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25/03/2007
-
11h41
DIEGO ZANCHETTA
da Agora
De norte a sul da capital, comerciantes confusos com a aplicação da Lei Cidade Limpa, a partir do dia 31, começaram, na semana passada, a desmontar às pressas fachadas com excesso de publicidade. O desespero de pequenos e médios lojistas, causado na maior parte dos casos por informações desencontradas e boatos sobre multas, expõe a falta de esclarecimento sobre a nova legislação --agora, os anúncios indicativos no comércio não poderão ser superiores a 4 m².
De lojistas do Bom Retiro, na região central, a donos de oficinas mecânicas em São Miguel Paulista (zona leste), as mudanças com a lei nova transformaram fachadas de dezenas de estabelecimentos em verdadeiros canteiros de obras. Empresas que alugam guinchos para a remoção de placas, por exemplo, estão com filas de clientes na espera. "Falaram que os fiscais já vão passar na semana que vem multando", afirmou o mecânico Alexandre Bastos, 27 anos, que retirou uma placa de cinco metros da sua oficina, na avenida São Miguel.
Bastos, porém, é mais um entre centenas de comerciante que admitem não ter informações sobre a lei. Apesar de as mudanças em fachadas já serem observadas em todas as regiões da cidade, não haverá multas nos primeiros seis meses (leia texto ao lado).
"Não vai dar tempo de retirar tudo até o dia 31, estamos sem dinheiro", reclamou Velma Moraes, 29 anos, gerente de uma churrascaria da avenida São João, no centro, e cuja placa na fachada tem cerca de 15 metros. "Aqui nós vamos gastar pelo menos R$ 700."
Em locadoras, cabeleireiros, escritórios, de advocacia e lanchonetes as reformas também já são visíveis, principalmente nos bairros --no centro, contudo, a resistência às mudanças ainda é maior. "Já sabemos que temos de tirar algumas placas, estamos planejando ainda a reforma", disse Lilian Takao, 28, dona de uma pastelaria na av. Ipiranga.
Agências bancárias, redes de lojas e a maior parte dos hipermercados da capital já apresentaram planos à prefeitura que prevêem a padronização de suas fachadas.
Lojas e restaurantes de áreas nobres, como na rua da Consolação e em Higienópolis, na zona oeste, também substituíram placas por faixas e pinturas discretas. "Cada loja do Pão de Açúcar, por exemplo, deve gastar cerca de R$ 350 mil com as alterações", afirmou João Sanzovo, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, considera impossível que todos os estabelecimentos façam as mudanças no primeiro mês de aplicação da lei. Ele citou um estudo realizado pela Tendências Consultoria, que estimou em R$ 1 bilhão os gastos com as alterações de fachadas em 100 mil estabelecimentos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a lei Cidade Limpa
Comércio de São Paulo corre para desmontar fachadas
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da Agora
De norte a sul da capital, comerciantes confusos com a aplicação da Lei Cidade Limpa, a partir do dia 31, começaram, na semana passada, a desmontar às pressas fachadas com excesso de publicidade. O desespero de pequenos e médios lojistas, causado na maior parte dos casos por informações desencontradas e boatos sobre multas, expõe a falta de esclarecimento sobre a nova legislação --agora, os anúncios indicativos no comércio não poderão ser superiores a 4 m².
De lojistas do Bom Retiro, na região central, a donos de oficinas mecânicas em São Miguel Paulista (zona leste), as mudanças com a lei nova transformaram fachadas de dezenas de estabelecimentos em verdadeiros canteiros de obras. Empresas que alugam guinchos para a remoção de placas, por exemplo, estão com filas de clientes na espera. "Falaram que os fiscais já vão passar na semana que vem multando", afirmou o mecânico Alexandre Bastos, 27 anos, que retirou uma placa de cinco metros da sua oficina, na avenida São Miguel.
Bastos, porém, é mais um entre centenas de comerciante que admitem não ter informações sobre a lei. Apesar de as mudanças em fachadas já serem observadas em todas as regiões da cidade, não haverá multas nos primeiros seis meses (leia texto ao lado).
"Não vai dar tempo de retirar tudo até o dia 31, estamos sem dinheiro", reclamou Velma Moraes, 29 anos, gerente de uma churrascaria da avenida São João, no centro, e cuja placa na fachada tem cerca de 15 metros. "Aqui nós vamos gastar pelo menos R$ 700."
Em locadoras, cabeleireiros, escritórios, de advocacia e lanchonetes as reformas também já são visíveis, principalmente nos bairros --no centro, contudo, a resistência às mudanças ainda é maior. "Já sabemos que temos de tirar algumas placas, estamos planejando ainda a reforma", disse Lilian Takao, 28, dona de uma pastelaria na av. Ipiranga.
Agências bancárias, redes de lojas e a maior parte dos hipermercados da capital já apresentaram planos à prefeitura que prevêem a padronização de suas fachadas.
Lojas e restaurantes de áreas nobres, como na rua da Consolação e em Higienópolis, na zona oeste, também substituíram placas por faixas e pinturas discretas. "Cada loja do Pão de Açúcar, por exemplo, deve gastar cerca de R$ 350 mil com as alterações", afirmou João Sanzovo, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, considera impossível que todos os estabelecimentos façam as mudanças no primeiro mês de aplicação da lei. Ele citou um estudo realizado pela Tendências Consultoria, que estimou em R$ 1 bilhão os gastos com as alterações de fachadas em 100 mil estabelecimentos.
Especial
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