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29/03/2007 - 13h40

PF ameaça fazer operação-padrão em Cumbica na véspera da Páscoa

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

O Sindicato dos Servidores de Polícia Federal do Estado de São Paulo decidiu implantar uma operação-padrão no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), na próxima quarta-feira (4), véspera do feriado prolongado de Páscoa. O protesto deverá prejudicar as operações do terminal em um dia de grande movimento e, com isso, poderá agravar a crise que atinge o setor aéreo.

Na operação-padrão, o efetivo é reduzido pela metade. Logo, se colocada em prática, ela deverá causar longas filas e atrasos na conferência de passaportes, cadastro de produtos eletrônicos, liberação de produtos restritos e até registro de crimes flagrantes, como apreensões de drogas.

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Com paralisação, pessoas encontram portão da Superintendência da PF em SP fechado
Com paralisação, pessoas encontram portão da Superintendência da PF em SP fechado
Na quarta-feira (28), policiais federais de todo o país --exceto dos Estados de Alagoas e Santa Catarina-- pararam por 24 horas em protesto ao não-cumprimento de um acordo de reajuste salarial feito em 2006. Embora o movimento tenha conseguido grande adesão, ele não obteve sucesso nas negociações com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Segundo o presidente do sindicato, Francisco Carlos Sabino, a operação-padrão em Cumbica deveria ter ocorrido ainda na quarta-feira, mas acabou suspensa "em respeito à população, que sofre com a crise aérea".

Como não houve avanço nas negociações, a medida foi retomada como ferramenta para pressionar o governo.

No aeroporto internacional de Campo Grande (MS), a operação-padrão já começou, inclusive nas rodovias. Dos 500 policiais federais do Estado, 300 atuam em Campo Grande.

Acordo salarial

O acordo descumprido foi fechado pelo ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e previa um reajuste de 60%, dividido em duas parcelas. O problema é que a segunda, que deveria ter sido quitada em dezembro de 2006, não foi paga.

Depois de uma reunião com representantes da categoria, em Brasília (DF), o ministro do Planejamento afirmou quarta-feira que considerou o movimento "um pouco precipitado" e negou que a promessa de aumento salarial tenha sido efetivada pelo governo. "Vocês não vão achar que nós saímos por aí prometendo reajustes para todo mundo. Nós queremos fazer isso avaliando aquilo que é reivindicado, se é justo."

Paralisação de 24 horas

Em São Paulo, a paralisação de 24 horas esvaziou o prédio da Superintendência Regional da PF, na Lapa (zona oeste de São Paulo). Os serviços de investigação, elaboração de laudos periciais e emissão de passaportes foram suspensos. Só puderam solicitar passaportes aqueles que tinham viagens urgentes, marcadas para o mesmo dia ou o dia seguinte.

Nos outros Estados, os transtornos foram praticamente os mesmos, com exceção de Brasília e Rio, onde a emissão dos passaportes foi mantida.

De acordo com a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), em todo o país, o movimento atingiu cerca de 9.000 profissionais.

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