manutenção e revisão de seus equipamentos --alguns são mesmo muito velhos e para outros não havia técnicos qualificados",
Ministro
Nesta quinta-feira, o ministro da Defesa, Waldir Pires, convocou a Anac e a Aeronáutica para a formação de um gabinete especial para avaliação semanal das condições dos aeroportos. A medida é uma resposta à crise, mas o desempenho do ministro vem sendo questionado.
"Ele está tendo muita dificuldade para administrar os atritos e, principalmente, a briga entre Aeronáutica e controladores", avalia Suwwan.
CPI
Uma das soluções apontadas para a solução da crise, a CPI do Apagão Aéreo não teria nenhum efeito sobre os atrasos, na opinião da jornalista. "Ela dificilmente vai se focar nas raízes da crise que chegou nos aeroportos e deve ter um foco, também útil para a população, de averiguar possíveis irregularidades da Infraero, que não cuida de controle de tráfego aéreo ou de empresas aéreas.
Especial
Veja o canal de bate-papo da Folha Online
Leia o que já foi publicado sobre atrasos em vôos
Leia a cobertura completa sobre a crise
Para jornalista, falta de planejamento do governo causa crise aérea
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A jornalista Leila Suwwan, da Folha, participou na tarde desta quinta-feira de um bate-papo com 201 internautas sobre a crise aérea que afeta aeroportos e passageiros em todo o país. Suwwan disse que as filas e atrasos ocorrem pela falta de planejamento dos órgãos que controlam o setor.
Folha Imagem |
A jornalista Leila Suwwan, que participou de bate-papo da Folha. |
Suwwan defendeu que o caos aéreo só pode ser contornado com a atuação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da FAB. À agência cabe evitar o overbooking --número de reservas maior que o número de assentos nos aviões-- e à FAB manter equipamentos, técnicos e sistemas em dia, o que evitaria crises como a que começou domingo (18).
"O caos total já foi contornado, mas para não voltar é preciso atuar em vários 'fronts'. As empresas precisam continuar sendo monitoradas pela Anac, para evitar overbooking e a retirada de aviões sem acomodação reserva. Já a Aeronáutica precisa fazer a manutenção e revisão de seus equipamentos --alguns são mesmo muito velhos e para outros não havia técnicos qualificados",
Ministro
Nesta quinta-feira, o ministro da Defesa, Waldir Pires, convocou a Anac e a Aeronáutica para a formação de um gabinete especial para avaliação semanal das condições dos aeroportos. A medida é uma resposta à crise, mas o desempenho do ministro vem sendo questionado.
"Ele está tendo muita dificuldade para administrar os atritos e, principalmente, a briga entre Aeronáutica e controladores", avalia Suwwan.
CPI
Uma das soluções apontadas para a solução da crise, a CPI do Apagão Aéreo não teria nenhum efeito sobre os atrasos, na opinião da jornalista. "Ela dificilmente vai se focar nas raízes da crise que chegou nos aeroportos e deve ter um foco, também útil para a população, de averiguar possíveis irregularidades da Infraero, que não cuida de controle de tráfego aéreo ou de empresas aéreas.
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