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29/03/2007
-
20h11
da Folha Online
O rabino Henry Sobel, 63, preso na semana passada sob suspeita furtar gravatas, será o representante da comunidade judaica no encontro entre líderes religiosos e o papa Bento 16. O encontro ocorrerá no mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, durante a passagem do pontífice pelo Brasil.
Além do rabino, participam da reunião o pastor luterano Carlos Möller, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Walter Altmann, presidente do Conselho Mundial de Igrejas --que reúne 350 igrejas ortodoxas, protestantes e evangélicas-- e o xeque Armando Hussein Saleh, da Mesquita Brasil.
Descendente de poloneses, nascido em Lisboa (Portugal) e criado em Nova York, Sobel veio para o Brasil há 36 anos. Em São Paulo, tornou-se o presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, uma das maiores entidade judaicas da América Latina, fundada há 70 anos.
"Quando cheguei a São Paulo, achei a cidade horrível, suja, cinzenta, caótica. Hoje, ainda acho, só que aos meus olhos é linda, dinâmica, fascinante.', afirmou o rabino em entrevista à Folha em 2003.
Em 31 de outubro de 1975, Sobel conduziu, com Dom Paulo Evaristo Arns, um culto ecumênico lembrando a morte do jornalista Vladmir Herzog. O ato foi a primeira grande manifestação contra o regime militar (1964-1985) na década de 70.
Desde então, Sobel se tornou figura freqüente em atos pela paz e contra a violência. Em 2006, teve um encontro com o dalai-lama Tenzin Gyatso e o parabenizou por sua opção pela não-violência, mesmo "sofrendo humilhações e injustiças do governo chinês" se mantinha contra a luta armada. Em 2002, o rabino esteve em uma manifestação de sete horas pelo desarmamento, em São Paulo.
A postura contra a violência do rabino foi quebrada apenas em 2003, quando ele declarou na televisão ser a favor da pena de morte, após o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felippe Caffé. O líder da quadrilha que os matou era um adolescente.
Dias depois, o rabino voltou atrás e disse fez as declarações "sob um impacto emocional muito forte" e que não defende a pena de morte.
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O rabino Henry Sobel, 63, preso na semana passada sob suspeita furtar gravatas, será o representante da comunidade judaica no encontro entre líderes religiosos e o papa Bento 16. O encontro ocorrerá no mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, durante a passagem do pontífice pelo Brasil.
Além do rabino, participam da reunião o pastor luterano Carlos Möller, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Walter Altmann, presidente do Conselho Mundial de Igrejas --que reúne 350 igrejas ortodoxas, protestantes e evangélicas-- e o xeque Armando Hussein Saleh, da Mesquita Brasil.
Descendente de poloneses, nascido em Lisboa (Portugal) e criado em Nova York, Sobel veio para o Brasil há 36 anos. Em São Paulo, tornou-se o presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, uma das maiores entidade judaicas da América Latina, fundada há 70 anos.
"Quando cheguei a São Paulo, achei a cidade horrível, suja, cinzenta, caótica. Hoje, ainda acho, só que aos meus olhos é linda, dinâmica, fascinante.', afirmou o rabino em entrevista à Folha em 2003.
Em 31 de outubro de 1975, Sobel conduziu, com Dom Paulo Evaristo Arns, um culto ecumênico lembrando a morte do jornalista Vladmir Herzog. O ato foi a primeira grande manifestação contra o regime militar (1964-1985) na década de 70.
Desde então, Sobel se tornou figura freqüente em atos pela paz e contra a violência. Em 2006, teve um encontro com o dalai-lama Tenzin Gyatso e o parabenizou por sua opção pela não-violência, mesmo "sofrendo humilhações e injustiças do governo chinês" se mantinha contra a luta armada. Em 2002, o rabino esteve em uma manifestação de sete horas pelo desarmamento, em São Paulo.
A postura contra a violência do rabino foi quebrada apenas em 2003, quando ele declarou na televisão ser a favor da pena de morte, após o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felippe Caffé. O líder da quadrilha que os matou era um adolescente.
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