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30/03/2007
-
11h57
da Folha Online
Levantamento divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que 94 dos 584 vôos programados --16,1%-- sofreram atrasos de mais de uma hora, da 0h às 10h desta sexta-feira, mesmo dia em que controladores de tráfego aéreo programaram um protesto. Na quinta, durante todo o dia, os atrasos atingiram 11,5% dos 1.896.
No entanto, não há confirmação que a espera nos aeroportos seja reflexo do movimento --uma possível operação-padrão, com maior espaçamento entre as aeronaves.
A Aeronáutica, por meio de seu setor de Comunicação Social, nega paralisação por parte dos profissionais e afirma que não há registro de problemas na operação do tráfego aéreo no país.
O estopim do movimento foi a transferência de um dos líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, do Cindacta-1, em Brasília (DF), para um destacamento em Santa Maria (RS). Cavalcanti afirma que sua transferência é uma retaliação. A Aeronáutica diz foi um "ato administrativo por necessidade de serviço".
Para tentar encontrar soluções e pôr fim à crise aérea, uma reunião ocorre nesta sexta e envolve, além do ministro da Defesa, Waldir Pires, representantes da Infraero e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Manaus
Na quinta-feira (29), os controladores do Cindacta-4 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) interromperam as operações do aeroporto internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM).
O Cindacta-4, responsável pelo controle aéreo na região amazônica, está desde dezembro sem um dos equipamentos que compõe o ILS (sigla em inglês para sistema de pousos por instrumentos) --que auxilia as operações em dias chuvosos ou com nevoeiro--, no aeroporto Eduardo Gomes.
Procurado pela reportagem, o setor de Comunicação Social da Aeronáutica negou que tenha ocorrido protesto ou a chamada "greve branca" por parte dos controladores.
Crise
Desde o final do ano passado, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos.
Inicialmente, os problemas foram causados pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. O Cindacta-1 sofreu com a falta de controladores, devido ao afastamento de alguns para as investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrido em setembro, e que causou a morte dos 154 ocupantes.
Depois, falhas em equipamentos também contribuíram para aumentar a espera nos aeroportos.
Neste mês, o mau tempo em São Paulo --que interrompeu as operações em Congonhas (zona sul)-- e até um cachorro na pista do aeroporto, no dia seguinte, desencadearam um novo apagão aéreo, que afetou outros aeroportos no país. O dia 19 foi o dia mais difícil para os passageiros. Na ocasião, 29% dos vôos atrasaram, ao longo do dia.
A partir do dia 25, o nevoeiro interrompeu as operações no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos (região metropolitana), por três dias seguidos. O problema foi causado pelo não-funcionamento de um equipamento que auxilia as operações em ocasiões de baixa visibilidade (ILS). Atingido por um raio em 25 de fevereiro, o equipamento foi consertado, mas demorou para ser liberado.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, determinou à Infraero a abertura de uma sindicância para apurar a demora no conserto e na liberação do equipamento. Pires ameaça punir com a demissão os responsáveis pelos atrasos.
Com Folha de S.Paulo e Agência Folha
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No entanto, não há confirmação que a espera nos aeroportos seja reflexo do movimento --uma possível operação-padrão, com maior espaçamento entre as aeronaves.
A Aeronáutica, por meio de seu setor de Comunicação Social, nega paralisação por parte dos profissionais e afirma que não há registro de problemas na operação do tráfego aéreo no país.
O estopim do movimento foi a transferência de um dos líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, do Cindacta-1, em Brasília (DF), para um destacamento em Santa Maria (RS). Cavalcanti afirma que sua transferência é uma retaliação. A Aeronáutica diz foi um "ato administrativo por necessidade de serviço".
Para tentar encontrar soluções e pôr fim à crise aérea, uma reunião ocorre nesta sexta e envolve, além do ministro da Defesa, Waldir Pires, representantes da Infraero e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Manaus
Na quinta-feira (29), os controladores do Cindacta-4 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) interromperam as operações do aeroporto internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM).
O Cindacta-4, responsável pelo controle aéreo na região amazônica, está desde dezembro sem um dos equipamentos que compõe o ILS (sigla em inglês para sistema de pousos por instrumentos) --que auxilia as operações em dias chuvosos ou com nevoeiro--, no aeroporto Eduardo Gomes.
Procurado pela reportagem, o setor de Comunicação Social da Aeronáutica negou que tenha ocorrido protesto ou a chamada "greve branca" por parte dos controladores.
Crise
Desde o final do ano passado, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos.
Inicialmente, os problemas foram causados pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. O Cindacta-1 sofreu com a falta de controladores, devido ao afastamento de alguns para as investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrido em setembro, e que causou a morte dos 154 ocupantes.
Depois, falhas em equipamentos também contribuíram para aumentar a espera nos aeroportos.
Neste mês, o mau tempo em São Paulo --que interrompeu as operações em Congonhas (zona sul)-- e até um cachorro na pista do aeroporto, no dia seguinte, desencadearam um novo apagão aéreo, que afetou outros aeroportos no país. O dia 19 foi o dia mais difícil para os passageiros. Na ocasião, 29% dos vôos atrasaram, ao longo do dia.
A partir do dia 25, o nevoeiro interrompeu as operações no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos (região metropolitana), por três dias seguidos. O problema foi causado pelo não-funcionamento de um equipamento que auxilia as operações em ocasiões de baixa visibilidade (ILS). Atingido por um raio em 25 de fevereiro, o equipamento foi consertado, mas demorou para ser liberado.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, determinou à Infraero a abertura de uma sindicância para apurar a demora no conserto e na liberação do equipamento. Pires ameaça punir com a demissão os responsáveis pelos atrasos.
Com Folha de S.Paulo e Agência Folha
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