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30/03/2007
-
09h04
KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo
A Associação de Moradores de Moema, bairro afetado pelo barulho das aeronaves que sobrevoam o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, entrou com uma ação civil pública inédita para pedir o fim dos vôos após as 23h, em respeito ao descanso noturno. Até a conclusão desta edição, o caso ainda não havia sido julgado.
Hoje, devido ao caos aéreo, Congonhas opera comercialmente das 5h30 à 0h30, mas esse horário costuma ser estendido, segundo os moradores. Na madrugada de ontem, um avião de médio porte da FAB (Força Aérea Brasileira) sobrevoou o local da 1h às 3h para testar o sistema de iluminação da pista.
A operação feita pela aeronave modelo EC-95 Bandeirante é permitida por lei, segundo informou a Aeronáutica. Se fosse feita em horário comercial, teria de interditar o aeroporto.
"Ninguém tem respeito. Falam que os aviões só vão voar até a meia-noite e meia, mas eles continuam na madrugada", disse a aposentada Grazia Macchi, 72, moradora há 35 anos da rua Visconde de Castro, no Campo Belo. Seu marido, Arturo Macchi, 82, já está quase surdo, segundo ela.
A dona-de-casa Ligia Horta, presidente da Associação de Moradores de Moema, foi quem decidiu entrar com uma ação contra a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero --empresa que administra os aeroportos--, União, a prefeitura e as companhias aéreas. A idéia é que Congonhas funcione das 7h às 23h.
"Não queremos que o aeroporto feche. Queremos que opere num horário que não atrapalhe nosso sono", afirmou Ligia, que mora na rota dos aviões. O advogado da associação, Persio Freitas, disse que o ruído causa danos aos ouvidos.
"Em média, um avião emite um ruído de 120 decibéis diários de dois em dois minutos. Perto dos 100 decibéis, o organismo começa a perder a audição", afirmou Freitas, que impetrou a ação no último dia 20.
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A Associação de Moradores de Moema, bairro afetado pelo barulho das aeronaves que sobrevoam o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, entrou com uma ação civil pública inédita para pedir o fim dos vôos após as 23h, em respeito ao descanso noturno. Até a conclusão desta edição, o caso ainda não havia sido julgado.
Hoje, devido ao caos aéreo, Congonhas opera comercialmente das 5h30 à 0h30, mas esse horário costuma ser estendido, segundo os moradores. Na madrugada de ontem, um avião de médio porte da FAB (Força Aérea Brasileira) sobrevoou o local da 1h às 3h para testar o sistema de iluminação da pista.
A operação feita pela aeronave modelo EC-95 Bandeirante é permitida por lei, segundo informou a Aeronáutica. Se fosse feita em horário comercial, teria de interditar o aeroporto.
"Ninguém tem respeito. Falam que os aviões só vão voar até a meia-noite e meia, mas eles continuam na madrugada", disse a aposentada Grazia Macchi, 72, moradora há 35 anos da rua Visconde de Castro, no Campo Belo. Seu marido, Arturo Macchi, 82, já está quase surdo, segundo ela.
A dona-de-casa Ligia Horta, presidente da Associação de Moradores de Moema, foi quem decidiu entrar com uma ação contra a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero --empresa que administra os aeroportos--, União, a prefeitura e as companhias aéreas. A idéia é que Congonhas funcione das 7h às 23h.
"Não queremos que o aeroporto feche. Queremos que opere num horário que não atrapalhe nosso sono", afirmou Ligia, que mora na rota dos aviões. O advogado da associação, Persio Freitas, disse que o ruído causa danos aos ouvidos.
"Em média, um avião emite um ruído de 120 decibéis diários de dois em dois minutos. Perto dos 100 decibéis, o organismo começa a perder a audição", afirmou Freitas, que impetrou a ação no último dia 20.
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